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22 de maio de 2009

EDUCAÇÃO


Disse-nos o Cristo: “brilhe vossa luz ...“ (1)

E ele mesmo, o Mestre Divino, é a nossa divina luz na evolução planetária.

Admitia-se antigamente que a recomendação do Senhor fosse mero aviso de essência mística, conclamando profitentes do Culto externo da escola religiosa a suposto relevo individual, depois da morte, na imaginária corte celeste.

Hoje, no entanto, reconhecemos que a lição de Jesus deve ser aplicada em todas as condições, todos os dias.

A própria ciência terrena atual reconhece a presença da luz em toda parte.

O corpo humano, devidamente estudado, revelou-se, não mais como matéria coesa, senão espécie de veículo energético, estruturado em partículas infinitesimais que se atraem e se repelem, reciprocamente, com o efeito de microscópicas explosões de luz.

A Química, a Física e a Astronomia demonstram que o homem terrestre mora num reino entrecortado de raios.

Na intimidade desse glorioso império da energia, temos os raios mentais condicionando os elementos em que a vida se expressa.

O pensamento é força criativa, a exteriorizar-se, da criatura que o gera, por intermédio de ondas sutis, em circuitos de ação e reação no tempo, sendo tão mensurável como o fotônio que, arrojado pelo fulcro luminescente que o produz, percorre o espaço com Velocidade determinada, sustentando o hausto fulgurante da Criação.

A mente humana é um espelho de luz, emitindo raios e assimilando-os, repetimos.

Esse espelho, entretanto, jaz mais ou menos prisioneiro nas sombras espessas da ignorância, à maneira de pedra valiosa incrustada no cascalho da furna ou nas anfractuosidades do precipício. Para que retrate a irradiação celeste e lance de si mesmo o próprio brilho, é indispensável se desentrance das trevas, à custa do esmeril do trabalho.

Reparamos, assim, a necessidade imprescritível da educação para todos os seres.

Lembremo-nos de que o Eterno Benfeitor, em sua lição verbal, fixou na forma imperativa a advertência a que nos referimos:

“Brilhe vossa luz.”

Isso quer dizer que o potencial de luz do nosso espírito deve fulgir em sua grandeza plena.

E semelhante feito somente poderá ser atingido pela educação que nos propicie o justo burilamento.

Mas a educação, com o cultivo da inteligência e com o aperfeiçoamento do campo íntimo, em exaltação de conhecimento e bondade, saber e virtude, não será conseguida tão-só à força de instrução, que se imponha de fora para dentro, mas sim com a consciente adesão da vontade que, em se consagrando ao bem por si própria, sem constrangimento de qualquer natureza, pode libertar e polir o coração, nele plasmando a face cristalina da alma, capaz de refletir a Vida Gloriosa e transformar, conseqüentemente, o cérebro em preciosa usina de energia superior, projetando reflexos de beleza e sublimação.


(1) Mateus, 5:16 — Nota do autor espiritual.


Pensamento e Vida
Francisco Cândido Xavier & Emmanuel

8 de maio de 2009

As pessoas dirigem como vivem, por Fabrício dreyer de Avila Pozzebon*

A busca de explicações para a violência no trânsito é tarefa das mais árduas, por se tratar de um fenômeno extremamente complexo, o que de forma alguma esmorece a necessidade de uma profunda reflexão a respeito. O crescente número de lesões, mortes e prejuízos de ordem patrimonial diuturnamente noticiado é revelador disso. O fato é que um comportamento violento na condução do automóvel reflete a personalidade de quem o conduz, cujas tendências são reforçadas pelo veículo que atua como instrumento potencializador. Segundo o doutor em psicologia Reinier J.A. Rozestraten, o trânsito tem o caráter e a inteligência de quem o realiza, e o veículo é o espelho da pessoa que o conduz, a sua imagem e semelhança.

Quando na condução do veículo automotor, a pessoa revela seu grau de sensibilidade e a sua satisfação ou insatisfação com a vida. As pessoas dirigem como vivem. Portanto, a afirmação recorrente de que o veículo transforma as pessoas não é de todo correta, pois, conforme o referido autor, o veículo apenas possibilita condições para que as pessoas se revelem como elas verdadeiramente são ou vivem. Na condução de um veículo, a pessoa expressa suas virtudes, como educação, sensibilidade e altruísmo, mas mostra, também, seus defeitos, fraquezas e insensatez. Armindo Beux destaca que, segundo os autores franceses, os condutores classificados como faibles d’esprit, em termos psicológicos, apresentam três formas principais: os irresponsáveis, que não enxergam o perigo, são possuidores de excesso de autoconfiança e pouquíssimo respeito pelas leis de trânsito; os vaidosos, que desprezam o pequeno, detestam ser ultrapassados, tomam decisões perigosas e não gostam de diminuir a velocidade; e os irritáveis, que constantemente vislumbram nos outros ignorância ou más intenções, não perdoam ninguém, são altamente agressivos, xingam por qualquer circunstância. Quem nunca viu um desses? O motorista que imprime velocidade excessiva em seu veículo está sendo dominado, não por um sentimento de superioridade, mas por um complexo de inferioridade com relação a alguma coisa de sua vida. Indivíduos frustrados procuram na potência da máquina; portanto, na velocidade, a compensação inconsciente de suas frustrações. Chegam, por meio do automóvel, a atribuir a si mesmos uma excessiva importância pessoal. Essencial, assim, em primeiro lugar, além da educação do futuro condutor desde a mais tenra idade, sermos humildes em reconhecer se não estamos enquadrados em um desses perfis e o quão perigoso isso significa. Fazer um exercício de alteridade, colocando-se na posição do outro, e que os riscos para os outros são também riscos para si mesmo e sua família.


ARTIGOS
08 de maio de 2009 | N° 15963
Zero Hora
*Diretor da Faculdade de Direito da PUCRS

28 de abril de 2009

Dia da Educação - 28/04


Hoje é dia da educação. Logo que acordo ligo a televisão, como todos os dias o faço. No perído de 30 minutos, que é o que levo para tomar café até terminar de me arrumar, não assisti nenhuma reportagem sobre esse dia tão importante. Mas assisti a uma reportagem sobre o dia da sogra, mesmo dia 28 de abril. Com certeza eu deva ter perdido algo sobre o dia da educação, a não ser que de fato o mundo esteja de cabeça para baixo. Não é possível que a mídia, tão crítica quanto a educação proveniente dos lares, e até mesmo das escolas, não tenha feito uma mísera reportagem sobre o dia da educação. Espero que nos horários do meio dia e da noite apareça alguma coisa marcante para esse dia tão emblemático nos dias de hoje. Aliás, passei os olhos pelo jornal e só achei esse, diga-se de passagem, artigo sobre o tema.

***


Educação e valores, por Luciana M. Crestani*

Meus pais, família humilde, não me legaram grandes posses materiais. Mas, dentro das limitações financeiras que sempre tivemos, conseguiram me proporcionar os bens mais preciosos: educação e valores morais. O que veio depois disso o ensino sistematizado, a formação e os frutos das escolhas feitas apenas somou aos sólidos pilares anteriormente construídos por meio do exemplo e do diálogo.

É sobre isso que me proponho a refletir no Dia da Educação. Sobre o verdadeiro sentido da palavra educação. Falo de educação para a vida, para a cidadania, para o convívio social. Aquela que aprendemos também na escola, mas primeira e principalmente na família. É na família que aprendemos a cultivar os valores básicos – respeito, honestidade, humildade, cordialidade, compaixão – que externamos ao longo do nosso convívio em sociedade. E, nesse sentido, o respeito – por si mesmo e pelos outros – encabeça a lista das virtudes. Quando na família não se ensina o respeito mútuo, pouco sobra para ensinar. Talvez por falta dele, do respeito, a sociedade esteja cada vez mais doente. Certamente por falta dele escolas enfrentam tantos problemas de violência, de depredação, de confronto, situações inconcebíveis e desanimadoras para professores e estudantes.

Como se espera que uma criança ou adolescente que agride os pais, verbal ou fisicamente, debocha dos avós, trapaceia o irmão, tenha algum respeito por colegas, professores, ou qualquer pessoa que lhe cruze o caminho? Como espero que um filho meu cultive valores, seja uma pessoa de caráter e índole exemplares se a “educação” que recebe em casa vai na direção contrária? Como espero que respeite os mais velhos, ceda sua poltrona a um doente, um idoso, ou simplesmente saiba conviver com as diferenças se não o educo para isso? Se não há exemplo e nem diálogo sobre essas questões em casa, como esperar que meu filho as aprenda?

Já é consagrada a máxima de que o exemplo não é a melhor maneira de educar, é a única. Se a parcela da educação que cabe aos pais é relegada ou renegada, fica difícil a escola sozinha reverter o quadro. É preciso lembrar que a escola é também responsável pelo ensino dos conteúdos curriculares, que são muitos e complexos. Dado o número de períodos que cada professor passa semanalmente em cada turma – uma média de dois períodos –, é escasso o tempo para conciliar discussão de valores morais com conteúdos programáticos. Por outro lado, é urgente que nas salas de aula se priorizem e discutam questões latentes envolvendo valores morais e éticos em detrimento de gramatiquices e fórmulas mirabolantes. Aliás, como professores, somos também exemplos. Mas que pais e mães não se eximam dessa função.

Veja-se o caso do personagem Zeca, o badboy da novela Caminho das Índias. O rapaz tem tudo, materialmente falando. Também tem acesso a bens culturais (cinema, teatro, livros, internet etc.), domina recursos de informática, vai à escola, assiste às aulas... e adianta? O exemplo de casa é o que lhe “adianta”. E na casa de Zeca não há nenhum indício de valores morais... Enfim, que sirva a arte como exemplo para a vida. E que reverberem em nossas memórias as palavras de Theodore Roosevelt: “Educar uma pessoa apenas no intelecto, mas não na moral, é criar uma ameaça à sociedade”.


28 de abril de 2009 | N° 15953
Zero Hora
*Professora universitária, mestre em Educação

24 de abril de 2009

A paz nasce no lar


Você já se deu conta de que as guerras, tanto quando a violência, nas suas múltiplas faces, nascem dentro dos lares?

Em tese, é no lar que aprendemos a ser violentos ou pacíficos, viciosos ou virtuosos.

Sim, porque quando o filho chega contando que um colega lhe bateu, os pais logo mandam que ele também bata no agressor.

Muitos pais ainda fazem mais, dizendo: "filho meu não traz desaforo para casa"; "se apanhar na rua, apanha em casa outra vez"!

Se o filho se queixa que alguém lhe xingou com palavrões, logo recebe a receita do revide: "faça o mesmo com ele". "vingue-se", "não deixe por menos".

Quando o amiguinho pega o brinquedo do filho, os pais intercedem dizendo: "tire dele, você é mais forte", "não seja bobo"!

Essas atitudes são muito comuns, e os filhos que crescem ouvindo essas máximas, só não aprendem a lição se tiverem alguma deficiência mental, ou se forem espíritos superiores, o que é raro na terra.

O que geralmente acontece é que aprendem a lição e se tornam cidadãos agressivos, orgulhosos, vingativos e violentos. Ingredientes perfeitos para fomentar guerras e outros tipos de violências.

Se, ao contrário, os pais orientassem o filho com conselhos sábios, como: perdoe, tolere, compartilhe, ajude, colabore, esqueça a ofensa, não passe recibo para a agressividade, os filhos certamente cresceriam alimentando outra disposição íntima.

Seriam cidadãos capazes de lidar com as próprias emoções e dariam outro colorido à sociedade da qual fazem parte.

Formariam uma sociedade pacífica, pois quando uma pessoa age diante de uma agressão, ao invés de reagir, a violência não se espalha.

A paz só será uma realidade, quando os homens forem pacíficos, e isso só acontecerá investindo-se na educação da infância.

Os pais talvez não tenham se dado conta disso, mas a maioria dos vícios também são adquiridos portas à dentro dos lares.

É o pai incentivando o filho a beber, a fumar, a se prostituir, das mais variadas formas.

É a mãe vestindo a filha com roupas que despertam a sensualidade, a vaidade, a leviandade.

Meninas, desde os três anos, já estão vestidas como se fossem moças, com roupas e maquiagens que as mães fazem questão de lhes dar.

Isso tudo fará diferença mais tarde, quando esses meninos e meninas estiverem ocupando suas posições de cidadãos na sociedade.

Então veremos o político agredindo o colega em frente às câmeras, medindo forças e perdendo a compostura.

Veremos a mulher vulgarizada, desvalorizada, exibindo o corpo para ser popular.

Lamentavelmente muitos pais ainda não acordaram para essa realidade e continuam semeando sementes de violência e vícios no reduto do lar, que deveria ser um santuário de bênçãos.

Já é hora de pensar com mais seriedade a esse respeito e tomar atitudes para mudar essa triste realidade.

É hora de compreender que se quisermos construir um mundo melhor, os alicerces dessa construção devem ter suas bases firmes no lar.

***



Jesus, nosso Irmão Maior, trouxe-nos a receita da paz.

Com Ele poderemos erguer-nos, da treva à luz.

Da ignorância à sabedoria.

Do instinto à razão.

Da força ao direito.

Do egoísmo à fraternidade.

Da tirania à compaixão.

Da violência ao entendimento.

Do ódio ao amor.

Da extorsão à justiça.

Da dureza à piedade.

Do desequilíbrio à harmonia.

Do pântano ao monte.

Do lodo à glória.


Sabedoria dos Mestres