29 de setembro de 2008


Teste simples e rápido. Descubra um pouco sobre si através das cores. Ótimo teste para refletir sobre aquilo que nosso eu interior está dizendo para nosso eu exterior.

28 de setembro de 2008

Grito do Passado


“Não basta que os lábios gotejem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso há hipocrisia.”

A confusão mental gerada pelas ressonâncias do passado, latentes de culpas que brotavam de seu inconsciente, estava-na perturbando de tal maneira que já se tornava difícil um sono tranqüilo. A princípio tomou remédios, pensando tratar-se de uma depressão. Depois a fé a levara para buscar na oração um alento. De igreja em igreja, de novena em novena, o alento era lento demais e o sofrimento, insuportável. Quando sua capacidade mental já não suportava mais e o desequilíbrio tomava conta, Deus sorriu e mandou que um anjo a conduzisse, talvez para o lugar mais humilde por onde andara até então. A convite de uma amiga, foi até um terreiro de umbanda em um bairro distante do centro da cidade. Situado nos fundos de uma construção simples, o local, além de apertadinho, era pobre demais.
Seu estado depressivo era tão grande que, ao ouvir o ponto cantado de abertura, as lágrimas começaram a escorrer pela face, levando-a logo a soluçar sem controle nenhum. Acalmada por um cambono, logo que iniciaram as incorporações, foi levada ao atendimento de um preto velho. Sentando-se em frente ao médium incorporado, sentindo em seu corpo etérico as vibrações emanadas da entidade, a emoção voltou e o choro recomeçou. O carinho com que se lhe seguravam as mãos, as palavras simples, mas carregadas de amor do preto velho, aguçadas pelo cheiro da erva verde macerada, agiam como verdadeira comporta que se abria dentro de seu coração, liberando todas as emoções.
- Deságua toda essa tristeza, zi fia. Deixa que o nego veio leve s’imbora essa dor e alivie o peito de zi fia. Esse nego veio sabe que zi fia chora porque tem uma culpa que nem sabe de que...
- Isso mesmo... sinto culpa e tristeza e tenho pesadelos terríveis quando consigo dormir.
- E com que zi fia sonha?
- O sonho se repete. Vejo crianças dentro de um lago lamacento e, quando tento tirá-las de lá, me puxam e eu acordo sufocada, como se estivesse morrendo afogada.
Nesse instante, no ambiente astral do terreiro que, diferentemente do físico, era grande, organizado e onde um grande número de trabalhadores espirituais auxiliavam o trabalho dos médiuns encarnados, já era mostrada para o preto velho a história triste de um passado remoto, onde aquela mulher atuara como uma avó relapsa. Dama requintada de uma sociedade rica da época e mãe de uma linda moça que criara com todos os mimos, viu-se na situação em que a filha, apaixonada e inexperiente, engravidava de um moço pobre. Escondendo até onde pôde a gravidez, ao ser descoberta foi providenciada para mão e filha uma longa vviagem, até que nascesse a criança. Assim que o parto se efetivou, às escondidas da filha mandou que jogassem a criança num lago próximo à cidade, amarrada a uma pedra, para que nunca fosse descoberta. Para a filha, mentiu que a criança nascera morta e, assim, a vida da rica dama continuou, sempre fingindo que era feliz.
Agora, nessa encarnação, desencadeou um processo culposo a partir do nascimento da primeira neta. Retornava outra vez o mesmo espírito que fora jogado no lago, e, ao depara r com aqueles olhinhos azuis a fitá-la no berço, acordou em seu inconsciente o que apenas dormia, apesar dos séculos.
Durante o sono, essa culpa estampava-se em seu corpo emocional e, na tentativa de desfazer o mal do passado, dirigia-se ao mesmo lago e lá tentava resgatar o corpo da neta assassinada. Toda essa desordem era fomentada pela presença de espíritos obsessores que vibravam na mesma energia e se compraziam em vê-la sofrer, atiçando assim sua culpa.
O preto velho Pai Antonio, ao observar o quadro que se desenrolara no passado daquela mulher, acionou por seu comando entidades que realizam uma limpeza em seu campo magnético, impregnado de larvas e de fluídos energéticos densos, semelhantes a uma lama negra. Enquanto isso, um guardião da linha dos exus seguia por um cordão que saía de seu corpo espiritual até um lago lamacento, que na verdade era uma criação mental acionada por sua culpa e que estava plasmado no plano astral denso, formando um bolsão onde habitavam outros espíritos deformados, de criaturas humanas que haviam sido mortas e atiradas na água para terem seus corpos escondidos e que sugavam sua energia através daquele cordão energético. Pela atuação de falangeiros de Ogum, foi providenciado o socorro daqueles seres e eliminado o local pela transmutação das energias.
- Zi fia sabe que precisa ter fé em Deus e fazer suas rezas antes de dormir, pedindo proteção para seu sono. Nego veio não tem as palavras bonitas, mas vai explicar para a filha que seu espírito viaja enquanto seu corpo físico dorme no leito e é preciso preparar essa viagem. Com o pensamento elevado, a filha precisa pedir ajuda aos seus protetores, como também precisa aprender a se perdoar pelos seus erros do passado. O perdão a nós mesmos e aos outros pelas faltas cometidas não é aquele da boca para fora, mas sim o arrependimento e o verdadeiro sentimento de humildade e entendimento de que todos ainda somos seres falíveis. É fazer do erro, do outro e dos nossos, um aprendizado com o objetivo firme de evoluir. Carregar culpas é como andar juntando pedras no caminho e carregá-las nas costas. Vai chegar um momento em que teremos que parar, pois o peso vai se tornando insuportável. A borracha que apaga as culpas do passado se chama caridade. Se matamos, vamos agora incentivar a vida, vamos socorrer, curar. Se roubamos, vamos agora trabalhar dobrado e incentivar o progresso e a justiça. Se magiamos para o mal, agora é hora de magiar através do amor e transformar em luz aquilo que nossas mãos escureceram. Pense nisso, filha e, antes que volte na próxima lua, nego veio pede que vá até uma cachoeira, acende uma vela em cima de uma pedra e lá tome um banho de corpo inteiro, pedindo que se limpem essas energias que estão interferindo no seu sono.
Pai Antonio sabia que a ordem do banho de cachoeira tinha um sentindo muito maior do que uma limpeza. Na cachoeira, um dos centros de força da natureza, encontraria aquilo que no nível energético já se fazia, ali no terreiro. No encontro de seu corpo físico com os elementos da água, dos minerais, do vegetal da terra, do ar, do éter e do fogo estaria repondo as energias perdidas no processo obsessivo sofrido. Além disso, seriam despolarizados de seu mental os quadros culposos através da vibratória de Xangô, que regia sua coroa e que, por estar atuando dentro de seu ponto de forças, alcançaria maior êxito. Além disso, Mamãe Oxum, derramando sobre ela suas águas doces, imantaria seu coração com amor, para que pudesse, no presente, alimentar somente esse sentimento pela neta que voltava ao seu convívio.
Ao sair do terreiro, a mulher sentia-se renovada. Seu coração já não estava apertado e dolorido e, ao beijar as mãos do médium que dava passagem ao Pai Antonio, de seus lábios saíram luzes azuladas que se espalharam pelo ambiente, provando que não há mal impossível de ser desfeito quando o que atua é a energia do amor.
Amor que se faz presente nos lugares mais simples, através da presença de um mensageiro das mais altas hierarquias celestes, travestido de um humilde preto velho que, independentemente da crença dos humanos, desce ao plano terreno e, pitando um cachimbo, realiza a profilaxia necessária à manutenção da ordem na vida dos seres; manipulando uma erva cheirosa, a transforma em verdadeiro medicamento que, atuando na coesão molecular, transmuta e cura. Riscando ou cantando pontos, movimenta falange que, sem tempo ou distância que os atrapalhe, desmantelam verdadeiros exércitos atuantes das trevas, desfazem magias e colocam de volta os seres no caminho da evolução.
Meu pito ta apagado
Minha marafa acabou
Vou trabalhar p´ra suncê
Porque sou trabalhado...

Causo de Umbanda Vol. 2 – Vovó Benta (psicografado por Leni W. Saviscki) Página 47 até 51

26 de setembro de 2008

Mensagem da Federação de Luz

Assista o vídeo sem pré-conceitos.
Abra sua mente para o infinito.
Não pense em nada, a não ser na mensagem.
Tenha Fé e Amor no coração!



17 de setembro de 2008

O Amor Infinito de Deus

Olhe a sua volta e veja as obras do Criador.
Mas não lance um olhar de quem já está acostumado com a paisagem. Observe os detalhes. As folhas de uma mesma árvore não são iguais entre si.
Observe as tonalidades diferentes, a profusão de cores e formas. Veja a perfeição.
Observe as pedreiras, as matas, os rios, o mar... Sinta o vento, as vezes brisa, espalhando as sementes, refrescando... Sinta o ar entrando em seus pulmões.
Respire lentamente. Ouça os pássaros...
Agora olhe para dentro de si e perceba os detalhes que existem em você que foram criação de Deus.
Não as suas roupas... mas sua perfeição. Observe o quanto você tem se degradado, tanto quanto tem degradado a natureza.
Tudo criado por Deus é perfeito! Veja sua própria perfeição.
Continue respirando lentamente e perceba o quanto cada um de nós faz parte de Sua obra.
Estes foram exemplos físicos e visíveis da Criação...
Agora esvazie a mente! Apenas sinta! Visualize-se em um lugar que para você é seu refúgio pessoal, seu altar, seu templo pessoal.
Sinta o Amor de Deus! Perceba o quão infinito Ele é!
Perceba que embora erremos tanto, degradamos tanto a nós mesmos, ainda assim somos capazes de sentir o Seu Amor! Isso porque esse Amor é mais forte que tudo. Está acima de todas as convecções humanas. É o poder do Criador.
Receba as bênçãos de Deus!
Ele as dá todos os dias e todas as horas.
Não se feche! Receba-as e fortaleça-se!
Perceba o quão forte você é, pois você tem Deus dentro de si!
Foi essa Força, a Força desse Amor, que fez o Mestre Jesus superar todas as dores impostas pelo mundo!
Você também tem essa Força, basta usá-la e para isso basta senti-La, buscá-La!
Olhe para o seu irmão com amor!
Quanto mais amar mais terá a Força de Deus dentro de você, pois o Amor de Deus é infinito!


Cabloco Pery – um filho de Deus como você
23 de março de 2006
Médium Iassan Pery – dirigente do Centro Espiritualista Caboclo Pery – CECP

14 de setembro de 2008

Agacha as costas e trabalha



“Sede pacientes; a paciência é também uma caridade e deveis praticar ensinada pelo Cristo, enviado de Deus.”

- Saravá, zi fio. Por que tanto desânimo?
- Minha mãe, estou tentando servir na caridade, mas sempre aparece alguém com falsidade, cheio de intenções dissimuladas. Tentem semear o inço da discórdia e fico desanimado. Outros dizem que eu “não vou salvar o mundo”, que é perda de tempo ficar tentando ajudar um ou dois quando o planeta está perdido pela maldade e pelas desgraças humanas.
- Meu filho, não queiras ser um holofote que do alto brilha e ilumina distâncias e amplos lugares. Contenta-te em ser uma vela que, postada no chão, serve de rumo na escuridão e, até que dure sua cera, brilha e clareia. Uma simples vela que serve de canal para a oração de quem tem fé ou de lâmpada para o casebre do humilde. Se ainda não conseguires ser essa lamparina, busca ser apenas um vaga-lume no meio do pântano, mas não deixa sua luz apagar, zi fio. Não existe e não queremos perfeição nesta terra dos homens. Brilha, mesmo parcamente, mas continuamente. Há de sempre haver quem precisa de um pontinho na escuridão para retornar seu rumo. Sê luz para as almas perdidas, sem ofuscar os olhos de quem necessita do seu coraçãozinho machucado, para que possam sentir e ver que também possuem sua própria luz. Lembra-te de Nosso Senhor Jesus Cristo que, podendo brilhar no céu como a mais linda estrela, preferiu descer à Terra e deixar aqui outros pontos de luz que iluminam o mundo, em especial o nosso Cruzeiro do Sul, que já serve de referência nos céus do planeta. Acima de tudo, quando vier a chuva de pedras, agacha mais e mais suas costas doloridas e trabalha. Olhando o chão de poderás enxergar nele o brilho das estrelas refletido no suor da caridade, e teu espírito então se exaltará e qual holofote brilhará, sem ter subido ao alto. Assim, mantendo-se curvado para auxiliar o próximo, teus olhos não enxergarão nem o sorriso malicioso, nem o olhar maledicente, e teus ouvidos ocupados em ouvir o que vem do Alto não escutarão as palavras maldosas daqueles que ainda rastejam nas sua própria lama.
Minha bênção.


Causos de Umbanda Vol.2 – Vovó Benta (psicografado por Leni W. Saviscki); páginas 148 e 149

A REFORMA ÍNTIMA - Joanna de Ângelis



Quanto puderes, posterga a prática do mal até o momento que possas vencer essa força doentia que te empurra para o abismo.
Provocado pela perversidade, que campeia a solta, age em silêncio, mediante a oração que te resguarda na tranqüilidade.
Espicaçado pelos desejos inferiores, que grassam, estimulados pela onda crescente do erotismo e da vulgaridade, gasta as tuas energias excedentes na atividade fraternal.
Empurrado para o campeonato da competição, na área da violência, estuga o passo e reflexiona, assumindo a postura da resistência passiva.
Desconsiderado nos anseios nobres do teu sentimento, cultiva a paciência e aguarda a bênção do tempo que tudo vence.
Acoimado pela injustiça ou sitiado pela calúnia, prossegue no compromisso abraçado, sem desânimo, confiando no valor do bem.
Aturdido pela compulsão do desforço cruel, considera o teu agressor como infeliz amigo que se compraz na perturbação.
Desestimulando no lar, e sensibilizado por outros afetos, renova a paisagem familiar e tenta salvar a construção moral doméstica abalada.
É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores. Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, a requeimarem por dentro, passados os primeiros momentos.
Ninguém foge aos desafios da vida, que são técnicas de avaliação moral para os candidatos à felicidade.
O homem revela sabedoria e prudência, no momento do exame, quando está convidado à demonstração das conquistas realizadas.
Parentes difíceis, amigos ingratos, companheiros inescrupulosos, co-idealistas insensíveis, conhecidos descuidados, não são acontecimentos fortuitos, no teu episódio reencarnacionista.
Cada um se movimenta, no mundo, no campo onde as possibilidades melhores estão colocadas para o seu crescimento. Nem sempre se recebe o que se merece. Antes, são propiciados os recursos para mais amplas e graves conquistas, que darão resultados mais valiosos.
Assim, aprende a controlar as tuas más inclinações e adia o teu momento infeliz.
Lograrás vencer a violência interior que te propele para o mal, se perseverares na luta.
Sempre que surja oportunidade, faze o bem, por mais insignificante que te pareça. Gera o momento de ser útil e aproveita-o.
Não aguardes pelas realizações retumbantes, nem te detenhas esperando as horas de glorificação.
Para quem está honestamente interessado na reforma íntima, cada instante lhe faculta conquistas que investe no futuro, lapidando-se e melhorando-se sem cansaço.
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício.
Toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obstáculo, não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer.
A tua reforma íntima te concederá a paz por que anelas e a felicidade que desejas.


Psicografia de Divaldo P. Franco - Vigilância

AQUISIÇÃO DA CONSCIÊNCIA - Joanna de Ângelis


O momento da conscientização isto é, o instante a partir do qual consegues discernir com acerto, usando como parâmetro o equilíbrio, alcanças o ponto elevado na condição de ser humano.
Efeito natural do processo evolutivo, essa conquista te permitirá avaliar fatores profundos como o bem e o mal, o certo e o errado, e o dever e a irresponsabilidade, a honra e o desar, o nobre e o vulgar, o lícito e o irregular, a liberdade e a libertinagem.
Trabalhando dados não palpáveis, saberás selecionar os fenômenos existenciais e as ocorrências, tornando tuas diretrizes de segurança aquelas que proporcionam bem-estar, harmonia, progresso moral, tranqüilidade.
Essa consciência não é de natureza intelectual, atividade dos mecanismos cerebrais. É a força que os propele, porque nascida nas experiências evolutivas, a exteriorizar-se em forma de ações.
Encontramo-la em pessoas incultas intelectualmente, e ausente em outras, portadoras de conhecimentos acadêmicos.
Se analisarmos a conduta de uma especialista em problemas respiratórios, que conhece intelectualmente os danos provocados pelo tabagismo, pelo alcoolismo e por outras drogas adictivas, e que, apesar disso, usa, ele próprio, qualquer um desses flagelos, eis que ainda não logrou a conquista da consciência. Os seus dados culturais são frágeis de tal forma, que não dispões de valor para fomentar uma conduta saudável.
Por extensão, a pessoa que se permite o crime do aborto, sob falsos argumentos legais ou de direitos que se faculta, assim como todos aqueles que o estimulam ou o executam, incidem na mesma ausência de consciência, comportando-se sob a ação do instinto e, às vezes, da astúcia, da acomodação, mascarados de inteligência.
Outros indivíduos, não obstante sem conhecimento intelectual, possuem lucidez para agir diante dos desafios da existência, elegendo o comportamento não agressivo e digno, mesmo que a contributo de sacrifício.
A consciência pode ser treinada mediante o exercício dos valores morais elevados, que objetivam o bem do próximo, por conseqüência, e próprio bem.
O esforço para adquirir hábitos saudáveis conduz à conscientização dos deveres e às responsabilidades pertinentes à vida.
Herdeiro de si mesmo, das experiências transatas, o ser evolui por etapas, adquirindo novos recursos, corrigindo erros anteriores, somando conquistas.
Jamais retrocede nesse processo, mesmo quando, aparentemente, reencarna dentro das paredes de enfermidade limitadora, que bloqueiam o corpo, a mente ou a emoção, gerando tormentos.
Os logros evolutivos permanecem adormecidos para futuros cometimentos, quando assomarão, lúcidos.
A aquisição da consciência é desafio da vida é o autoconhecimento, que merece exame, consideração e trabalho.
A tua existência terrena pode ser considerada uma empresa que deves dirigir de forma segura, a mais cuidadosa possível.
Terás que trabalhar dados concretos e outros mais abstratos, na área da programação de atividades, e fim de conseguires êxito. Todo emprenho e devotamento se transformarão em mecanismos de lucro, a que sempre poderás recorrer durante as situações difíceis.
Algumas breves regras ajudar-te-ão no desempenho do empreendimento, tais:
. administra os teus conflitos. O conflito psicológico é inerente à natureza humana e todos o sofrem;
. evita eleger homens-modelos para seguires. eles também são vulneráveis às injunções que experimentas, e, às vezes, comprometem-se, o que, de maneira alguma deve constituir desestímulo;
. concede-te maior dose de confiança nos teus valores, honrando-te com o esforço para melhorar sempre e sem desânimo. Se erras, repete a ação, e se acertas, segue adiante;
. não te evadas ao enfrentamento de problemas usando expedientes falsos, comprometedores, que te surpreenderão mais tarde com dependências infelizes;
. reage à depressão, trabalhando sem autopiedade nem acomodação preguiçosa;
. tem em mente que os teus não são os piores problemas, eles pesam o volume que lhes emprestas;
. libera-te da queixa pessimista e medita mais nas fórmulas para perseverar e produzir;
. nunca cedas espaço à hora vazia, que se preenche de tédio, mal-estar ou perturbação;
. o que faças, faze-o bem, com dedicação;
. lembra-te que és humano e o processo de conscientização é lento, que adquirirás segurança e lucidez através da ação contínua.
Interessado em decifrar os enigmas do comportamento humano, Allan Kardec indagou aos Benfeitores e Guias da Humanidade, conforme se lê em O Livro dos Espíritos, na questão número 621:
- Onde está escrita a lei de Deus?
- Na consciência. - Responderam com sabedoria.
A consciência é o estágio elevado que deves adquirir, a fim de seguires no rumo da angelitude.


Psicografia de Divaldo P. Franco - Momentos de Consciência

11 de setembro de 2008

À Procura de uma Resposta


À procura de uma resposta ela lá havia passado por vários lugares e, por isso, já havia pagado muito caro. Jovem e bonita, não conseguia entender por que seu coração estava sempre tão triste, a ponto de, mesmo sem perceber, suspirar constantemente como para expelir a tristeza que habitava seu peito. Invejava as amigas que conseguiam se apaixonar facilmente, namorar e viver as coisas normais da idade.
Com ela era diferente, pois nenhum rapaz conseguia despertar sua atenção, mesmo com todos os assédios. Criada em uma família com princípios rígidos, sempre priorizando a moral, como que por castigo seu coração disparava justamente por alguém proibido. Já o conhecia a bastante tempo e sempre procurou fugir de seu olhar, mesmo sem saber o porquê. Porém bastou um esbarrão acidental na rua, tendo sido obrigada a ficar frente a frente com ele, sentindo o calor de suas mãos segurando-a para não cair, para que acontecesse o que temia. Naquele momento foi como se uma grande comporta se abrisse dentro dela, cujas águas invadiram com violência todo o seu ser, desmontando todas as barreiras existentes.
Ele, da mesma forma, enrubesceu e aproveitou para iniciar o diálogo tão esperado. Foi inevitável o primeiro telefonema, assim como todos outros que se seguiram. Sentido-se prostituída pelos sentimentos que tentava ocultar, não fugiu de um encontro que mais parecia um reencontro, mesmo dilacerada pelo remorso. Por que ele? Por que aquele sentimento incontrolável, tão bonito, mas tão perigoso? Sofria e era feliz ao mesmo tempo. Por vezes, buscava-o em pensamento e chegava a sentir seu cheiro; outras vezes, expulsava-o de seu coração, impondo-lhe todos os defeitos possíveis, que em seguida se diluíam, ficando somente a lembrança de seu sorriso. Devia ser praga da madrinha uma coisa dessas!
Já vinha freqüentando aquele centro de umbanda fazia bastante tempo, pois sentia seriedade naquelas pessoas de quem recebia um passe reconfortante. Nada perguntava, por vergonha de contar a história. Como gostaria que aquela preta velha tão amorosa pudesse adivinhar o que tinha no coração e na cabeça para responder às suas indagações; queria tanto que lhe desse uma luz! Esperando pela vez do atendimento, cerrou os olhos e orou aos sagrados Orixás para que pudessem ajudá-la a tirar aquele sentimento do coração.
Quando se ajoelhou em frente à preta velha, entregando suas mãos entre as dela, sentiu que o coração disparava, e a vontade de chorar ficou mais forte.
- Isso, zi fia, faz o chorado, limpa o batedor.
“Lá no cruzeiro das almas...
Eu vi preto velho rezar
Mas era ele, preto velho de umbanda
Veio de longe pra rezar patuá...”
Enquanto a preta velha cantava e a benzia com seu galho de arruda, ela deixou que a catarse explodisse aliviando seu peito angustiado.
- Zi fia ta agoniada demais.
- Estou desesperada, minha mãe. Onde estão as respostas que procuro?
- Eh, eh, nega veia vai contar uma história. Zi fia presta atenção:
“Num país distante daqui existia uma linda moça, de beleza estonteante, cujos olhos verdes enfeitavam ainda mais seu rosto moreno e delicado. Os longos cabelos negros lhe caíam além dos ombros, destacando sua figura frágil e delicada. Era a ‘moça’ mais requisitada naquele cabaré, mas também a mais protegida pela cafetina, que a usava como isca para atrair fregueses, que, logo depois, eram encaminhados às outras mulheres. Muitos deles enlouqueciam, apaixonando-se ardentemente. Viajantes que ali passavam logo voltavam, tentando levar consigo aquela pérola, oferecendo grandes quantias, todas rejeitadas. Aquela moça parecia isenta de sentimentos. Como não tinha mais família, ali se acomodou, divertindo-se com os constantes assédios. Até o dia em que, durante uma dança, seu olhar buscou a porta da casa como se tivesse sido chamada. Lá estava aquele homem muito elegante, de olhos e cabelos amendoados, cujo olhar penetrou direto em seu coração, fazendo-a estremecer. Naquele mesmo dia, enlouquecidos um pelo outro como se já esperassem por aquilo, fugiram daquele lugar. Não era apenas o encanto de uma paixão. Seus corações já se conheciam e se buscavam. Mesmo escondido, viveram dias de encanto e felicidade, esquecendo-se do mundo, pois descobriram que se bastavam. Tudo transcorria tranqüilamente até que um acidente com uma carroça no despenhadeiro tirou a vida da moça. Enlouquecido, ele a chamava dia e noite, não aceitando que a morte tivesse levado a vida que a pouco encontrara naquele amor tão bonito. Do outro lado o quadro não era diferente. Sentindo-se viva, ela tentava consolá-lo a todo custo, sem sucesso. Foram meses de tormento, e, quando ele estava sentindo que enlouqueceria, fraco e deprimido, buscou, perto dali, no meio da mata, uma xamã que se dizia curador e feiticeiro. Ele já o esperava e, após seus rituais, deu-lhe uma beberagem para que se acalmasse e adoramecesse um pouco, enquanto chamava o espírito da moça que estava com ele, em total desequilíbrio. Fazendo-a perceber se real estado fora da matéria, mostrou-lhe a luz, entregando seu espíriyo aos amigos protetores. Emvora renitente em desapegar-se do homem amado, consentiu após a promessa de que haveriam de econtrar-se novamente, em tantas outras vidas, pois aquele amor era de almas, e o tempo não apagaria o sentimento. Assim está seendo e assim será ainda por muitas vidas.Apenas esbarrões, relembrando que a promessa se cumpre e continuam perto um do outro. Talvfez muito pouco ainda para que sauas almas possam matar a sede, mas até que possam se cumprir tarefas trasadas, os corpos estão impedidos de se unir. Naquele tempo ele abandonou família para fugir com a moça, que, embriagada por tamanha felicidade, ignorou que outra mulher e filhos pequenos padeciam a falta, respectivamente, do marrido e pai.hoje, ele termina de cumprir a tarefa abandonada, e a filha precisa amargar a dor de não poder tê-lo, embora tenha o livre-arbítrio para escolher novamente desfazer um lar, priorizando a sua felicidade. Porém, preta velha aconselha: ‘Dívida repetida tem juros dobrados’. O que é uma encarnação diante da eternidade? Um piscar de olhos para Deus. Guarde este amor e faça ele bonito. Por que temos que aprisionar ou ter entre os dedos tudo o que amamos? Deixa o aprendizado gravar o que é necessário em seu espírito para que na hora em que a fruta estiver madura possa ser colhida inteira e saudável. Não queira arrancar de seu peito o que nele foi gravado pelo Criador. Apenas aprenda a cuidar disso com zelo, com a maestria que só possuem aqueles que realmente amam. Siga, filha, siga o seu caminho, e canalize esse sentimento a tantos outros que, por nunca tê-lo conhecido, tornaram-se amargos e prisioneiros de rancores. Não se condene mais por carregar algo tão valioso consigo, apenas aquiete-se e compreenda.”
Secando as lágrimas e de seu coração aliviado, ela rezou com a bondosa preta velha, pedindo proteção ao homem amado, para que ele pudesse cumprir, dessa vez, seu compromisso.
Olhares inevitáveis ainda se cruzavam e aceleravam se coração, mas agora não traziam mais a angústia costumeira. Havia um fio de esperança num futuro que a Deus pertencia e que ela tinha certeza de existir, mesmo que fosse além esta vida.


Livro: Causos de Umbanda - Vovó (psicografado por Leni W. Saviscki); página 66-68

7 de setembro de 2008

DESENVOLVIMENTO DA INTUIÇÃO - Emmanuel



"Faz-se mister, em vossos tempos, que busqueis desenvolver todas as vossas energias espirituais — forças ocultas que aguardam o vosso desejo para que desabrochem plenamente. O homem necessita das suas faculdades intuitivas, através de sucessivos exercícios da mente, a qual, por sua vez, deverá vibrar ao ritmo dos ideais generosos".

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

ERRO

"Não erreis, não vos enganeis, meus amados irmãos." (Tiago: 1-16)


O salutar conselho do apóstolo Tiago continua muito oportuno e de grande atualidade para os cristãos novos.
Erro - compromisso negativo, amarra ao passado.
Ao erro cometido impõe-se sempre a necessidade de reparação.
Quem conhece Jesus não se pode permitir o desculpismo constante, irresponsável, que domina um sem número de pessoas.
Por toda parte se apresentam os que mentem e traem, enganam e dilapidam, usurpam e negligenciam, exploram e envilecem, aplaudidos uns, homenageados outros, constituindo o perfeito clã dos iludidos em si mesmos. Sem embargo, o mal que fazem ao próximo prejudica-os, porquanto não se furtarão a fazer a paz com a consciência, agora ou depois.
Anestesiados os centros de discernimento e da razão, hoje ou amanhã as conjunturas de que ninguém se consegue eximir impor-lhes-ão reexame de atitudes e de realizações, gerando neles o impositivo de despertamento para as superiores conceituações sobre a vida.
Enquanto se erra, muitas vezes se diz crer na honestidade e valia da ação, como a ocultar-se em ideais ou objetivos que têm aparência elevada e honesta, todavia, todo homem, à exceção dos que transitam nas faixas mais primitivas da evolução ou os que padecem distúrbios psíquicos, tem a noção exata do que lhe constitui bem e mal, do lhe compete, ou não, realizar.
Dormem nos recessos íntimos do ser e despertam no momento próprio as inabordáveis expressões da presença divina, que se transformam em impulsos generosos, sentimentos de amor e fé, aspirações de beleza e ideal nobre que não se podem esmagar ou usar indevidamente sem a correspondente conseqüência, que passa a constituir problemas e dificuldade na economia moral-espiritual do mau usuário.
Refere-se, porém, especificamente o Apóstolo austero do Cristo, aos erros que o homem pratica em relação à concupiscência e à desconsideração para com o santuário das funções genésicas.
O espírito é sempre livre para escolher a melhor forma de evolução.Não fugirá, porém, aos escolhos ou aos alcatifados que lhe apraz colocar pela senda em que jornadeia.
Em razão disso, a advertência merece meditada nos dias em que, diminuindo as expressões de fidelidade e renúncia, se elaboram fórmulas apressadas para as justificativas e as conivências com a falência dos valores morais, que engoda os menos avisados.
Os seus fâmulos crêem-se progressistas e tornam-se concorde para fruírem mais, iludindo-se quanto ao que chamam "evolução da ética".
Não te justifique os erros.
Se possível, evita errar.
Desculpa os caídos e ajuda-os, mas luta por manter-te de pé.
A corroborar com a necessidade imperiosa da preservação moral do aprendiz do Evangelho, adverte Paulo, na sua Primeira Epístola aos Coríntios, conforme se lê no Capítulo dez, versículo doze: "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe, não caia".
Perfeitamente concorde com a lição de Tiago, os dois ensinamentos são inadiáveis concitamento à resistência contra as tentações.
A tentação representa uma avaliação em torno das conquistas do equilíbrio por parte de quem busca o melhor, na trilha do aperfeiçoamento próprio.
Assim, policia-te, não caindo nem fazendo outrem cair.
Pensamento otimista e sadio, palavra esclarecedora, sem a pimenta da malícia ou da censura e atitudes bem definidas no compromisso superior aceito, ser-te-ão abençoadas forças mentais e escoras morais impedindo-te que erres ou que caias.


Joanna de Ângelis - Divaldo P. Franco - Leis Morais da Vida

JESUS E OBSESSÃO - Emmanuel

Cristãos eminentes, em variadas escolas do Evangelho, asseveram na atualidade que o problema da obsessão teria nascido no culto da mediunidade, à luz da Doutrina Espírita, quando a Doutrina Espírita é o recurso para a supressão do flagelo.
Malham médiuns, fazem sarcasmo, condenam a psicoterapia em favor dos desencarnados sofredores e, por vezes, atinge o disparate de afirmar que a prática medianímica estabelece a loucura.
Esquecem-se, no entanto, de que a vida de Jesus, na Terra, foi uma batalha constante e silenciosa contra obsessões, obsidiados e obsessores.
O combate começa no alvorecer do apostolado divino.
Depois da resplendente consagração na manjedoura, o Mestre encontra o primeiro grande obsidiado na pessoa de Herodes, que decreta a matança de pequeninos, com o objetivo de aniquilá-lo.
Mais tarde, João Batista, o companheiro de eleição que vem ao mundo secundar-lhe a obra sublime, sucumbe degolado, em plena conspiração de agentes da sombra.
Obsessores cruéis não vacilam em procurá-lo, nas orações do deserto, verificando-lhe os valores do sentimento.
A cada passo, surpreende Espíritos infelizes senhoreando médiuns desnorteados.
O testemunho dos apóstolos é sobejamente inequívoco.
Relata Mateus que os obsidiados gerasenos chegavam a ser ferozes; refere-se Marcos ao obsidiado de Cafarnaum, de quem desventurado obsessor se retira clamando contra o Senhor em grandes vozes; narra Lucas o episódio em que Jesus realiza a cura de um jovem lunático, do qual se afasta o perseguidor invisível, logo após arrojar o doente ao chão, em convulsões epileptóides; e reporta-se João a israelitas positivamente obsidiados, que apedrejam o Cristo, sem motivo, na chamada Festa da Dedicação.
Entre os que lhe comungam a estrada, surgem obsessões e psicoses diversas.
Maria de Magdala, que se faria a mensageira da ressurreição, fora vitima de entidades perversas.
Pedro sofria de obsessão periódica.
Judas era enceguecido em obsessão fulminante.
Caifás mostrava-se paranóico.
Pilatos tinha crises de medo.
No dia da crucificação, vemos o Senhor rodeado por obsessões de todos os tipos, a ponto de ser considerado, pela multidão, inferior a Barrabás, malfeitor e obsesso vulgar.
E, por último, como se quisesse deliberadamente legar-nos preciosa lição de caridade para com os alienados mentais, declarados ou não, que enxameiam no mundo, o Divino Amigo prefere partir da Terra na intimidade de dois ladrões, que a ciência de hoje classificaria por cleptomaníacos pertinazes.
À vista disso, ante os escarnecedores de todos os tempos, eduquemos a mediunidade na Doutrina Espírita, porque só a Doutrina Espírita é luz bastante forte, em nome do Senhor, para clarear a razão, quando a mente se transvia, sob o fascínio das trevas.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.