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25 de maio de 2009

Os pais não dão limites, por Dercy Furtado*

Vejo todos os dias na mídia esta afirmação: Os pais não dizem não aos filhos. Fico me perguntando: que pais? Onde eles andam? Profissionais que trabalham com dependentes de drogas afirmam que 90% deles não convivem com os pais, as mães são as únicas responsáveis por esses meninos. O mesmo acontece com jovens infratores. Pesquisas mostram que as mães são praticamente as únicas a comparecer às entrevistas no Juizado de Menores.

E, nas classes média e alta, onde andam os pais? Nas nossas famílias não existem casais separados? Quem cuida realmente dos filhos? Em geral, as mães, ou até as avós, que nunca são chamadas para falar sobre a questão da violência juvenil. A separação não é motivo para os pais esquecerem os filhos. Dizem que os jovens não aceitam um não. Eu me pergunto: e os pais que abandonam os filhos ouviram seu choro desesperado quando disseram “Não me deixa!”?

Agora, doutores, psicólogos, políticos acusam os jovens de mal-educados, violentos, drogados e dizem: “Eles têm que ouvir um não dos pais”. Esses jovens podem retrucar: “Eles ouviram o meu não?”. Quem é mais violento? O jovem que mata ou o pai irresponsável que abandona? Me perguntarão: todos os filhos sem pais se tornarão bandidos? Não, certamente, não. Mas, do alto dos meus 82 anos, posso afirmar que todos ficarão muito sofridos e, com certeza, terão que frequentar consultórios de psicólogos, se tiverem dinheiro, é claro.

Nem todos serão transviados, como já disse. Alguns canalizarão a dor da perda paterna surfando, tocando guitarra ou quem sabe chegando ao Senado. Outros afogarão suas mágoas numa pedra de crack, num assalto, ou matando aquele que não o buscou no colégio, que nunca lhe deu um beijo de boa-noite. Ficam revoltados, de mal com o mundo. Seus corações estão cheios de ódio. Afinal, quem foi rejeitado tem dificuldade de amar. Buscam vingança. Infelizmente, ao descarregar suas armas, matarão nossos filhos, nossos netos e amigos, que tombarão numa rua qualquer.

Quem perde a referência paterna não vê a Deus que é Pai. E se Deus não existe, já dizia Dostoievski: “Tudo é permitido”. Fui muito dramática? Mas a mídia não nos alimenta todos os dias com o drama dos outros? E as mães? Não têm culpa nesse processo? Sim, qualquer dia falarei sobre essas heroínas que trabalham de sol a sol para sustentar e educar sozinhas os filhos. Eu as conheço bem de perto. Alguns ainda dirão: “Afinal, os pais são os únicos responsáveis pela violência juvenil?”. Claro que não! Há outros fatores, como a injustiça social, a má distribuição de renda. Mas este é outro assunto.

*Ex-deputada e historiadora


25 de maio de 2009 | N° 15980
ARTIGOS
Zero Hora

8 de maio de 2009

As pessoas dirigem como vivem, por Fabrício dreyer de Avila Pozzebon*

A busca de explicações para a violência no trânsito é tarefa das mais árduas, por se tratar de um fenômeno extremamente complexo, o que de forma alguma esmorece a necessidade de uma profunda reflexão a respeito. O crescente número de lesões, mortes e prejuízos de ordem patrimonial diuturnamente noticiado é revelador disso. O fato é que um comportamento violento na condução do automóvel reflete a personalidade de quem o conduz, cujas tendências são reforçadas pelo veículo que atua como instrumento potencializador. Segundo o doutor em psicologia Reinier J.A. Rozestraten, o trânsito tem o caráter e a inteligência de quem o realiza, e o veículo é o espelho da pessoa que o conduz, a sua imagem e semelhança.

Quando na condução do veículo automotor, a pessoa revela seu grau de sensibilidade e a sua satisfação ou insatisfação com a vida. As pessoas dirigem como vivem. Portanto, a afirmação recorrente de que o veículo transforma as pessoas não é de todo correta, pois, conforme o referido autor, o veículo apenas possibilita condições para que as pessoas se revelem como elas verdadeiramente são ou vivem. Na condução de um veículo, a pessoa expressa suas virtudes, como educação, sensibilidade e altruísmo, mas mostra, também, seus defeitos, fraquezas e insensatez. Armindo Beux destaca que, segundo os autores franceses, os condutores classificados como faibles d’esprit, em termos psicológicos, apresentam três formas principais: os irresponsáveis, que não enxergam o perigo, são possuidores de excesso de autoconfiança e pouquíssimo respeito pelas leis de trânsito; os vaidosos, que desprezam o pequeno, detestam ser ultrapassados, tomam decisões perigosas e não gostam de diminuir a velocidade; e os irritáveis, que constantemente vislumbram nos outros ignorância ou más intenções, não perdoam ninguém, são altamente agressivos, xingam por qualquer circunstância. Quem nunca viu um desses? O motorista que imprime velocidade excessiva em seu veículo está sendo dominado, não por um sentimento de superioridade, mas por um complexo de inferioridade com relação a alguma coisa de sua vida. Indivíduos frustrados procuram na potência da máquina; portanto, na velocidade, a compensação inconsciente de suas frustrações. Chegam, por meio do automóvel, a atribuir a si mesmos uma excessiva importância pessoal. Essencial, assim, em primeiro lugar, além da educação do futuro condutor desde a mais tenra idade, sermos humildes em reconhecer se não estamos enquadrados em um desses perfis e o quão perigoso isso significa. Fazer um exercício de alteridade, colocando-se na posição do outro, e que os riscos para os outros são também riscos para si mesmo e sua família.


ARTIGOS
08 de maio de 2009 | N° 15963
Zero Hora
*Diretor da Faculdade de Direito da PUCRS

5 de maio de 2009

Larvas Astrais e Vibriões Psíquicos

Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, vibrião é a designação comum às bactérias móveis em forma de bastonetes. E larva vem do latim larvae que significa máscara, boneco, espantalho, demônio, espectro que se apodera das pessoas. Entre os antigos romanos, a palavra larva designava o espectro ou fantasma de pessoa que teve morte violenta ou de criminoso, que se supunha vagar entre os vivos para atormentá-los.

Já em zoologia, passou a designar o estágio imaturo, pós-embrionário, de um animal, quando este difere sensivelmente do adulto, como os insetos, por exemplo, porque, neste estágio, o animal estaria "mascarado", disfarçado. Como vemos, portanto, são também chamadas vibriões astrais, as larvas mentais, larvas espirituais, larvas fluídicas, larvas energéticas, vermes astrais, vibriões mentais, bacilos psíquicos, larvas psíquicas, etc.

Como vemos, portanto, larvas astrais ou vibriões psíquicos são formas-pensamento semelhantes a micróbios físicos, criados pela viciação mental e/ou emocional da consciência, em atitudes, pensamentos e sentimentos desequilibrados. Vejamos algumas descrições de André Luiz no capítulo 3 do livro Missionários da Luz, ao examinar mais de perto alguns candidatos ao desenvolvimento mediúnico:

"Fiquei estupefato. As glândulas geradoras emitiam fraquíssima luminosidade que parecia abafada por aluviões de corpúsculos negros, a se caracterizarem por espantosa mobilidade. Começavam a movimentação sob a bexiga urinária e vibraram ao longo de todo o cordão espermático, formando colônias compactas nas vesículas seminais, na próstata, nas mucosas uretrais, invadiam os canais seminíferos e lutavam com as células sexuais, aniquilando-as. As mais vigorosas daquelas feras microscópicas situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da vida orgânica. Estava assombrado. ... Seriam expressões mal conhecidas da sífilis?"

Ao que o instrutor Alexandre responde: "- Não, André. Não temos sob os olhos o espiroqueta de Schaudinn, nem qualquer nova forma suscetível de análise material por bacteriologistas humanos. São bacilos psíquicos da tortura sexual, produzidos pela sede febril de prazeres inferiores. O dicionário médico do mundo não os conhece e, na ausência de terminologia adequada aos seus conhecimentos, chamemos-lhes larvas, simplesmente. Têm sido cultivados por este companheiro, não só pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, senão também pelo contato com entidades grosseiras que se afinam com as predileções dele, entidades que o visitam com freqüência, à maneira de imperceptíveis vampiros."

Observando outro candidato habituado a ingerir álcool em excesso, André Luiz nos dá a seguinte descrição: "Espantava-me o fígado enorme. Pequeninas figuras horripilantes postavam-se, vorazes, ao longo da veia porta, lutando desesperadamente com os elementos sangüíneos mais novos. Toda a estrutura do órgão se mantinha alterada."

Ainda no mesmo capítulo ele examina também uma mulher com distúrbios alimentares e diz: "Em grande zona do ventre superlotado de alimentação, viam-se muitos parasitos conhecidos mas, além deles, divisava outros corpúsculos semelhantes a lesmas voracíssimas que se agrupavam em grandes colônias, desde os músculos e as fibras do estômago até a válvula ileocecal. Semelhantes parasitos atacavam os sucos nutritivos com assombroso potencial de destruição."

Para entender como surgem as larvas astrais vamos continuar com o que diz o instrutor Alexandre a André Luiz, no capítulo 4 do livro Missionários da Luz: "Você não ignora que, no círculo das enfermidades terrestres, cada espécie de micróbio tem o seu ambiente preferido. ... Acredita você que semelhantes formações microscópicas se circunscrevem à carne transitória? Não sabe que o macrocosmo está repleto de surpresas em suas formas variadas? No campo infinitesimal, as revelações obedecem à mesma ordem surpreendente. André, meu amigo, as doenças psíquicas são muito mais deploráveis. A patogênese da alma está dividida em quadros dolorosos. A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça. A organização fisiológica, segundo conhecemos no campo das cogitações terrestres, não vai além do vaso de barro, dentro do molde preexistente do corpo espiritual. Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletirá imediatamente."

Ainda no mesmo capítulo, Alexandre continua: "Primeiramente a semeadura, depois a colheita; ... Não tenha dúvida. Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e conseqüências de infinitas expressões. E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lança em circulação nas coerentes da vida. A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleça ambiente propício, entre companheiros do mesmo nível. ... Cada viciação particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são conseqüentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de vigilância e defesa."

Como vemos, as larvas astrais surgem dos excessos e desequilíbrios físicos, emocionais e espirituais de toda sorte, pela repetição contínua de uma mesma conduta, física e/ ou mental, o que causa o acúmulo de energias mais densas em determinadas regiões do organismo, as quais se organizam na forma de colônias de microorganismos astrais.

As conseqüências são as mais variadas, podendo ir desde problemas físicos, graves ou não, até perturbações espirituais que, se não combatidas a tempo, podem se transformar em sérios distúrbios psíquicos, acarretando sérias complicações para o encarnado, nesta vida e nas próximas. Larvas astrais são bastante "aderentes" e se multiplicam com muita facilidade, bastando, para isso, que se lhes ofereçam as mínimas condições mentais e energéticas.

Dependendo da extensão do problema, serão necessárias muitas aplicações energéticas para limpeza, desinfecção e re-harmonização da região afetada, o que pode exigir a atuação de vários aplicadores, em várias sessões, para que estas colônias sejam enfraquecidas e não possam mais se expandir, vindo a desaparecer. Mas, como em qualquer tratamento físico, a colaboração do "paciente" é imprescindível, uma vez que estas larvas são criadas e alimentadas pelas energias geradas pelos seus próprios pensamentos e sentimentos. Assim, além das aplicações energéticas, é necessário que se oriente e conscientize a pessoa sobre como e porque mudar os seus hábitos mentais e as suas atitudes, garantindo que ela mesma não mais oferecerá condições para que estas larvas se instalem e espalhem.

Se larvas astrais são criações mentais, geradas a partir de pensamentos e sentimentos desequilibrados, a prevenção se faz, também aqui, pelo equilíbrio e o controle do que pensamos e sentimos. Não há outro meio. Como já dito muitas vezes, sintonia é a "alma" do universo. Tudo funciona segundo as suas leis e só viveremos com aquilo que nós mesmos criarmos ou atrairmos a partir do que geramos dentro de nós.

Ovóides

Parasitas ovóides são, como diz o Dr. Ricardo Di Bernardi, "espíritos humanos que, pela manutenção de uma idéia fixa e doentia (monoideísmo), acabam estabelecendo uma vibração de baixa freqüência e comprimento de onda longo que, com o passar do tempo, produz uma deformação progressiva no seu CORPO ESPIRITUAL."

Ovóides são, portanto, espíritos em estado de perturbação tão profundo que perderam a consciência de sua natureza humana, perdendo também a forma humana de seu PERISPÍRITO.

Portanto, não perdem o perispírito, não se manifestam apenas em corpo mental, mas estão com o perispírito ou corpo espiritual ou psicossoma tão deformado que este não tem mais a forma humana, apenas uma forma ovalada.

Di Bernardi diz ainda que "trata-se de um monoideísmo auto-hipnotizante. Ele vibra de forma contínua e constante, de maneira desequilibrada, gerando uma energia que gira sempre de maneira igual e repetida pelo mesmo pensamento desequilibrado. Ao vibrar repetidamente na mesma freqüência e em desequilíbrio com a Lei Cósmica Universal, gera este circuito arredondado que o vai deformando e tornando-o ovóide."

Assim, a insistência do espírito em, por auto-hipnose, reviver pensamentos e sentimentos negativos, geralmente de apego, remorso e vingança, faz com que perca a noção de tempo e espaço, fazendo com que se deforme, aos poucos, atrofiando, por falta de função, os órgãos do psicossoma, assumindo a forma do círculo vicioso em que vive mentalmente.

Quando uma pessoa entra em estado vegetativo com o seu corpo físico, não tem mais a capacidade de se manifestar com ele, mas não o perde, o corpo continua vivo, embora inerte. No caso do ovóide e do psicossoma é a mesma coisa. Por isso, não podemos falar em segunda morte, como querem alguns, assim como o estado vegetativo do corpo físico ainda não é a primeira morte, embora possa estar em vias de ser. Ou seja, o perispírito entra numa espécie de estado vegetativo, mas não se desintegra ou desaparece. O ovóide não o perde. É justamente o perispírito, aliás, que fica ovalado.

Ainda segundo Di Bernardi, este processo de "ovoidização" ocorre porque o "psicossoma também é composto de moléculas, tal como o corpo físico. Por analogia, imaginemos as moléculas do corpo astral como as moléculas dos gases: elas são maleáveis e se modificam ao sabor da pressão, da temperatura e até do recipiente que as contém. As moléculas do perispírito são moldáveis pelo pensamento e pelo sentimento; tomam formas de acordo com a vibração do espírito. Assim, se tornam brilhantes, opacas, densas ou leves."

Quando esses ovóides se ligam a uma consciência, encarnada ou desencarnada, em especial, fica caracterizado, então, o processo obsessivo por parasita ovóide. Neste caso, a massa fluídica em que se transformou o perispírito do desencarnado, envolve sutilmente o seu alvo e, depois, liga-se ou cola-se ao seu corpo, físico ou astral, distorcendo-lhe idéias, pensamentos, opiniões e atitudes. O ovóide só é incapaz de manipular energias, locomover-se e interagir CONSCIENTEMENTE, de livre e espontânea vontade, mas pode fazê-lo no automático, pelo instinto, atraído pela sintonia. E para isso, precisa do psicossoma, ainda que em estado precário, assim como mantemos funções básicas automáticas como respirar, urinar e defecar, mesmo em estado vegetativo do corpo físico.

O ovóide pode chegar à aura de alguém somente pela atração que essa pessoa exerce sobre ele. Nada mais é necessário como ponte. Basta a sintonia entre os dois. Como ímãs. Além da influência psicológica, os parasitas ovóides agem também drenando energias do obsidiado, podendo levá-lo até ao desencarne, caso seja encarnado.

É importante notar, no entanto, que como em qualquer processo obsessivo a ligação do parasita ovóide com a sua "vítima" nunca acontece sem a anuência ou permissão da própria vítima, ainda que inconsciente, pelo hábito de cultivar pensamentos de remorso, ódio, egoísmo, desejo de vingança, apego excessivo a coisas e pessoas, etc.

Os ovóides também podem ser hipnotizados por outras consciências e não só auto-hipnotizados, infelizmente. Existem espíritos que têm profundos conhecimentos de hipnose e usam esse conhecimento para manipular a mente de outros desencarnados, transformando-os em ovóides e alojando-os na aura ou no perispírito de encarnados que querem prejudicar. Isso, infelizmente, é mais comum do que se pensa.

As citações do Dr. Di Bernardi podem ser encontradas no site A Jornada e mais sobre ovóides pode ser lido nos seguintes livros de André Luiz:
- Nosso Lar, capítulo 31;
- Evolução em Dois Mundos, Parte I, capítulo 14

Quanto aos ovóides que alguns chamam de benéficos, creio que não poderíamos chama-los "ovóides", pois não são espíritos que estejam sofrendo de monoideísmo mas, aí sim, provavelmente, espíritos num grau tal de evolução e luz que se manifestam sem o perispírito, exclusivamente com seu corpo mental, o qual não tem forma humana e se apresenta para nós, que estamos limitados pela percepção tridimensional, como bolas de luz, dando a impressão de que seriam ovóides luminosos.

Nesse caso, eles não estão confinados a um círculo vicioso por terem se auto-hipnotizado numa única idéia. É justamente o contrário. Eles expandiram tanto os seus horizontes espirituais que prescindem da forma humana e do perispírito para se manifestarem e se apresentam apenas em seu corpo mental.





Maísa Intelisano
Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick

O Pensamento - Ideoplastia e Criações Fluídicas

Um texto muito bom sobre criações mentais e ideoplastia, no melhor formato espírita: científico, filosófico e religioso.

Li esse texto em um blog umbandista, mas infelizmente a autora do blog não dá os devidos créditos ao texto, o que acho de suma importância, já que é despendido tempo e energia reunindo informações tão valiosas


CVDEE – Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Estudos sobre Mediunidade
Link

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O Pensamento

Epidemia de insensatez

A perspectiva de uma epidemia de gripe no mundo está fazendo aflorar os piores sentimentos em algumas pessoas, inclusive em autoridades, que apelam para a segregação, para a xenofobia e para medidas verdadeiramente desarrazoadas, como o extermínio desnecessário de porcos. O México tem razão em pedir a intermediação da ONU para reverter uma hostilidade internacional. Cidadãos mexicanos estão sendo discriminados em voos e a China chegou ao ponto de isolar pessoas sem sintoma algum da doença, apenas por causa da nacionalidade. A chancelaria mexicana protestou formalmente contra o cancelamento de voos, o tratamento dado a seus cidadãos no Exterior e o surgimento de focos de racismo em algumas regiões, especialmente nos Estados Unidos. O tratamento chinês está sendo particularmente humilhante para os mexicanos. Desde que um mexicano portador do vírus foi identificado em território chinês, cerca de 400 pessoas foram postas em quarentena apenas e simplesmente por serem portadoras de um passaporte do México. Algumas há anos estão fora de seu país.

Os excessos cometidos nessa área parecem ter ultrapassado as compreensíveis e até indispensáveis medidas de prevenção contra uma epidemia que preocupa o mundo a ponto de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter promovido um alerta planetário que indicava a existência de um risco iminente de pandemia. Medidas prepotentes adotadas por alguns países mostraram que as informações sobre a extensão dos riscos não foram adequadamente avaliadas, como se tornou evidente na truculenta reação das autoridades sanitárias chinesas. A facilidade com que as informações de todo gênero, incluindo as de caráter técnico, podem ser transmitidas torna ainda mais injustificáveis os gestos xenófobos ou discriminatórios. Se há uma área em que a globalização é um fato, tal é a da comunicação. Essa condição deveria ser usada em favor dos cidadãos, qualquer que seja sua procedência, e em benefício da causa comum de contenção da gripe A H1N1ou da erradicação de quaisquer outras epidemias.

É uma pena que o esforço das organizações sanitárias internacionais e das autoridades dos países seja maculado por discriminações e preconceitos, uns e outros intoleráveis. A ocorrência desse tipo de problema deve ser debitada tanto à urgência de adotar medidas eficazes de prevenção quanto à informação deturpada em relação a causas e efeitos das epidemias ou à existência de uma tendência de encontrar culpados e bodes expiatórios.

De qualquer modo, a chegada do inverno no Hemisfério Sul, estação que favorece a disseminação das gripes, impõe deveres intransferíveis às autoridades, tanto no sentido de adotar medidas preventivas quanto como um alerta para a disseminação dos também nefastos vírus do preconceito e da insensatez.


EDITORIAL
Zero Hora
05 de maio de 2009 | N° 15960

4 de maio de 2009

Tire suas dúvidas sobre o risco e a prevenção da nova gripe

Como sempre gosto de estar atualizado com o que está acontecendo no mundo, fui atrás de um pouco de informação sobre a gripe suína, inclusive comentada aqui no blog. Erradamente publiquei, através de uma notícia, um novo nome para a gripe, que na realidade é o mesmo nome da gripe suina, apenas com as iniciais do nome científico (A H1N1).

As informações que encontrei parecem estar distorcidas e com as fontes completamente equivocadas. Então encontrei no G1 Ciência as informações sobre a gripe, ainda suina - AH1N1. Só (ainda) não encontrei alguma notícia com a origem da gripe e o porco doente.

***

Conheça os sintomas, como ocorre o contágio e como evitá-lo.
Já há drogas capazes de combater o vírus, diz órgão americano.

Reinaldo José Lopes e Salvador Nogueira Do G1, em São Paulo

A gripe A (H1N1) é uma doença respiratória de porcos causada por um vírus influenza tipo A que causa regularmente crises de gripe em porcos. Ocasionalmente, o vírus vence a barreira entre espécies e afeta humanos. O vírus da gripe suína clássico foi isolado pela primeira vez num porco em 1930. Saiba o que conhecemos desta doença.

Como a gripe suína mata?

Na verdade, qualquer tipo de gripe pode matar, em especial pessoas com sistema imune (de defesa do organismo) enfraquecido. A gripe suína parece ser capaz de afetar gravemente pessoas com sistema imune mais forte, e seu mecanismo de ação ainda precisa ser estudado em detalhes. No entanto, o principal risco associado à doença é uma inflamação severa dos pulmões, que pode levar à insuficiência respiratória, ou seja, incapacidade de respirar direito. Outras complicações sérias têm a ver com lesões severas nos músculos, que podem levar a problemas nos rins e no coração, e mesmo, mais raramente, meningites e outros problemas no sistema nervoso central. Em todos esses casos, pode ocorrer a morte.

Quantos vírus de gripe suína existem?

Como todos os vírus de gripe, os suínos também mudam constantemente. Os porcos podem ser infectados por vírus de gripe aviária e humana. Quando todos contaminam o mesmo porco, pode haver mistura genética e novos vírus que são uma mistura de suíno, humano e aviário podem aparecer. No momento, há quatro classes principais de vírus de gripe suína do tipo A são H1N1, H1N2, H3N2 e H3N1.

Qual é o vírus que está causando a crise atual?

É uma versão nova do H1N1.

Como os seres humanos pegam gripe suína?

Normalmente, esses vírus não infectam humanos. Entretanto, vez por outra, mutações no vírus permitem que eles contaminem pessoas. Na maioria das vezes, os contágios acontecem quando há contato direto de humanos com porcos. Mas também já houve casos em que, após a transmissão inicial do porco para o homem, a partir dali o vírus passou a circular de pessoa para pessoa. Foi o caso de uma série de casos ocorridas em Wisconsin, EUA, em 1988. Nesses casos, a transmissão ocorre como a gripe tradicional, pela tosse ou pelo espirro de pessoas infectadas.

Consumir carne de porco pode causar gripe suína?

Não. Ao cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius, os vírus da gripe são completamente destruídos, impedindo qualquer contaminação.

O que significa a palavra "pandemia" e os níveis de perigo da OMS?

O termo "pandemia" se refere a uma epidemia de proporções globais, no qual há surtos de uma dada doença de forma "sustentável" (ou seja, sem interrupção da cadeia de transmissão no horizonte) em vários países e em mais de um continente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) usa uma escala de seis fases para caracterizar a transmissão dos vírus influenza (da gripe) pelo planeta.

Na fase 1, a transmissão só ocorre entre animais.

A fase 2 se caracteriza pelos primeiros relatos de transmissão do vírus de animais para seres humanos.

Pequenos grupos de casos entre humanos definem a fase 3. Nela, no entanto, a transmissão de pessoa para pessoa ainda não é eficiente no grau necessário para que a comunidade inteira onde vivem os infectados esteja em risco.

Na fase 4, a dinâmica da infecção é sustentável o suficiente para causar surtos afetando comunidades inteiras. O risco de pandemia é grande, mas não 100% certo.

A fase 5 corresponde à transmissão de pessoa para pessoa em mais de um país, indicando uma pandemia iminente.

Finalmente, na fase 6, a pandemia está caracterizada.

O que fazer para evitar o contágio?

O CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA) fez algumas recomendações para evitar a doença.

- Cubra seu nariz e boca com um lenço quando tossir ou espirrar. Jogue no lixo o lenço após o uso.

- Lave suas mãos constantemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar. Produtos à base de álcool para limpar as mãos também são efetivos.

- Evite tocar seus olhos, nariz ou boca. Os germes se espalham deste modo.

- Evite contato próximo com pessoas doentes.

- Se você ficar doente, fique em casa e limite o contato com outros, para evitar infectá-los.

A gripe suína é transmitida para animais domésticos, como canarinhos, cães, papagaios e gatos?

Muito provavelmente, não. É cedo para dizer que outros animais estão imunes, mas a característica desse vírus é de transmissão entre suínos -- e agora entre humanos. Normalmente, aves domésticas são contaminadas por outros tipos de vírus. Já cães se infectam por outro tipo de influenza.

Quais são os sintomas da gripe suína?

Os sintomas são normalmente similares aos da gripe comum e incluem febre, letargia, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com gripe suína também tiveram coriza, garganta seca, náusea, vômito e diarreia.

Qual o índice de mortalidade dessa forma da doença?

Ainda é cedo para ter estatísticas precisas, mas cerca de um em cada 15 a 20 casos da doença até agora diagnosticados resultou em morte -- taxa considerada alta.

Como se faz o diagnóstico de gripe suína?

Para identificar uma infecção por um vírus influenza do tipo A, é preciso analisar amostras respiratórias do paciente durante os primeiros 4 ou 5 dias da doença -- quando uma pessoa infectada tem mais chance de estar espalhando o vírus. Entretanto, algumas pessoas, especialmente crianças, podem manter o vírus presente por dez dias ou mais. A identificação do vírus é então feita em teste de laboratório.

O consumo de vitamina C ou outras medidas para melhorar a resistência do organismo podem ajudar na prevenção?

Provavelmente não muito, diz o biólogo Atila Iamarino, da USP, que faz doutorado sobre a evolução de vírus como o HIV. "A verdade é que não se sabe se o consumo de vitamina C realmente aumenta a resistência ao vírus. O organismo da pessoa pode estar bem preparado, mas, se as características do vírus nunca tiverem sido encontradas pelo sistema imune, existe o risco de infecção", afirma.

Como é feito o tratamento?

"Existem duas linhas de medicamentos. Uma delas, a amantadina, impede a entrada do vírus nas células humanas. A outra, de medicamentos como o Tamiflu [oseltamivir], tenta barrar a saída do vírus de uma célula quando ele tenta infectar outras", explica o biólogo da USP.

A má notícia, diz Iamarino, é que o H1N1 já se mostrou resistente à primeira classe de remédios. Por enquanto, o oseltamivir ainda parece ser capaz de agir contra ele.

Você pode tomar as atuais vacinas contra a gripe?

Sim. A recomendação é sempre essa, pois essas vacinas ajudam a combater a gripe tradicional.

As vacinas contra a gripe têm alguma influência na proteção contra a gripe suína?

De acordo com o pesquisador da USP, existe a possibilidade de essas vacinas oferecerem proteção parcial contra o vírus proveniente de porcos. No entanto, mesmo que isso aconteça, certamente a formulação delas não será a ideal. "Não sabemos, por exemplo, para que lado vai caminhar a variabilidade genética do vírus suíno. Normalmente, ao produzir uma vacina, você já leva em conta o conhecimento que tem do vírus para tentar cobrir a variação futura dele e alcançar o máximo possível de proteção", diz Iamarino.

Há vacinas específicas para a gripe suína?

No momento, somente para porcos, que são mais constantemente afetados por esse tipo de vírus. Mas as autoridades já anunciaram estar trabalhando numa versão humana da vacina, que deve ficar pronta em seis meses.

O que estão fazendo com estas máscaras descartáveis que vemos nos passageiros de aeroportos? Não seria necessária uma coleta especial para evitar contaminação?

O material de doentes internados em hospitais tem o descarte especial no local. Mas, no caso da maior parte dessas pessoas que estão usando máscaras, o material é para proteção. O pessoal dos voos que vêm com máscara a usam por precaução. Elas podem ser dispensadas num lixo de ambiente, num saco de lixo normal. Dos casos suspeitos, há orientação de jogar o material no hospital, devidamente acondicionado.

O que os cruzeiros marítimos estão fazendo para não terem surtos de gripe suína dentro dos navios?

Normalmente, o pessoal nos cruzeiros, a tripulação e os passageiros, entram em um determinado ponto e têm um trajeto definido. Se estão saindo do Brasil e vão para a Europa, em locais onde não há gripe suína, não tem como ter a transmissão. Se vão para lagum local de risco, devem evitar e cancelar o passeio. A bordo do navio, os cuidados são simples: lavagem de mãos, cuidado com pessoas com doenças respiratórias.

E os portos?

O pessoal de portos, aeroporto e fronteira, há dois anos, participam de treinamentos para situações de pandemia. Na época, a preocupação era com gripe aviária. Eles receberam treinamento específico desde então.


G1 Ciência
28/04/09 - 13h04 - Atualizado em 04/05/09 - 10h58

Reencarnação - Estudos e Evidências

EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS

As evidências históricas a favor da reencarnação nos colocam diante de uma realidade insofismável: não foi a Doutrina Espírita que inventou a Teoria da Reencarnação. A idéia da reencarnação, com outras designações (Palingênese, Transmigração da alma, etc.), é muito remota. Vamos encontrá-la nas civilizações mais antigas do globo.

Na Índia, no Egito, na Pérsia, as idéias reencarnacionistas têm prevalecido desde os primórdios da civilização.

O papiro Anana (1320 a.C.) demonstra a idéia entre os egípcios: "O homem retorna a vida várias vezes, mas não se recorda de suas prévias existências, exceto algumas vezes em um sonho. No fim todas essas vidas ser-lhe-ão reveladas." Pitágoras, Sócrates, Timeu de Locres, Buda, Empedócles, Apolônio de Tiana, Heródoto, Plotino, Porfírio, Jâmblico, todos defendiam esse princípio.

Conta-se que quando Pitágoras foi apresentado a couraça que pertencera ao soldado Euphorbus, herói da guerra de Tróia, ele entrou em transe e disse: "Eu fui esse homem". E passou a recordar-se de várias existências.

Muitas religiões se hão se baseado na crença das vidas sucessivas: o Bramanismo, o Budismo, o Druidismo, etc. O Cristianismo primitivo não fugiu à regra. Traços marcantes desta doutrina se nos deparam nos Evangelhos.

REENCARNAÇÃO NOS EVANGELHOS

Em várias passagens dos Evangelhos aparece claramente a idéia da reencarnação, mas Allan Kardec examina três, que ele considerava como as mais importantes: 1ª) "Após a transfiguração, seus discípulos então o interrogaram desta forma: Porque dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias? - Jesus lhes respondeu: É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas, mas eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara." [Mateus-XVII:10-13] [Marcos-IX:11- 13] A consideração de que João Batista era Elias está presente várias vezes no Evangelho, reforçando a idéia de que muitos judeus tinham simpatia pela Teoria de Palingenética. Se fosse errôneo este pensamento, certamente Jesus o teria combatido, como fez em relação a vários outros.

2º) "Ao passar, viu Jesus um homem que era cego desde que nascera; - e seus discípulos e fizeram esta pergunta: Mestre, foi pecado deste homem, ou dos que o puseram no mundo, que deu causa a que ele nascesse cego? - Jesus lhes respondeu: não é por pecado dele, nem dos que o puseram no mundo; mas para que nele se patenteiam as obras do poder de Deus." [João-IX:1-34] A pergunta dos discípulos: "foi algum pecado deste homem que deu causa aquele nascesse cego?" revela que eles tinham a intuição de uma existência anterior, pois, do contrário, ela careceria de sentido, visto que um pecado somente pode ser causa de uma enfermidade de nascença se cometido antes do nascimento, portanto numa existência anterior.

3º) "Ora, entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, senador dos Judeus, que veio à noite ter com Jesus e lhe disse: Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.

Jesus lhe respondeu: em verdade, em verdade, dito-te: ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo." [João-III:1-12] Não há dúvidas de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo e forma. Donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo.

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

Além das evidências históricas e religiosas da reencarnação, discute-se, hoje, várias evidências de cunho científico, o que levou o parapsicólogo Hernani Guimarães Andrade a afirmar: "Dentro de mais alguns anos, a Palingênese deixará de ser encarada como crença religiosa e passará a ser estudada exclusivamente como mais uma lei da natureza." As principais evidências científicas da reencarnação são:

Gênios Precoces

São crianças prodígios, que desde a mais tenra idade mostram possuir conhecimentos de tal ordem à respeito de temas os mais diversos que seria impossível explicá-los sem a certeza de que viveram antes.

Amadeus Mozart tocava piano aos 3 anos e violino aos 4 anos sem nunca ter visto um.

Pierino Gamba foi maestro aos 11 anos. Pascal, matemático francês discutia matemática e geometria aos 12 anos.

Miguel Angelo, com a idade de 8 anos, foi dispensado pelo seu professor de escultura poque este já nada mais tinha a ensiná-lo.

Kardec, examinando a questão pergunta aos benfeitores como entender este fenômeno [LE-qst 219] e eles dizem:

"Lembrança do passado, recordação anterior da alma."

Recordação Espontânea de Vidas Passadas

Caracteriza-se pelo fato de pessoas, especialmente crianças passarem a se recordar espontaneamente de vidas anteriores.

Vários pesquisadores têm-se dedicado ao estudo deste fenômeno, tentando confrontar as declarações das pessoas com fatos reais que poderiam confirmar as informações. Dois desses pesquisadores se destacaram nos últimos anos: Prof. Benerjee, diretor do Instituto Indiano de Parapsicologia da Índia, que chegou a catalogar mais de 1000 casos comprovados de recordação de existências passadas e o Dr. Ian Stevenson, notável neurologista americano que escreveu [Vinte Casos que Sugerem Reencarnação].

Regressão de Memória a Vidas Anteriores

Inúmeros casos têm surgido de pessoas que passam a relatar vivências anteriores durante o fenômeno, hoje relativamente comum, de regressão de memória.

No final do século passado, o pesquisador francês Alberto Rochas, realizando experiências com regressão de memória conseguiu levar uma das suas pacientes a uma existência precedente. A partir daí vários outros cientistas, em diversas partes do mundo, começaram a desenvolver essas técnicas, conseguindo anotar milhares de referências concordantes com o princípio da Palingênese.

Recentemente, este processo foi desenvolvido com fins terapêuticos, onde psiquiatras espiritualistas se utilizam de técnicas apropriadas para, através da regressão de memória, dissolverem condições neuróticas de pacientes psiquiátricos. Esses processo, ainda no campo experimental, portanto não aceito pela Ciência Oficial, recebeu o nome de T.V.P. (Terapia de Vidas Passadas).

Pluralidade X Unicidade das Encarnações

A reencarnação se baseia nos princípios da misericórdia e da justiça de Deus.

Na misericórdia divina, porque, assim como o bom pai deixa sempre a porta aberta a seus filhos faltosos, facultando-lhes a reabilitação, também Deus - através das vidas sucessivas - dá oportunidade para que os homens passam corrigir-se, evoluir e merecer o pleno gozo de uma felicidade duradoura.

Emmanuel chega a dizer que "a reencarnação é quase o perdão de Deus." Na lei de justiça, pois os erros cometidos e os males infligidos ao próximo devem ser reparados durante novas existências, a fim de que, experimentando os mesmos sofrimentos, os homens possam resgatar seus débitos, passando a conquistar o direito de serem felizes.

A unicidade das existências é injusta e ilógica, pois não atende às sábias leis do progresso espiritual.

É injusta, porque grande parte dos erros humanos é resultante da ignorância e, numa só vida, não nos é possível o resgate de nossos erros, principalmente quando o arrependimento nos sobrevem quase ao findar da existência. É preciso que se dê oportunidades ao arrependido para que ele comprove sua sinceridade através das necessárias reparações.

É ilógica, porque não pode explicar as gritantes diferenças de aptidões das criaturas desde sua infância; as idéias inatas, independentemente da educação recebida, que existem nuns e não aparecem em outros; os instintos precoces, bons ou maus, não obstante a natureza do meio onde nasceram.

As reencarnações representam para as criaturas imperfeitas valiosas oportunidades de resgate e de progresso espiritual.

Só a pluralidade das existências pode explicar a diversidade dos caracteres, a variedade das aptidões, a desproporção das qualidades morais, enfim, todas as desigualdades que ferem a nossa vista.

Fora dessa lei, indagar-se-ia inutilmente porque certos homens possuem talento, sentimentos nobres, aspirações elevadas, enquanto muitos outros só tiveram em partilha tolices, paixões e instintos grosseiros.

A influência dos meios, a hereditariedade, as diferenças de educação não bastam para explicar essas anomalias. Vemos os membros de uma mesma família, semelhantes pela carne e pelo sangue, educados nos mesmos princípios, diferençarem-se em bastantes pontos; personagens célebres têm descendido de pais obscuros e destituídos de valor moral.

Para uns a fortuna, a felicidade constante e para outros a miséria, a desgraça inevitável? Para estes a força, a saúde, a beleza; para aqueles a fraqueza, a doença, a fealdade? Por que a inteligência aqui e a imbecilidade acolá? Por que há raças tão diversas? Umas inferiores a tal ponto que parecem confirmar com a animalidade e outras favorecidas com todos os dons que lhes asseguram a supremacia? E as enfermidades inatas, a cegueira, a idiotia, as deformidades, todos os infortúnios que enchem os hospitais, os albergues noturnos? A hereditariedade não explica tudo e muitas aflições não podem ser consideradas como resultados de descuidos, excessos e invigilância.

Por que também as crianças mortas antes de nascer e as que são condenadas a sofrer desde o berço? Certas existências acabem em poucos anos, em poucos dias, outras duram quase um século.

Os que defendem a unicidade das existências afirmam que isto se deve ao acaso ou constitui-se um mistério divino.

Mas quando passamos a admitir a idéia de que já vivemos muitas vezes e voltaremos a viver outras tantas, tudo se esclarece, tudo se torna compreensível e Deus, Justo, Bom e Caridoso cresce diante do homem.


Apostila do Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora
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30 de abril de 2009

Existe consciência após a Morte?


Dois cientistas britânicos tentam conseguir uma verba de US$ 256 mil para realizar um estudo em larga escala a fim de provar que pessoas clinicamente mortas podem realmente ter experiências fora do corpo.

Ambos os responsáveis pela iniciativa, o dr. Sam Parnia, pesquisador da Universidade de Southampton e o dr. Peter Fenwick, consultor de neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, são cientistas respeitados.

Experiências de quase-morte são mais comuns e costumam incluir a visão de uma luz branca. Já nas chamadas experiências fora do corpo, as pessoas geralmente observam serenamente seu próprio corpo enquanto os médicos trabalham desesperadamente para ressuscitá-lo. Os pesquisadores fundaram um fundo beneficente chamado Horizon Research, para promover o estudo desses fenômenos.

Ano passado, Parnia publicou um estudo indicando que 10% dos pacientes clinicamente mortos que puderam ser ressuscitados têm lembranças do momento em que estavam sem vida. Entre as evidências reunidas pelo cientista está o fato de que alguns desses pacientes reconhecem pessoas com as quais jamais haviam tido contato antes, mas que ajudaram na ressuscitação. Outros se lembram das conversas entre os médicos.

De acordo com o que é aceito pela medicina, estas lembranças não deveriam ser possíveis, devido à ausência de atividade cerebral.

Há muito, esta teoria (sobrevivência da consciência ao corpo) tem sido ricularizada pela comunidade científica. Mesmo aqueles que queriam acreditar que "a verdade está lá fora" acabaram se rendendo ao ceticismo.

Susan Blackmore já foi um dos maiores nomes da pesquisa paranormal na Grã-Bretanha. Ela concluiu em seu livro "Dying to Live", que fala sobre experiências próximas da morte e fora do corpo, que esses casos são resultado da anóxia, a falta de oxigênio no cérebro.

Embora o ceticismo permaneça, os cientistas estão começando a reconhecer que é preciso pesquisar mais.

Em dezembro de 2001, o neurologista holandês Pim van Lommel do hospital Rijnstate, na cidade de Arnhem, liderou uma equipe que publicou um artigo no respeitado jornal de medicina britânico "The Lancet". O estudo mostrou que 18% dos pacientes com morte clínica que puderam depois ser ressuscitados podiam lembrar de experiências próximas da morte mesmo anos depois do evento.

Outro estudo, este conduzido nos Estados Unidos pelo pai da pesquisa das experiências próximas da morte, Kenneth Ring, usou pacientes cegos, que se lembravam de ter visto seu corpo enquanto se encontravam clinicamente mortos, embora ligeiramente fora de foco. O livro "Mindsight" foi inspirado neste estudo.

Nem Fenwick nem os outros cientistas envolvidos nesse tipo de pesquisa postulam a vida após a morte propriamente dita. Eles falam apenas de consciência após a morte.

Mesmo assim, as implicações são enormes. Se as experiências próximas da morte e fora do corpo não vêm do cérebro, em que se baseia a consciência?

"Existem duas maneiras de se ver o universo", diz Fenwick. "O modelo aceito atualmente diz que tudo é matéria".

Em outras palavras, tudo o que a ciência considera "real" possui uma forma física que pode ser percebida por nossos sentidos. Mas este modelo, que os filósofos chamam de "materialismo radical", não pode explicar a existência da consciência, que não possui uma essência física.

Então, como fazemos para explicá-la? "Um pequeno milagre inexplicado acontece, e então surge a consciência", diz Fenwick a respeito do atual paradigma.

No entanto, outra teoria propõe que a constituição básica do universo seja não a matéria, mas a própria consciência. É a abordagem transcendental, uma perspectiva compartilhada por muitas religiões.

"Esta segunda forma de ver o universo faz com que seja muito mais fácil compreender estas experiências", diz Fenwick, que acredita que um dia a ciência vai adotar a visão transcendental do universo.

O advento da mecânica quântica, segundo a qual a matéria pode ter ao mesmo tempo uma forma física e uma forma ondulatória, é um passo nessa direção, afirma, assim como as recentes pesquisas em torno do poder da oração, que sugerem que as pessoas são beneficiadas pelas orações alheias, mesmo que não estejam cientes delas.

Estes estudos foram interpretados por alguns estudiosos como um indício de que a consciência se comporta como um "campo", de maneira semelhante ao magnetismo, que podem ser alterados pela interação com outros campos. Se isso for verdade, então é possível que a consciência de uma pessoa tenha influência sobre a de outra.

Agora, Fenwick e Parnia esperam realizar novas pesquisas sobre experiências de quase-morte e experiências fora-do-corpo. Se eles conseguirem arrecadar o dinheiro de que precisam, irão estudar cem vítimas reanimadas de ataques cardíacos que tiveram experiências de quase-morte. De acordo com as pesquisas 30 delas podem ter tido experiências fora do corpo.

A dupla pretende ainda colocar cartas acima da cabeça dos pacientes, que só poderão ser identificadas se vistas de cima - exatamente de onde as pessoas alegam ver seu próprio corpo na UTI.

Mas será que isso vai convencer os céticos? "Não, nada vai. Mas tudo bem", diz Fenwick, rindo. "É assim que a ciência progride. Qualquer pesquisa que proponha grandes mudanças na forma como as pessoas vêem o mundo é rejeitada. Mas vamos provar que a consciência não está no cérebro".

Outra coisa que a pesquisa prova é que ainda existe vida nas pesquisas sobre vida após a morte.


Por Daithi Oh Anluain
18h - 31 de outubro de 2002

Wired News, traduzido para o Portal Terra.
Revisado por Valdomiro Kornetz.

É a Reencarnação um Estímulo à Preguiça?


Umas das objeções freqüentemente apresentadas à tese reencarnacionista é a suposição de que as pessoas ao aceitarem a pluralidade das existências possam se tornar acomodadas com relação à sua transformação interior. O fato de admitirem novas oportunidades lhes inibiria o impulso ao progresso espiritual. A responsabilidade podendo ser adiada levaria os seres humanos, falhos por natureza, a transferirem para outras vidas os deveres que se apresentassem na romagem atual.

Consideram, alguns críticos, que a existência de uma só vida, ou seja, a unicidade ao invés da pluralidade das existências, não permitiria este estímulo à preguiça espiritual. Dizem-nos que não há como postergar para amanhã o que se pode fazer hoje, apenas hoje.

Esta objeção é comumente mencionada ao dialogarmos com adeptos de determinadas confissões religiosas. Raciocinemos comparativamente, colocando as duas teses opostas lado a lado.

Pela crença na vida única, considerando a existência da alma e a sobrevivência da mesma após a morte biológica, haveria duas hipóteses no que concerne à destinação das criaturas. Ou seriam “salvas” ou estariam “condenadas” a uma punição eterna ou extremamente longa até ao chamado “dia do juízo final”.

Para os religiosos que assim pensam, a salvação estaria disponível até o último suspiro da existência terrena. Sempre haveria tampo do “pecador” se arrepender de seus atos e “aceitar” Jesus no último instante, passando a ser digno das recompensas futuras e eternas independentemente de erros anteriores.

Pela ótica da tese reencarnacionista o que nesta vida estamos semeando, passaremos a colher no futuro, e não só nesta existência, como também, nas vidas posteriores.

A responsabilidade pelos nossos atos torna-se muito maior, já que não há uma idéia salvacionista, porém uma concepção de evolução e colheita obrigatória. Não há, portanto, espaço para qualquer postura de acomodação ou preguiça.

Se nos propusermos realmente a examinar, de forma imparcial e desapaixonada ambas as hipóteses, parecer-nos-á bastante claro que a pluralidade das existências, ao contrário da concepção da vida única, exige muito amor e conscientização de nossas imperfeições a serem corrigidas.

Ao invés de transferirmos a responsabilidade para outros que atuariam como representantes da divindade, ou esperarmos um perdão milagroso que apaga as nódoas da maldade mais encardidas e repugnantes, fruto de atos vis de nosso espírito, há um estímulo constante para nos reformarmos intimamente rumo à sabedoria e ao amor universal.

A concepção reencarnacionista ensina que não existe a “salvação” existe a evolução. Não há almas “condenadas” mas transitoriamente enfermas. A mensagem cristã de “ nenhuma das ovelhas se perderá”, ajusta-se plenamente na tese da pluralidade das existências dando oportunidade a que todos atinjam a felicidade. Permite atribuir facilmente a Deus a totalidade do amor e justiça.

No entanto, apesar do destino último de todas as criaturas após inúmeras reencarnações ser um destino perfeito, estamos sujeitos a cada momento às dolorosas conseqüências de nossos desatinos não existindo milagres salvacionistas que nos levem preguiçosamente a um paraíso, independentemente de uma vida pouco útil ou perniciosa ao próximo.


Ricardo Di Bernardi
Fonte

29 de abril de 2009

ESPIRITUALIDADE E RELIGIÃO


Tudo que escrevo aqui faz parte da minha consciência de agora, mas eu me permito mudar esta minha maneira de ver, passar uma borracha em tudo, se a sua experiência me mostrar uma nova maneira de ver. Eu estou aberto a rever os meus conceitos e a mudar de idéia a qualquer instante, desde que seja para a ampliação da minha consciência.

Eu acredito que a base de todos os meus sofrimentos esta na palavra "inconsciência" e que a base da minha recuperação está na palavra "consciência" - uma consciência clarificada pela ação de um Poder Maior, de um Deus amantíssimo da forma como eu O concebo.

A doença emocional é progressiva, mas a recuperação e o conceito pessoal de Deus, também são progressivos. Eu prefiro usar a palavra 'Deus', mas cada um pode usar da maneira que lhe convém. Se estivermos no Aberto, podemos encontrar respostas em todos os lugares e situações.

Sem união, não pode haver missão. Sem unidade não pode haver "transmissão". Transmissão é transmitir uma mensagem que "trans-passa" o nível 'comum' de conhecimento. Transmitir é ser um canal, ser um instrumento dessa Força Superior, pois somente pela ação do intelecto, não pode haver uma "real trans-formação".

Eu pergunto para você: "a espiritualidade pode existir sem a religião? E a religião, pode existir sem a espiritualidade?" E o que você entende por "espiritualidade"?

Eu acredito que a resposta a estas perguntas, bem como a essência da palavra 'espiritualidade', pode mudar totalmente a maneira de encararmos a vida e a nossa função para com ela. Para mim, podemos dividir a palavra 'espiritualidade', da seguinte maneira: ESPÍRITO + ATUALIDADE = O MEU ESTADO DE ESPÍRITO ATUAL. Como é que está a qualidade do meu espírito? Como é que está a qualidade dos meus sentimentos e emoções?

Na minha compreensão, a espiritualidade vive sem qualquer tipo de religião, mas a religião não pode viver sem a espiritualidade.

Por já ter experimentado este tipo de incomodo interior e por meio da observância do coletivo, ficou bem claro para mim, o desconforto que certas pessoas sentem ao ouvir alguém relatando suas próprias experiências pessoal de Deus. Às vezes eu fico me questionando por que será que nos incomodamos tanto quando alguém começa a falar da sua própria crença ou religião. No meu caso, me tornei super sensível à religiosidade de outras pessoas devido à série de abusos religiosos que sofri durante a minha infância e adolescência.

Muitos de nós, já experimentaram fazer um enorme esforço pessoal para se livrar de alguma imperfeição ou defeito em seu próprio caráter, sem obter um resultado satisfatório. Conseguimos detê-lo por um certo período de tempo, para depois voltar a sua prática de forma ainda mais acentuada. Não conseguimos 'positivar' de maneira satisfatória este lado 'negativo' do nosso ser, apenas a base da vontade própria. E é por este motivo, que muitos de nós, bem como nossos ancestrais, procuraram por alguma religião ou filosofia para a solução de suas 'negatividades ou sombras'.

Por eu ter nascido numa família disfuncional, eu sofri muito e fiz com que muitas pessoas fossem afetadas devido a minha falta de consciência. Nesta família, todos estavam tentando sobreviver da 'inconsciência coletiva'. Éramos todos prisioneiros entre prisioneiros - prisioneiros da 'inconsciência pessoal'. Quando tomei 'consciência' de que precisava de ajuda para me libertar da minha 'inconsciência', comecei a buscar em literaturas, instituições e irmandades diversas, respostas para a minha 'inconsciência' que acabaram por me tornar 'consciente' quanto as minhas questões internas e quanto a minha 'falta de poder' para transpassar o meu estado atual de consciência. Falta de Poder - falta de consciência... Esse foi sempre o meu real problema.

Eu pergunto a você: "Você consegue mudar por si mesmo, uma só das suas imperfeições?
Consegue remover por si mesmo um só dos seus defeitos de caráter?...

Você de certo já deve ter ouvido falar que o significado da palavra 'Religião', vem de religare, e significa, "tornar a ligar", ou seja, tornar um só, tornar uma unidade. Acredito que em todas as religiões encontraremos princípios espirituais cuja função é tornar possível esse processo de unicidade, de individuação do ser humano. Se procurarmos de mente aberta, com certeza os encontraremos.

Os grupos anônimos possuem princípios espirituais, porém não religiosos, que tem por função o preparo do ambiente interior propicio para que a graça de um Deus amantíssimo possa proporcionar a unidade interna do ser humano.

Quase todo ser humano passa a procurar por algo que possa dar sentido ao seu sofrimento interior. Eu pergunto a você: Em algum momento você teve a curiosidade de procurar o significado da palavra 'sofrer'?

Sofrer significa tolerar, suportar, consentir, conformar e resignar, que por sua vez significa 'renúncia espontânea da Graça'.

Eu acredito que a função das religiões e da espiritualidade é responder o por que do sofrimento, bem como uma maneira de crescer por meio do mesmo.

Você acredita que a 'unidade interna' do ser humano possa ocorrer tão somente pelo esforço da vontade pessoal?

Você acredita que a graça de Deus possa ser dispensável na ocorrência de tal unidade interna?

Eu acredito ser fundamental a observância e prática de 'princípios espirituais' que se mostraram funcionais durante o transcorrer dos tempos, para que a Graça de Deus possa trazer a 'unidade interna' necessária para a qualificação da vida do ser humano. E acredito também, que a maior felicidade do ser humano esteja no recebimento da graça de Deus, capaz de potencializar os seus talentos naturais, muitos dos quais até então em estado dormente e no privilégio de ser um testemunho vivo da ação da graça vivificante de Deus. Ser um instrumento a serviço da graça! No meu caso, só experimentei essa graça, quando passei da crença, para a descrença e da descrença para a 'experiência'. Não conhecemos a Deus pelo intelecto, mas sim, pela experiência.

Outra questão que gostaria de colocar é quanto a questão do 'conformismo'. Tenho a absoluta certeza que as minhas depressões do passado foram resultantes do meu 'conformismo' ao sistema de convenções e crenças familiar e social. Enquanto eu não tive a disposição e a coragem para inventariar, questionar e 'abrir mão' das crenças e convenções que me foram impostas, não comecei a caminhar para este meu processo atual de liberdade interna.

Hoje eu tenho a opção de optar e de não mais me conformar, me resignar, pois ficou bem claro para mim, que a resignação leva para a 'estagnação' que impede a livre expressão da graça. E com isso, a vida e os relacionamentos ficam sem graça. Os assuntos e atividades ficam sem graça. Creio que a qualidade da transmissão da mensagem que eu passo é diretamente proporcional à experiência pessoal da graça.

Eu pergunto para você:
"O que é que está lhe animando ou desanimando hoje - uma crença ou uma experiência?"
"Qual o propósito da sua vida?"

Para mim, foi me passado uma série de propósitos na vida, tais como: você tem que vencer, tem que ser um grande homem, tem que ter um bom salário, tem que ser um vencedor, tem que ter sucesso... tem que, tem que e mais uma série de tem que. Durante muito tempo corri atrás da realização desses propósitos. Hoje, meu propósito já não tem mais nada a ver com isso. O meu propósito é o de 'ampliar esta minha unidade interna por meio de uma relação consciente com Deus - um Deus concebido e não mais intelectualizado. Este propósito atual, direcionado para o interior, é que está me dando condições de ver o exterior de uma forma bastante diferente.

Um abraço fraterno,

Nelson Jonas nelson@cuidardoser.com.br

Direito da Vida


Uma das grandes discussões de nossa era é o aborto. Existem diversidades de opiniões, os radicais, contra e a favor, e ainda aqueles que dizem que depende do caso. É realmente um dilema quase paradoxal discutir sobre aborto. Eu pessoalmente tenho minha opinião formada e me encaixo, dentre as categorias que eu mesmo criei, nos radicais. Sou radical quando o assunto é aborto, independente da situação. Frequentemente "posto" assuntos relacionados ao cotidiano, pois acho que a vida espiritual é muito ampla e se manifesta em todos os planos, principalmente no físico, onde temos tantas provas e expiações para enfrentar - e que fique claro, criadas por nós mesmos.

Pois bem, como um radical, mesmo dentre tantas situações possíveis de uma mulher (e até mesmo criança) engravidar, sou a favor da Vida, ou seja, não sou a favor do aborto. Um caso recente foi o da menina de apenas 9 anos de idade que engravidou após ser frequentemente violentada e abusada sexualmente pelo padrasto. É uma notícia chocante que gerou uma polêmica de proporções mundiais. A opinião pública foi massacrante à favor do aborto. Com certeza, assim como o padre, serei duramente contrariado. Mas é minha opinião, todos têm o direito de opinar a respeito das coisas que ocorrem no dia-a-dia.

Pelo menos minha opinião tem lógica e coerência, não tenho opinião da opinião dos outros. Reflito em cima dos fatos. E não critico quem o faz, simplesmente penso por mim mesmo. Mas dentre minha radicalidade tenho meus argumentos e acredito que são suficientemente concretos para não ser a favor do aborto, em qualquer que seja o caso. Para quem freqüenta o blog já sabe que falo nos fins dos tempos, pelo menos do jeito que conhecemos. Nosso mundo está em transformação e algumas pessoas estão recebendo suas últimas chances, senão a última. São pessoas ainda muito ignorantes e embrutecidas quanto à realidade fraterna. Notícias como esta são cada vez mais comuns de aparecerem nos noticiários. São pessoas muito atrasadas espiritualmente. Pessoas que devem para si próprias e para os outros. E aparentemente continuam a aumentar seus débitos.

A Vida é proporcionada pela Vida, por Deus, pelo Cosmos, pela Natureza, seja por quem for, mas a verdade é que nós temos a oportunidade de aproveitá-la, da melhor maneira possível, como o nosso querido mestre nos ensinou a mais de dois mil anos:

“Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”.

, ou seja, o segredo da vida é amar, a nós mesmos e ao próximo, incondicionalmente, fraternamente; e não tirar o direito de viver. Essa mensagem de vida nos foi transmitida a mais de dois mil anos, e ainda não é praticada.

O direito que nos é dado para viver não pode ser tirado por nós mesmos. Não pode ser simplesmente julgado sem conhecer os fatores determinantes para tal episódio. O que nos é de direito é o viver, é ter a oportunidade de experimentar a Vida no plano físico. É chocante, polêmico, revoltante, a menina de apenas 9 anos grávida através de abuso sexual. Uma covardia praticada por um ser bruto como é o padrasto da menina. E o pior dos piores ocorreu. O ódio gerado pela grande massa sobre esse homem ignorante das leis maiores. Um país inteiro odiando um ser que hoje deve estar sofrendo das piores obsessões. A menina, vítima, também sofrerá se é que já não está sofrendo uma obsessão muito pior. Duas vidas foram tiradas de seu ventre, dois espíritos que tinha a oportunidade de experimentar a vida na matéria, mesmo que fosse por alguns meses, provavelmente cobrando a oportunidade que lhes foi tirada. A menina, só o plano superior sabe, provavelmente morreria, mas tudo dentro do próprio merecimento. Alguém por um acaso conhece a ligação entre esses dois espíritos, a menina e o padrasto? Acredito que não. Ninguém tem o direito de interferir nas provas e expiações das pessoas, mesmo que essas sejam as piores. O livre arbítrio nos foi dado junto com a oportunidade da vida, e deve ser respeitado.

O meu ponto de vista quanto ao assunto aborto é o direito de viver, mesmo que seja por pouco tempo, independente da situação. Não quero continuar e nem criar polêmica. Quero esclarecer, quebrar os sentimentos baixos gerados direta e indiretamente por causa do aborto. Existem bilhões de espíritos esperando a oportunidade de reencarnar. Quando lhes é tirado esse direito aumentam as dívidas, as ligações obsessivas, os problemas. Por isso digo SIM À VIDA!!! Que o Amor fraterno atinja o coração de todos, que as inconseqüências cometidas pelos mais ignorantes espíritos sejam perdoadas, e que acabe essa corrente de vingança que existe entre as pessoas!!!

Luz para todos!!! Amor para todos!!!
Nunca se esqueça, repita sempre:
Eu sou Luz, eu sou Amor!!!


***

A seguir o vídeo que me motivou a escrever esse artigo. É um vídeo chocante, com imagens de pequenas vidas tiradas através do aborto. Assista somente se tiver coragem. Orem pelas tantas vidas tiradas dessa forma, que as pessoas que cometem esses crimes contra a Vida sejam iluminadas.

Muita Luz para esses espíritos!!! Que o Amor atinja seus corações!!!


28 de abril de 2009

Dia da Educação - 28/04


Hoje é dia da educação. Logo que acordo ligo a televisão, como todos os dias o faço. No perído de 30 minutos, que é o que levo para tomar café até terminar de me arrumar, não assisti nenhuma reportagem sobre esse dia tão importante. Mas assisti a uma reportagem sobre o dia da sogra, mesmo dia 28 de abril. Com certeza eu deva ter perdido algo sobre o dia da educação, a não ser que de fato o mundo esteja de cabeça para baixo. Não é possível que a mídia, tão crítica quanto a educação proveniente dos lares, e até mesmo das escolas, não tenha feito uma mísera reportagem sobre o dia da educação. Espero que nos horários do meio dia e da noite apareça alguma coisa marcante para esse dia tão emblemático nos dias de hoje. Aliás, passei os olhos pelo jornal e só achei esse, diga-se de passagem, artigo sobre o tema.

***


Educação e valores, por Luciana M. Crestani*

Meus pais, família humilde, não me legaram grandes posses materiais. Mas, dentro das limitações financeiras que sempre tivemos, conseguiram me proporcionar os bens mais preciosos: educação e valores morais. O que veio depois disso o ensino sistematizado, a formação e os frutos das escolhas feitas apenas somou aos sólidos pilares anteriormente construídos por meio do exemplo e do diálogo.

É sobre isso que me proponho a refletir no Dia da Educação. Sobre o verdadeiro sentido da palavra educação. Falo de educação para a vida, para a cidadania, para o convívio social. Aquela que aprendemos também na escola, mas primeira e principalmente na família. É na família que aprendemos a cultivar os valores básicos – respeito, honestidade, humildade, cordialidade, compaixão – que externamos ao longo do nosso convívio em sociedade. E, nesse sentido, o respeito – por si mesmo e pelos outros – encabeça a lista das virtudes. Quando na família não se ensina o respeito mútuo, pouco sobra para ensinar. Talvez por falta dele, do respeito, a sociedade esteja cada vez mais doente. Certamente por falta dele escolas enfrentam tantos problemas de violência, de depredação, de confronto, situações inconcebíveis e desanimadoras para professores e estudantes.

Como se espera que uma criança ou adolescente que agride os pais, verbal ou fisicamente, debocha dos avós, trapaceia o irmão, tenha algum respeito por colegas, professores, ou qualquer pessoa que lhe cruze o caminho? Como espero que um filho meu cultive valores, seja uma pessoa de caráter e índole exemplares se a “educação” que recebe em casa vai na direção contrária? Como espero que respeite os mais velhos, ceda sua poltrona a um doente, um idoso, ou simplesmente saiba conviver com as diferenças se não o educo para isso? Se não há exemplo e nem diálogo sobre essas questões em casa, como esperar que meu filho as aprenda?

Já é consagrada a máxima de que o exemplo não é a melhor maneira de educar, é a única. Se a parcela da educação que cabe aos pais é relegada ou renegada, fica difícil a escola sozinha reverter o quadro. É preciso lembrar que a escola é também responsável pelo ensino dos conteúdos curriculares, que são muitos e complexos. Dado o número de períodos que cada professor passa semanalmente em cada turma – uma média de dois períodos –, é escasso o tempo para conciliar discussão de valores morais com conteúdos programáticos. Por outro lado, é urgente que nas salas de aula se priorizem e discutam questões latentes envolvendo valores morais e éticos em detrimento de gramatiquices e fórmulas mirabolantes. Aliás, como professores, somos também exemplos. Mas que pais e mães não se eximam dessa função.

Veja-se o caso do personagem Zeca, o badboy da novela Caminho das Índias. O rapaz tem tudo, materialmente falando. Também tem acesso a bens culturais (cinema, teatro, livros, internet etc.), domina recursos de informática, vai à escola, assiste às aulas... e adianta? O exemplo de casa é o que lhe “adianta”. E na casa de Zeca não há nenhum indício de valores morais... Enfim, que sirva a arte como exemplo para a vida. E que reverberem em nossas memórias as palavras de Theodore Roosevelt: “Educar uma pessoa apenas no intelecto, mas não na moral, é criar uma ameaça à sociedade”.


28 de abril de 2009 | N° 15953
Zero Hora
*Professora universitária, mestre em Educação

27 de abril de 2009

Apostando no AMOR (por Léia Óla)


Todo ser humano vive em busca da felicidade. Todas as coisas que fazemos e tudo o que buscamos é com a intenção íntima de encontrar Felicidade.

No entanto, a verdadeira Felicidade encontra-se dentro de nós, na paz interior, em estarmos de bem conosco e com a vida. Embora pareça simples, isto é uma conquista, muitas vezes árdua.

Comecemos então pelo AMOR, porque é no exercício do amor que encontraremos esta tão desejada Felicidade. No amor por nós mesmos, em primeiro lugar. No amor ao próximo, no amor à humanidade.

Enquanto acreditarmos que não temos nada a ver com a humanidade e que o governo é que deve se responsabilizar pela sociedade, estaremos colhendo os frutos amargos da violência e do desamor. Se o governo não faz tudo o que deveria fazer (e não faz mesmo), não é problema dele, é problema meu. É problema nosso.

Então segue uma dica simples, mas extremamente significativa. Experimente e reconheça os resultados:

- Todas as manhãs, faça a si mesmo as seguintes perguntas:

1. O que eu posso fazer, ainda hoje, por amor a mim mesmo?
Não espere pelos outros, escolha algo e faça por si mesmo. Leve-se ao cinema, compre-se um sorvete, sente-se em frente ao mar e deixe-se inebriar pelas energias revigorantes, vista-se de forma deslumbrante e tire fotos suas.
Entenda que ninguém nasceu para te fazer feliz, só você pode fazer isso. então, presenteie-se!

2. O que eu posso fazer, ainda hoje, por amor a minha família?
Faça o prato preferido de alguém, dê flores, faça um carinho, escute com atenção.
Todo o amor que compartilhamos volta para nós multiplicado. E, faça sem querer receber nada em troca.

3. O que eu posso fazer, ainda hoje, po amor a humanidade?
Recicle, economize água, plante uma árvore, contribua.
Fomos criados para acreditar que devemos ter sempre algo em troca do que fazemos, desta vez, faça algo de forma livre e espontânea, pelo simples gesto de amar. Estamos ligados uns aos outros como uma grande teia humana. O movimento de um afeta a todos.

Experimente responder e colocar em ação as suas respostas, aprecie os resultados, percebendo que ao começar a cultivar o amor você terá belas colheitas pela frente.


Muita PAZ!


Léia Óla, Palestrante Motivacional e Coach. Escritora, autora do livro Liberdade de Escolha, Poder de Resposta, ed. Scortecci.
http://www.motivando.com.br/
leiaola@motivando.com.br
Modestia Parte

24 de abril de 2009

Pensando violência, por Viviane Leal Pickering*

Hoje, o indivíduo vê e vivencia, em seu cotidiano, inúmeras manifestações de violência, que se evidenciam na mídia, na vida pública e, também, na vida privada. Assim, muitas vezes, tem dificuldade em decifrar, enfrentar e elaborar tais questões.

Cabe lembrar, no entanto, que esse fenômeno complexo chamado violência sempre existiu e sempre fez parte da humanidade, assim como a agressividade é inerente ao ser humano. A História ensina que a humanidade já passou por períodos pacíficos, revolucionários e violentos, fases nas quais a guerra e as expressões da violência se fizeram presentes, em diversas civilizações.

Na atualidade, os indivíduos tendem a assistir às diversas manifestações de violência, com perplexidade e sensibilidade, mas, por outro lado, tendem a ficar indiferentes, por se tornar um dado do cotidiano, estabelecendo-se uma “tranquila aceitação” da violência.

O movimento e a tecnologia ditam o comportamento. Quem não se integra na aldeia global é excluído. Ao mesmo tempo em que o indivíduo se encontra e percorre a rede, em busca de “relações” com o outro, ele se percebe só e anônimo, numa sociedade que prima pelo individualismo.

Junto com esse individualismo, assistimos à quebra de valores e à ditadura do prazer imediato. Percebe-se que, nessa sociedade em que o outro tem pouco espaço, as relações tornam-se líquidas e fugazes. Os valores vão se esvaziando e as tradições vão se quebrando, assim como ocorre com a solidariedade, dando lugar a figuras de autoridades frágeis, instituições falidas, delinquências e violências extremas.

Diante de tantas mudanças sociais e de comportamento, o medo, a insegurança e incertezas começam a emergir.

Diante deste tempo de violência, cada indivíduo dentro desta sociedade vai manifestando sua dor, ora pela ação, pelo corpo ou pelo pensar.

Pensar tais questões pode gerar inquietações, mas permite, quem sabe, irmos decifrando as diversas manifestações de violência apresentadas na contemporaneidade.

A sociedade carece não só de políticas voltadas a saúde, educação, moradia, mas de políticas voltadas ao sujeito que, cada vez mais, se encontra aprisionado, dentro e fora dos cárceres, pela violência. A sociedade como um todo precisa encontrar-se com seus diversos segmentos e dialogar com todos os seus integrantes – sujeitos contemporâneos – para que eles possam se enxergar e serem enxergados, nessa “condição violência”. Assim, talvez seja possível criar caminhos e alternativas para esse enfrentamento das doenças, misérias e violências do humano, na sociedade atual.


24 de abril de 2009 | N° 15949
Zero Hora
*Psicóloga, mestre em Ciências Criminais

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18 de abril de 2009

Difícil, muito difícil


Quando o psiquiatra Sérgio de Paula Ramos, do alto de seus 35 anos de experiência no tratamento dos dependentes de drogas, em entrevista a ZH (terça-feira, 14 de abril), apontou o álcool como porta de entrada para outras drogas, principalmente entre os adolescentes, não disse nenhuma novidade. Mas tocou num ponto que, de certa forma, acaba sempre sendo evitado. Como reprovar uma substância que é anunciada, alto e bom som? Como controlar uma droga que patrocina, inclusive, eventos esportivos?

O crack é devastador, mas o álcool é o craque das drogas. Sucesso em vendas, muitas vezes é o causador de tragédias do nosso cotidiano. Está infiltrado em quase todas as manifestações de “alegria e descontração” do ser humano. É extensa a nomenclatura de bebidas que, anunciadas charmosamente, no fundo não passam de álcool, misturado a outras substâncias, variando apenas seu teor. Como desejar que um adolescente, em plena “festa da vida”, não se drogue com álcool? Difícil, muito difícil.

A dependência ao álcool é fartamente comprovada. Sua aquisição só não causa maiores reações em seus usuários porque a droga é vendida, praticamente sem controle, em qualquer estabelecimento comercial do ramo. Se fosse proibida, como outras drogas, certamente o alcoolista cometeria qualquer desatino para alcançá-la. Vício é assim. Se você tem um fumante ativo em casa (ou no trabalho), sabe do que estou falando. É quase impossível convencê-lo a não fumar após ingerir algum alimento ou diante de um desafio qualquer. Vício é doença. Tem que ser tratado.

No vício, imperam as emoções. O viciado é incapaz de ouvir a voz da razão. O fumante sabe que fumar causa câncer, envelhece precocemente, deixa os homens impotentes e envenena o leite materno. Mas nem por isso deixa de baforar seu cigarrinho a cada 30 ou 40 minutos. Se você, que não é viciado em nicotina, está por perto, azar o seu. Você é transformado em fumante passivo, que, afirmam os cientistas, é pior que fumar o próprio cigarro. O fumante passivo acaba aspirando a fumaça que o fumante ativo tragou e expeliu. Mas fumar é um charme e... charme coisa nenhuma: é vício. Uma armadilha em que pessoas caem e quando conseguem livrar-se é a duras penas.

Fazendo parte das chamadas preferências nacionais, tanto o cigarro quanto as bebidas alcoólicas sustentam indústrias de peso, que empregam grande número de trabalhadores regulares. Além disso, contribuem com altos impostos ao governo. A maconha, a cocaína e o crack, sendo ilícitos, além de não pagarem impostos, locupletam-se de mão-de-obra clandestina, fora da lei. Mas fazem parte de uma indústria organizada que, por trás de faces miseráveis, alimenta intocáveis barões multimilionários e sem rosto.

Por outro lado, estamos todos, de uma ou de outra forma, drogados. Envolvida em problemas de saúde, uma pessoa pode ver-se na contingência de ter que engolir um número considerável de comprimidos ao dia. Tenho certeza de que os médicos prescrevem-nos com a melhor das intenções. Mas há sempre efeitos colaterais, às vezes, devastadores. Não é de graça que temos drogarias espalhadas por quase todos os quarteirões de nossas cidades. A indústria farmacêutica parece ser um negócio hiperlucrativo. Se estamos doentes e praticamente mergulhados em drogas, nossos adolescentes dificilmente tomarão rumo diferente.

O experiente psiquiatra não tapou o sol com a peneira. Mas certamente sabe que sua afirmação não ecoará. Drogas são drogas. Mas, ao classificá-las em lícitas e ilícitas, os homens criaram um problema praticamente insolúvel para toda a sociedade. É claro que o ser humano sempre precisou de uma válvula de escape. Na dose certa é remédio, dizem uns. Mas como domar a fera oculta num copo, por exemplo? Uma dose chama outra e outra e mais outra. Uma substância inserida em bebidas que crianças e pré-adolescentes crescem ouvindo seus pais chamarem carinhosamente de “a minha cervejinha”, “o meu vinhozinho” e “o meu uisquinho”, dificilmente, num futuro breve, será evitada por eles. Difícil, muito difícil.


Hermes Aquino*
18 de abril de 2009 | N° 15943

Zero Hora

*Músico e publicitário

17 de abril de 2009

O Poder e o Dinheiro


Alguns jornalistas tem o grande potencial de modificar o meio. Alexandre Gracia é um deles, e sou admirador de seu empenho. Ele carrega magnetismo em suas palavras, é cativante. Em seu comentário no Bom Dia Brasil de hoje falou com firmeza sobre a utilização de nosso dinheiro pelos deputados para suas viagens. É triste ver tamanha ganância desses políticos, que nada mais são do que simples pessoas como nós, mas que adquiriram o posto de dirigentes de nosso país.

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Mudou, mas não mudou

Entre 2007 e 2008, a Câmara gastou R$ 2,5 milhões só com passagens para o exterior, em viagens que os deputados não estavam a trabalho. A conta é do Ministério Público Federal.

A Câmara finge que restringe as passagens para ver se dá um cala-boca na opinião pública que está incomodando. Agora, só parentes e funcionários do gabinete. Mas continuam podendo ir para Miami ou Paris, desde que apresentem um pretexto.

O primeiro secretário do Senado, senador Heráclito Fortes, ainda faz brincadeira, dizendo que namorada pode, se for bonita. É deplorável.

Será que os três senadores e os oito deputados federais por Brasília não se envergonham de receber passagens aéreas para o exercício do mandato? Não há voos regulares para Taguatinga, ou Ceilândia, ou Samambaia ou para o Gama e Sobradinho. Existe alguma empresa privada generosa e rica o bastante para pagar passagens aéreas mensais para namoradas e sogras de seus funcionários?

Pois os cofres dos impostos do público são assim generosos e aparentemente ricos. A Constituição impõe expressamente ao serviço público moralidade. Será que eles conhecem o que é a prática dessa palavra?

Moradores de Pernambuco são exemplo

Parece o que já vi interior da Suíça, em uma cidade do mesmo tamanho. Dá orgulho, sobretudo, dá esperança no povo - e desesperança nos seus representantes. São Bento do Una, menos de 50 mil habitantes, é um exemplo dos dois lados - o representado e seu representante. O cidadão do interior do município, que percorre 17 quilômetros a cada semana e à noite, para acompanhar a atuação de seus representantes, e os vereadores do interior que alegam não poder vir, porque é noite.

A democracia, na prática, constrange os vereadores da Mesa Diretora, que alegam despesas com a conta de eletricidade - e a gente sabe como eles cuidam as despesas pagas pelo contribuinte.

São Bento do Una demonstra como a democracia pode ser na participação do eleitor e não pode ser apenas no momento do voto e depois se extinguir. Os representantes, sejam eles vereadores, deputados ou senadores, prefeitos, governadores ou presidente, não estão acima do povo, mas abaixo dele. São servidores. Por isso são mandatários - e o eleitor, o contribuinte, o cidadão, é o mandante, porque os nomeia pelo voto e os sustenta, pelos impostos diretos e indiretos.

Se os mandatários estiverem acima do povo, é aristocracia disfarçada de democracia. A direção da Câmara de São Bento do Una é um retrato bem nítido de uma prática em que povo é bom na hora do voto. Depois, atrapalha.


Alexandre Garcia
17/04/09 - 08h12
Bom Dia Brasil

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Por isso continuo solicitando que todos que se acham dispostos a fazer alguma coisa em favor de nossa evolução em todos as dimensões da vida orem pela e para Luz. Orem pelo e para o Amor. Concentre suas energias e seus bons pensamentos em favor daqueles que se acham na ignorância e nas trevas. Nossos políticos são pessoas atacadas por entidades muito sombrias e acabam cedendo para ações absurdas, como é o caso acima. Vamos orar, pois é o que nos resta a fazer contra ações invisíveis.