30 de julho de 2008

Mediunidade


159. Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. E de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.

188. Espécies comuns a todos os gêneros de mediunidade
Médiuns sensitivos: pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos, por uma impressão geral ou local, vaga ou material. A maioria dessas pessoas distingue os Espíritos bons dos maus, pela natureza da impressão. (N. 164.) "Os médiuns delicados e muito sensitivos devem abster-se das comunicações com os Espíritos violentos, ou cuja impressão é penosa, por causa da fadiga que daí resulta."
Médiuns naturais ou inconscientes: os que produzem espontaneamente os fenômenos, sem intervenção da própria vontade e, as mais das vezes, à sua revelia. (N. 161.)
Médiuns facultativos ou voluntários: os que têm o poder de provocar os fenômenos por ato da própria vontade. (N. 160.)
"Qualquer que seja essa vontade, eles nada podem, se os Espíritos se recusam, o que prova a intervenção de uma força estranha."

Livro dos Médiuns, páginas 208, e 235 até 236

28 de julho de 2008

Velhos hábitos

“... O corpo não dá cólera àquele que não a tem, como não dá os outros vícios; todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito; sem isso, onde estariam o mérito e a responsabilidade?...”
(Capítulo 9, item 10.)

Em primeiro lugar, é necessário conceituar que vícios são dependências vigorosas e profundas de uma pessoa que se encontra sob o controle de outras ou de determinadas coisas.
Portanto, deve ser considerado como vício não apenas o consumo de tóxicos e de outros produtos de origem natural ou sintética. O conceito é mais amplo. Analisando-o em profundidade, podemos interpretá-lo como atitude mental que nos leva compulsoriamente à subjugação a pessoas e situações.
Muitos de nós aprendemos a ser dependentes desde cedo, dirigidos por adultos superprotetores que nos imprimiram “clichês psíquicos” de repressão, que se refletem até hoje como mensagens bloqueadoras dentro de nós e que não nos deixam desenvolver o “senso de autonomia” e de independência. Outros trazem enraizadas experiências em que lhes foi negada a possibilidade de exercer a capacidade de seleção de amigos e parceiros afetivos, em virtude da intervenção de adultos prepotentes. Essa nociva interferência torna-os mais tarde indivíduos de caráter oscilante, indecisos, assustados e inseguros. Outros ainda, por terem sofrido experiências conflitantes em outras encarnações, em contato com criaturas desequilibradas e em clima de inconstância e desarmonia, são predispostos a renascer hoje com maior identificação com a instabilidade emocional.
Dessa forma, entendemos que os fatores que propiciam os vícios e as compulsões ocorrem em ambientes familiares-sociais desarmônicos, desta ou de outras encarnações, onde deixamos as pressões, traumas, coações, desajustes e conflitos se enraizarem em nossa “zona mental” ou “perispiritual”, porqüanto os vícios não passam de efeitos externos de nossos conflitos internos.
Vale ressaltar que nossa sociedade, a rigor, é extremamente “machista”, razão pela qual muitas mulheres foram educadas para aceitar comportamentos dependentes como sendo “virtudes femininas”, o que as leva a viver dentro de “demarcações estreitas” do que elas devem ou podem fazer.
O vício do álcool, sexo, nicotina, jogos diversos ou drogas farmacológicas são formas amenizadoras que compensam, momentaneamente, áreas frágeis de nossa alma desestruturada.
Aliviam as carências, as ansiedades, os desajustes, as tensões psicológicas e reduzem os impulsos energéticos que produzem as insatisfações e o chamado “mal-estar interior”.
Pode parecer que as opções vício-dependência disfarcem ou abrandem a “pressão torturante”, porém o desconforto permanece imutável.
O álcool e a droga são sedativos ou analgésicos, mas por acarretar gravíssimas conseqüências, são denominados “vícios autodestrutivos”. A comida é uma dependência considerada, de início, “vicio neutro”, para, depois, transformar-se numa “opção de fuga” negativa e profundamente desorganizadora do nosso corpo físico-psíquico.
Há manias ou vícios comportamentais tão graves e sérios que nos levam a ser tratados e considerados como pessoas de difícil convivência, isto é, inconvenientes:
— Vício de falar descontroladamente, sem raciocinar, desconectando-nos do equilíbrio e do bom senso.
— Vício de mentir constantemente para nós mesmos e para os outros, por não querermos tomar contato com a realidade.
— Vício de nos lamentarmos sistematicamente, colocando-nos como vítima em face da vida, para continuarmos recebendo a atenção dos outros.
— Vício de nos acharmos sempre certos, para podermos suprir a enorme insegurança que existe em nós.
— Vício incontido de gastar desnecessariamente, sem utilidade, a fim de adiarmos decisões importantes em nossa vida.
— Vício de criticar e mal julgar as pessoas, para nos sentirmos maiores e melhores que elas.
— Vício de trabalhar descontroladamente, sem interrupção, para nos distrairmos interiormente, evitando desse modo os conflitos que não temos coragem de enfrentar.
Inquestionavelmente, as chamadas viciações resultam do medo de assumir o controle de nossa vida e, ao mesmo tempo, do medo de nos responsabilizarmos por nossos atos e atitudes, perniltindo que eles fiquem fora de nosso controle e de nossas escolhas.
Quaisquer que sejam, contudo, os motivos e a origem de nossos “velhos hábitos”, urge estabelecermos pontos fundamentais, a fim de que comecemos indagando “por que somos” dependentes emocionalmente e “qual é a forma” de nos relacionarmos com essa dependência.
Aqui estão alguns itens a ser também observados e que provavelmente nos ajudarão a ser mais independentes, além de capazes de satisfazer nossos desejos e vocações naturais. Ao mesmo tempo, nos permitirão estar junto a pessoas e situações sem tomar-nos parcial ou totalmente dependentes delas:
— Aguçar nossa capacidade de decidir, de optar e de escolher cada vez mais livre das opiniões alheias.
— Combater nossa tendência de ser “bonzinhos”, ou melhor, de desejar ser sempre agradáveis aos outros, mesmo pagando o preço de nos desagradar.
— Estimular nossa habilidade de dizer “não”, quantas vezes forem necessárias, desenvolvendo assim nosso “senso de autonomia”, a fim de não cair nos “modismos” ou “pressões grupais”.
— Estabelecer no ambiente familiar um clima de respeito e liberdade, eliminando relações de superdependência “simbióticas”, para que possamos ser nós mesmos e deixemos os outros ser eles mesmos.
— Criar padrões de comportamentos positivos, pois comportamentos são hábitos, e nossos hábitos determinam a facilidade de aceitarmos ou não as circunstâncias da vida.
— Conscientizar-nos de que somos seres humanos livres por natureza, mas também responsáveis por nossos atos e pensamentos, pois recebemos por herança natural o livre-arbítrio.
— Cultivar constantemente o autoconhecimento:
- reforçando nossa visão nos traços de nossa personalidade que já conhecemos;
- buscando nossos traços interiores, que ainda nos são desconhecidos;
- analisando as opiniões de outras pessoas que, ao contrário de nós, já conhecemos nosso perfil psicológico;
- aceitando plenamente nosso lado “inadequado”, sem jamais escondê-lo de nós mesmos e dos outros, tentando, porém, equilibrá-lo.
Meditemos, pois, sobre essas ponderações que, com certeza, nos ajudarão a libertar-nos dessas “necessidades constrangedoras”, cujas verdadeiras matrizes se encontram na intimidade de nós mesmos.

Renovando Atitudes, Francisco do Espírito Santo Neto, ditado pelo espírito Hammed.
Capítulo 9, item 10

A Paciência

7. A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.
Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.
A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.
Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. - Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)

O Evangelho Segundo o Espiritismo, página 127.

25 de julho de 2008

A Mente em Ação


Mais graves que as viroses habituais são aquelas que têm procedência no psiquismo desvairado.
Por ser agente da vida organizada, a mente sadia propicia o desenvolvimento das micropartículas que sustentam com equilíbrio a organização somática, assim como, através de descargas vigorosas, bombardeia os seus centros de atividade, dando curso a desarmonias inumeráveis.
Men

tes viciosas e pessimistas geram vírus que se alojam no núcleo das células, e as destruindo se espalham pela corrente sanguínea, dando surgimento a enfermidades soezes.
Além desta funesta realização, interferem na organização imunológica e, afetando-a, facultam a agressão de outros agentes destruidores, que desenvolvem síndromes cruéis e degenerativas.
Além dos vícios que entorpecem os sentimentos relevantes do homem, perturbando-lhe a existência, o tédio e o ciúme, a violência e a queixa, entre outros hábitos perniciosos, são responsáveis pela desestruturação física e emocional da criatura.

O tédio é resultado da ociosidade costumeira da mente acomodada e preguiçosa.
Matriz de muitos infortúnios, responde por neuroses estranhas e depressivas, culminando com o suicídio injustificável e covarde.
Entregue ao tédio, o paciente transfere responsabilidades e ações para os outros, deixam dose sucumbir na amargura, quando não se envenena pela revolta contra todos e tudo.

A mente, entregue ao ciúme, fomenta acontecimentos que gostaria se realizassem, afim de atormentar-se e atormentar, aprisionando ou perseguindo a sua vítima.

Por sua vez, desconecta os centros de equilíbrio, passando à condição de vapor dissolvente da confiança e do amor.

A violência é distúrbio emocional, que remanesce do primitivismo das origens, facultando o combustível do ódio, que se inflama em incêndio infeliz, a devorar o ser que o proporciona.
Quando isto não ocorre, dispara dardos certeiros nas usinas da emoção, que se destrambelha, gerando vírus perigosos que se instalam no organismo desarticulado e o vencem.

A queixa ressuma como desrespeito ao trabalho e aos valores alheios, sempre pronta a censurar e a fiscalizar os outros, lamentando-se, enquanto vapores tóxicos inutilizam os núcleos da ação, que se enferrujam e perdem a finalidade.

Há todo um complexo de hábitos mentais e vícios morais, prejudiciais, que agridem a vida e a desnaturam.
É indispensável que o homem se resolva por utilizar do admirável arsenal de recursos que possui, aplicando os valores edificantes a serviço da sua felicidade.

Vives consoante pensas e almejas. consciente ou inconscientemente.
Conforme dirijas a mente, recolherás os resultados.
Possuis todos os recursos ao alcance da vontade.
Canalizando-a para o bem ou para o mal, fruirás saúde ou doença.
Tem em mente, no entanto, que o teu destino é programado pela tua mente e pelos teus atos, dependendo de ti a direção que lhe concedas.


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1990.

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Mensagem da Criança

Dizes que sou o futuro.
Não me desampares o presente.
Dizes que sou a esperança da paz.
Não me induzas à guerra.
Dizes que sou a promessa do bem.
Não me confies ao mal.
Dizes que sou a luz dos teus olhos.
Não me abandones às trevas.
Não espero somente o teu pão.
Dá-me luz e entendimento.
Não desejo tão só a festa de teu carinho.
Suplico-te amor com que me eduques.
Não te rogo apenas brinquedos.
Peço-te bons exemplos e boas palavras.
Não sou simples ornamento de teu caminho.
Sou alguém que bate à porta em nome de Deus.
Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.
Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo...
Ajuda-me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Antologia da criança.
Ditado pelo Espírito Meimei.
IDEAL.

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24 de julho de 2008

Enredamentos Perigosos


Toda obra do Bem, no delineamento de propósitos, é nobre e transcendente, esmaecendo porém, quando se corporifica mediante a ação humana.
Sensibilizado pelos ideais de engrandecimento espiritual, o indivíduo emociona-se e procura entregar-se completamente, sonhando em tornar-se o instrumento da inspiração superior e, à vezes, consegue-o.
No entanto, porque é Espírito em rudes provas, embora os sentimentos que o animam, imprime as dificuldades pessoais, colocando sombra e empeços no labor a que se entrega.
Assim sendo, é compreensível que defrontemos no trigal dourado o escalracho infeliz, e na claridade do dia triunfante a nuvem carregada de sombras a impedir-lhe a irradiação da luz.
A Terra ainda não é o habitat, mas o educandário de homens e mulheres em lutas interiores, tentando arrancar a ganga externa para que brilhe a gema pura que lhe jaz no interior aguardando o momento de desvelar-se.
Valiosos e digno de encômios esse esforço hercúleo pela auto-superação, quando se constata o expressivo número daqueles que se escravizam aos comprometimentos torpes quão criminosos, que lhes exigirão oportuna reparação penosa.
O Senhor da Vinha não aguarda que venham cooperar com Ele os trabalhadores destituídos de mazelas ou imperfeições, pois que esses são raros, por isso aceita todos quantos despertam para a sua mensagem e se dispões a servi-lO.
Jesus conhecia a fraqueza moral de Pedro, todavia, convidou-o para o banquete da Boa Nova.
Francisco Bernardone vivia uma existência frívola e atormentada; apesar disto, doou-se, e, superando-se, tornou-se Sol medieval a clarear o futuro da humanidade.
Maria de Magdala, mesmo depois de O seguir, não ficou livre da suspeita nem da crítica severa do grupo no qual se movimenta.
Jesus aceitou-os a todos e transformou-os com o tempo em pilares da sua doutrina.
Descobrir o lírio no pantanal e a estrela além da tormenta constitui desafio para quem se candidata ao crescimento interior.
Nesse mister, surgem enredamentos perigosos, que complicam a marcha e dificultam a ascensão dos obreiros.
Dentre outros, a censura mórbida, constante, e a intriga perversa, intoxicam as melhores intenções e asfixiam muitos ideais em desenvolvimento.
São responsáveis pela crueldade da destruição de obras abençoadas e de esforços relevantes que são vencidos.
O cupim perseverante vence a madeira que sucumbe ao seu trabalho insensível.
Assim é a ação da maledicência impiedosa e insistente.
Para romper-se essa rede constritora, é necessário que o amor se compadeça do vigia dos atos alheios sempre pronto e a zurzir o látego, como se fosse inatacável.
Não te deixes contaminar pelo pessimismo nem pela censura contumaz que te tragam ao coração.
Tem paciência e dá-te conta que o acusador gratuito não ama, não coopera, apenas cria embaraços.
Ajuda em silêncio e confia em Deus, fazendo a tua parte da melhor forma ao teu alcance.
É mais valioso que teu próximo esteja tentando agir bem e auxiliar, apesar dos erros que comete, do que se estivesse no outro lado, entre os desequilibrados que aguardam a tua ajuda.
Viver em harmonia em um meio social - seja qual for, já que em todos eles existem dificuldades a vencer - constitui desafio para a evolução.
Ampara, portanto, o teu irmão que pensa em ser útil e ainda não o consegue, ao invés de hostilizá-lo, combatê-lo, semeares espinhos por onde ele segue ao levá-lo a julgamento público arbitrário pelos contumazes desocupados que se contentam em demolir.


Divaldo P.Franco. Da obra: Fonte de Luz.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

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Aparências


Não acuse o irmão que parece mais abastado. Talvez seja simples escravo de compromissos.
Não condene o companheiro guindado à autoridade. É provável seja ele mero devedor da multidão.
Não inveje aquele que administra, enquanto você obedece. Muitas vezes, é um torturado.
Não menospreze o colega conduzido a maior destaque. A responsabilidade que lhe pesa nos ombros pode ser um tormento incessante.
Não censure a mulher que se apresenta suntuosamente. O luxo, provavelmente, lhe constitui amarga provação.
Não critique as pessoas gentis que parecem insinceras, à primeira vista. Possivelmente, estarão evitando enormes crimes ou grandes desânimos.
Não se agaste com o amigo mal-humorado. Você não lhe conhece todas as dificuldades íntimas.
Não se aborreça com a pessoa de conversação ainda fútil. Você também era assim quando lhe faltava experiência.
Não murmure contra os jovens menos responsáveis. Ajude-os, quanto estiver ao seu alcance, recordando que você já foi leviano para muita gente.
Não seja intolerante em situação alguma. O relógio bate, incessante, e você será surpreendido por inúmeros problemas difíceis em seu caminho e no caminho daqueles que você ama.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

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23 de julho de 2008

Dez Maneiras de Amar a Nós Mesmos





























1 - Disciplinar os próprios impulsos.
2 - Trabalhar, cada dia, produzindo o melhor que pudermos.
3 - Atender aos bons conselhos que traçamos para os outros.
4 - Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.
5 - Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.
6 - Evitar as conversações inúteis.
7 - Receber o sofrimento o processo de nossa educação.
8 - Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.
9 - Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.
10 - Repetir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nós mesmos sem desanimar e colocando-nos a serviço do Divino Mestre, hoje e sempre.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Paz e Renovação.

Ditado pelo Espírito André Luiz.

Autoconscientização


Os dias atuais, caracterizados pelos conflitos psicológicos, em face do tumulto que domina o pensamento da sociedade e as ambições de cada indivíduo, exigem profundas reflexões, a fim de que a harmonia permaneça nos sentimentos humanos e na conduta pessoal em relação a si mesmo.
As admiráveis conquistas da Psicologia profunda, contribuindo para a solução dos muitos distúrbios que se apresentam perturbadores, convidam à meditação em torno da realidade que se é, para que sejam superados os condicionamentos em que se encontra, de forma a situar-se com equilíbrio ante os desafios e as injunções, não raro, penosos, que se apresentam em toda parte exigindo decisões inadiáveis.
Atordoando-se ante o volume das atividades que defronta, o indivíduo percebe-se desequipado de valores que lhe facultem uma boa administração das injunções em que se encontra, não sabendo o rumo que deve seguir.
Convidado, porém, à auto-reflexão, à autoconscientização mediante as quais poderá descobrir a sua realidade essencial, recusa-se por automatismo, receando penetrar-se em profundidade, em razão do atavismo castrador a que se submete.
A sombra que o condiciona ao aceito e determinado ameaça-o de sofrimento, caso busque iluminar o seu lado escuro, permitindo-lhe a autoidentificação que se encarregará de libertá-lo das aflições e conflitos de comportamento, que são heranças ancestrais nele prevalecentes.
Vitimado pelo jogo das paixões sensoriais, anula a própria alma que discerne, e procura não se deixar vencer pelos desejos infrenes que o arrastam ao jogo ilusório do prazer desmedido.
Apresentando-se incapaz, no entanto, de lutar pela libertação interior, permite-se arrastar mais facilmente pelo tumulto dos jogos da sensualidade, naufragando nas aspirações de enobrecimento e de cultura, de beleza e de espiritualidade, temendo perder a oportunidade que a todos é oferecida de desfrutar as facilidades e permissões morais que constituem a ordem do dia.
A estrutura psicológica do ser humano é trabalhada por mecanismos muito delicados, sofrendo os golpes violentos da ignorância, do prazer brutalizado, dos vícios inveterados. Não suportando a alta carga de tensões que esses impositivos lhe exigem, libera conflitos e temores primitivos que estão adormecidos, desequilibrando as emoções, cujos equipamentos sutis geram distonias e depressões.
O desvario do sexo, que se tornou objeto de mercado, transformando homens e mulheres em coisas de fácil aquisição, é também instrumento de projeção social, de conquista econômica, de exaltação do ego, despertando nas mentes imaturas psicologicamente ânsias malcontidas de desejos absurdos, nele centralizando todas as aspirações, por considerá-lo indispensável ao triunfo no círculo em que se movimenta.
Incompleto, por não saber integrar os seus conteúdos psicológicos da anima à sua masculinidade e do animus à sua feminilidade, conseguindo a realização da obra-prima que lhe deve constituir meta, o ser humano deixa-se arrastar pelas imposições de um em detrimento do outro, afligindo-se sem saber por qual motivo.
Procura, então, agônico e insatisfeito, recuperação na variedade dos prazeres, identificando-se mais confuso, a um passo de transtorno sempre mais grave, qual ocorre a todo instante no organismo social e nos relacionamentos inter-pessoais.
A sombra governa-o, e ele se recusa à luz da libertação.

O Apóstolo Paulo afirmou: Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse eu faço. (Romanos, 7-19.)
Nesse auto-reconhecimento, o nobre servidor do Evangelho de Jesus denunciava a existência do seu lado escuro, impulsionando-o a atitudes que reprovava e não conseguia impedir-se de praticar. Mediante, porém, esforço perseverante e autoconscientização da própria fragilidade psicológica, o arauto da Era Nova conseguiu atingir a culminância do seu apostolado, quando proclamou: (...) E vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim... (Gálatas, 2:20.)
Somente através da coragem para encontrar a consciência mediante uma análise tranqüila das possibilidades de que dispõe é que a criatura humana logrará liberar-se da situação conflitiva que a domina, facultando-se selecionar os valores reais daqueles ilusórios aos quais se atribui significados, mas que sempre deixam frustração e vazio existencial.
A experiência física tem objetivos bem delineados que se apresentam acima da vacuidade dos interesses imediatistas que dominam na moderna sociedade consumista. Esse seu consumismo exterior resulta dos obscuros conflitos internos que projetam para fora e para outrem sua imagem de inquietação, transferindo-a do eu profundo, como necessidade de agitação para fugir de si mesmo.
Sucede que, nessa ansiosa projeção, o ser se torna consumido pelos demais, e por sua vez, destituído dos sentimentos profundos de amor, procura consumir os outros, utilizando dos seus recursos e qualidades reais ou imaginárias para saciar a sede de prazer em que se aturde, e seguir adiante.
Não saciado, porque essas experiências somente mais afligem, surge a necessidade das extravagâncias, pelas libações alcoólicas, pelo uso de substâncias químicas alucinantes, pelas aberrações sexuais intituladas de variedades para o prazer, pela agressividade, pela violência, ou pela queda nos abismos da depressão, da loucura, do suicídio...
A única alternativa disponível, portanto, para o ser humano de hoje, qual ocorreu com o de ontem, é o mergulho interior, a autodescoberta, a conscientização da sua realidade de Espírito imortal em viagem transitória pelo corpo, a fim de adquirir novas realizações, reparando males anteriores e conseguindo harmonia íntima, para que possa desfrutar de todas as concessões que se lhe encontram à disposição, premiando-o pelo esforço de autoconquista e autolibertação.
Naturalmente que, ao ser ativado o mecanismo de identificação do ser real, o hábito da fuga dos compromissos superiores induz à projeção, para poupar-se à dor, o que constitui um grande erro, porquanto o sofrimento se tornará ainda mais penoso.
É óbvio que somente a claridade vence as sombras, e a autoconscientização é o foco de luz direcionado à escuridão que predomina no comportamento psicológico do ser humano.

Jesus asseverou com propriedade ser a luz do mundo, porque a Humanidade se encontrava em profunda escuridão, qual ocorre nos dias presentes.
A Sua é a mensagem de responsabilidade pessoal perante a vida, e de serviço constante em favor de si mesmo e da coletividade.
Trazendo aos homens e mulheres o Seu exemplo de amor e de abnegação, não se propôs carregar o fardo do mundo, a fim de liberá-los de suas responsabilidades, mas ensinou a todos como conduzirem os seus problemas e angústias, solucionando-os com o amor a Deus, a si mesmos e ao próximo, por ser esse sentimento de amor a perene luz de libertação de toda a sombra existente no mundo íntimo e na sociedade em geral.




Divaldo P. Franco.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 11 de julho de 2000, em Paramirim, Bahia. Extraído da Revista Reformador, Junho de 2001.

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Caminhos do Coração


Multiplicam-se os caminhos do processo evolutivo, especialmente durante a marcha que se faz no invólucro carnal.
Há caminhos atapetados de facilidades, que conduzem a profundos abismos do sentimento.
Apresentam-se caminhos ásperos, coalhadas de pedrouços que ferem, na forma de vícios e derrocadas morais escravizadores.
Abrem-se, atraentes, caminhos de vaidade, levando a situações vexatórias, cujo recuo se torna difícil.
Repontam caminhos de angústia, marcados por desencantos e aflições desnecessárias, que se percorrem com loucura irrefreável.
Desdobram-se caminhos de volúpias culturais, que intoxicam a alma de soberba, exilando-a para as regiões da indiferença pelas dores alheias.
Aparecem caminhos de irresponsabilidade, repletos de soluções fáceis para os problemas gerados ao longo do tempo.
Caminhos e caminhantes!
Existem caminhos de boa aparência, que disfarçam dificuldades de acesso e encobrem feridas graves no percurso.
Caminhos curtos e longos, retos e curvos, de ascensão e descida, estão por toda parte, especialmente no campo moral, aguardando ser escolhidos.
Todos eles conduzem a algum lugar, ou se interrompem, ou não levam a parte alguma... São, apenas, caminhos: começados, interrompidos, concluídos...

Tens o direito de escolher o teu caminho, aquele que deves seguir.
Ao fazê-lo, repassa pela mente os objetivos que persegues, os recursos que se encontram à tua disposição íntima assinalando o estado evolutivo, a fim de teres condição de seguir.
Se possível, opta pelos caminhos do coração.
Eles, certamente, levarão os teus anseios e a tua vida ao ponto de luz que brilha à frente esperando por ti.

O homem estremunha-se entre os condicionamentos do medo, da ambição, da prepotência e da segurança que raramente discerne com correção.
O medo domina-lhe as paisagens íntimas, impedindo-lhe o crescimento, o avanço, retendo-o em situação lamentável, embora todas as possibilidades que lhe sorriem esperança.
A ambição alucina-o, impulsionando-o para assumir compromissos perturbadores que o intoxicam de vapores venenosos, decorrentes da exagerada ganância.
A prepotência anestesia-lhe os sentimentos, enquanto lhe exacerba as paixões inferiores, tornando-o infeliz, na desenfreada situação a que se entrega.
A liberdade a que aspira, propõe-lhe licenças que se permite sem respeito aos direitos alheios nem observância dos deveres para com o próximo e a vida; destruindo qualquer possibilidade de segurança, que, aliás, é sempre relativa enquanto se transita na este física.
Os caminhos do coração se encontram, porém, enriquecidos da coragem, que se vitaliza com a esperança do bem, da humildade, que reconhece a própria fragilidade, e satisfaz-se com os dons do espírito - ao invés do tresvariado desejo de amealhar coisas de secundário importância - os serviços enobrecedores e a paz, que são a verdadeira segurança em relação às metas a conquistar.
Os caminhos do coração encontram-se iluminados pelo conhecimento da razão, que lhes clareia o leito, facilitando o percurso.

Jesus escolheu os caminhos do coração para acercar-se das criaturas e chamá-las ao reino dos Céus.
Francisco de Assis seguiu-Lhe o exemplo e tornou-se o herói da humildade.
Vicente de Paulo optou pelos mesmos e fez-se o campeão da caridade.
Gandhi redescobriu-os e comoveu o mundo, revelando-se como o apóstolo da não-violência.
Incontáveis criaturas, nos mais diversos períodos da humanidade e mesmo hoje, identificaram esses caminhos do coração e avançam com alegria na direção da plenitude espiritual.
Diante dos variados caminhos que se desdobram convidativos, escolhe os caminhos do coração, qual ovelha mansa, e deixa que o Bom Pastor te conduza ao aprisco pelo qual anelas.




Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1990.

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O Alimento Espiritual


O professor lutava na escola com um grande problema. Os alunos começaram a ler muitas histórias de homens maus, de roubos e de crimes e passaram a viver em plena insubordinação. Queriam imitar aventureiros e malfeitores e, em razão disso, na escola e em casa apresentavam péssimo comportamento. Alguns pronunciavam palavrões, julgando-se bem-educados, e outros se entregavam a brinquedos de mau gosto, acreditando que assim mostravam superioridade e inteligência. Esqueciam-se dos bons livros. Zombavam dos bons conselhos.
O professor, em vista disso, certo dia reuniu todas as classes para a merenda costumeira, apresentando-se uma surpresa esquisita. Os pratos estavam cheios de coisas impróprias, tais como pães envolvidos em lama, doces com batatas podres, pedaços de maçãs com tomates deteriorados e geléias misturadas com fel e pimenta.
Os meninos revoltados gritavam contra o que viam, mas o velho educador pediu silêncio e, tomando a palavra, disse-lhes: - Meus filhos, se não podemos dispensar o alimento puro a benefício do corpo, precisamos também de alimento sadio para a nossa alma. O pão garante a nossa energia física, mas a leitura é a fonte de nossa vida espiritual. Os maus livros, as reportagens infelizes, as difamações e as aventuras criminosas representam substâncias apodrecidas que nós absorvemos, envenenando a vida mental e prejudicando-nos a conduta. Se gostamos das refeições saborosas que auxiliam a conservação de nossa saúde, procuremos também as páginas que cooperam na defesa de nossa harmonia interior, a fim de nunca fugirmos ao correto procedimento.
Com essa preleção, a hora da merenda foi encerrada. Os alunos retiraram-se cabisbaixos. E, pouco a pouco, a vida dos meninos foi sendo retificada, modificando-se para melhor.

22 de julho de 2008

Nos Compromissos de Trabalho

Nunca se envergonhe, nem se lamente de servir.
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Enriquecer o trabalho profissional, adquirindo conhecimentos novos, é simples dever.
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Colabore com as chefias atráves da obrigação retamente cumprida, sem mobilizar expedientes de adulação.
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Em hipótese alguma diminuir ou desvalorizar o esforço dos colegas.
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Jamais fingir enfermidades ou acidentes, pricipalmente no intuito de se beneficiar das leis de proteção ou do amparo das instituicoes securitárias, porque a vida costuma a cobrar caro semelhantes mentiras.
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Nunca atribua unicamente a você o sucesso dessa ou daquela tarefa, compreendendo que em todo trabalho há que considerar o espírito de equipe.
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Sabotar o trabalho será sempre deteriorar o nosso próprio interesse.
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Aceitar a desordem ou estimula-la, é patrocinar o próprio desequilíbrio.
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Você possui inúmeros recursos de promover-se ou de melhorar a própria area de ação, sem recorrer a desrespeito, pertubação, azedume ou rebeldia.
*
Em matéria de remuneração, recorde: quem trabalha deve receber, mas igualmente quem recebe deve trabalhar.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde. Ditado pelo Espírito André Luiz. 42 edição. Uberaba, MG: CEC. 1996.

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Obediência e Resignação


A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifico e da renúncia carnal.

Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos. - Lázaro. (Paris, 1863.)

Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112 edição. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Federação Espírita Brasileira. 1996.


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Agasalho


O aprendiz buscou o orientador e clamou, agoniado: - Amigo querido, por que a
contradição em que me vejo? Vivia tranquilo, quando adquiri a fé.
Depois de instalar a fé no coração, o sofrimento apareceu em minha vida...
Se acumulei tanta confiança na Divina Providência, qual a razão pela qual tantas tribulações me
acompanham? Momentos surgem, nos quais me sinto em doloroso desespero. Por que tamanho contra-senso?
O interpelado, entretanto, respondeu sem hesitar: - Filho, não te revoltes. A Lei do Senhor é justiça e
misericórdia. O Pai Todo-Sábio não podia livrar-te da provação, mas não podes negar que a Infinita Bondade te amparou com o apoio oportuno, a fim de que atravesses as tempestades de hoje com o agasalho preciso...




Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 2 edição. Jabaquara, SP: CEU. 1981.


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15 de julho de 2008

A Língua



Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.
Ponderada - favorece o juízo.
Leviana - descortina a imprudência.
Alegre - espalha otimismo.
Triste - semeia desânimo.
Generosa - abre caminho à elevação.
Maledicente - cava despenhadeiros.
Gentil - provoca reconhecimento.
Atrevida - traz a perturbação.
Serena - produz calma.
Fervorosa - impõe a confiança.
Descrente - invoca a frieza.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Preces e Mensagens Espirituais. Ditado pelo Espírito André Luiz.

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Momentos da Vida



Quem nunca precisou de remédio quando esteve doente? Parece uma pergunta tola, mas nos ajuda a refletir um pouco. Essa pergunta pode ser associada à nossa vida, aos nossos momentos vivenciados. Em diversas discussões sempre surge o assunto “problemas”, ou “dificuldades”, ou o nome que for. Mas pensando agora sobre a ligação entre o remédio a ser tomado para certa doença, e a comparação com os problemas cotidianos, aparece um sugestão muito comum do mundo ocidental. É a leitura do Evangelho. Quem nunca foi receitado que fizesse leituras sobre o Evangelho?

Pois é esse um ótimo remédio para nossas doenças diárias. Nesses livros encontramos muita força na palavra de nosso Mestre Jesus. Muitas pessoas recebem o conselho de sua leitura, mas muito poucas realmente fazem a leitura. Ocorrem os mais diversos tipos de empecilhos para que não ocorra a leitura, mas nós deveríamos fazer uma leitura diária, para repor nossas energias. Existem muitos meios de efetivamente conseguir uma leitura diária. Por exemplo, fazer com a família toda, pois assim ninguém tem a desculpa de não ler. Mas os métodos dependem de cada um. O importante é se fazer essa leitura. Buscar força na palavra de Jesus é um ótimo remédio, ou melhor, uma ótima vitamina para evitar doenças do dia-a-dia.

“O Evangelho de Jesus é a bússola que orienta infalivelmente os náufragos da vida humana em direção ao Norte Angélico” – Ramatís em “A Vida Humana e o Espírito Imortal”, página 66.

14 de julho de 2008

Vibração – Afinidade



Todos nós temos uma vibração específica. Podemos fazer a analogia, e por isso o termo, com vibrações na Física, como por exemplo uma onda eletromagnética. Essa onda só irá entrar em ressonância, ou irá perturbar algo que também tenha essa freqüência específica. Assim somos nós. Temos nossa vibração, e dependendo dela entramos em ressonância com uma vibração parecida, ou ainda temos afinidade com aquilo que nós é semelhantes.

Assim funciona em nossa vida. Se estivermos com um estado de espírito elevado, ou uma vibração elevada, nos afinizamos com o que é elevado. Se estivermos com um estado de espírito empobrecido, ou uma vibração baixa, nos afinizamos com o que é baixo. Por exemplo, se estivermos sempre reclamando de nossa vida é certo que nunca iremos conseguir estar de bem com a vida, mas quando damos valor pelas mais simples das coisas tudo nós é agradável. Por isso livros de auto-ajuda funcionam. O autor sempre coloca o leitor em uma posição de elevação interior. O problema é que com o tempo e a convivência com vibrações baixas as pessoas retornam aquela vida de problemas e reclamações.

Nossa vida é assim, com problemas e desafios. Precisamos elevar nossos sentimentos para passar por esses obstáculos sem reclamar. Para algumas pessoas um livro de auto-ajuda funciona, mas para outras não. Ou pelo menos por um tempo. Por isso muitas religiões pregam a leitura do evangelho. O Mestre Jesus não é mestre por nada. Seus ensinamentos nos dão forças para a elevação espiritual e ainda ajudam a manter essa elevação. É claro que ainda existem outros tipos de mecanismos para uma elevação espiritual. Meditações, uma vida sem vícios ou paixões materiais, entre outras também ajudam as pessoas.

Mas o importante é mantermos uma boa vibração para que vibrações baixas não consigam nos atingir, e ainda termos consciência de que elas nos atingem para não entrarmos em afinidade com essa vibração.

9 de julho de 2008

Caminho da Autoiluminação



O homem atinge um alto nível de evolução quando consegue unir o sentimento e o conhecimento, utilizando-os com sabedoria. Nesse estágio é-lhe mais fácil desenvolver a paranormalidade, realizando o auto-descobrimento e canalizando as energias anímicas e mediúnicas para o serviço de consolidação do bem em si mesmo e na sociedade.

O seu amadurecimento psicológico permite-lhe compreender toda a magnitude das faculdades para-psíquicas, superando os impedimentos que habitualmente se lhe antepões à educação.

Desse modo, a mediunidade põe-no em contato com o mundo espiritual de onde procede a vida e para a qual retorna, quando cessado o seu ciclo material, ensejando-lhe penetrar realidades que se demoram ignoradas, incursionando com destreza além das vibrações densas do corpo carnal.

O exercício das faculdades mediúnicas, no entanto, se reveste de critérios e cuidados, que somente quando levados em conta propiciam os resultados pelos quais se anelam.

A mediunidade é inerente a todos os indivíduos em graus de diferente intensidade. Como as demais, é uma faculdade amoral, manifestando-se em bons e maus, nobres e delinqüentes, pobres e ricos.

Pode expressar-se com alta potencialidade de recursos em pessoas inescrupulosas, e quase passar despercebida em outras, portadoras de elevadas virtudes.

Surge em criaturas ignorantes, enquanto não é registrada nas dotadas de cultura. É patrimônio da vida para crescimento do ser no rumo da sua destinação espiritual. O uso que se lhe dê, responderá por acontecimentos correspondentes no futuro do seu possuidor.

Uma correta educação da mediunidade tem início no estudo das suas potencialidades: causas, aplicações e objetivos. Adquirida a consciência mediúnica, o exercício sistemático, sem pressa, contribui para o equilíbrio das suas manifestações.

Uma conduta saudável calcada nos princípios evangélicos atrai os Bons Espíritos, que passam a cooperar em favor do medianeiro e da tarefa que ele abraça, objetivando os melhores resultados possíveis do empreendimento.

O direcionamento das forças mediúnicas para fins elevados propicia qualificação superior, resultando em investimento de sabor eterno.

Se te sentes portador de mediunidade, encara-a com sincero equilíbrio e dispõe-te a aplicá-la bem.

O homem ditoso do futuro será um indivíduo PSI, um sensível e consciente instrumento dos Espíritos, ele próprio lúcido e responsável pelos acontecimentos da sua existência.

Desveste-te de quaisquer fantasias em torno dos fenômenos de que és objeto e encara-os com realismo, dispondo-te a sua plena utilização.

Amadurece reflexões em torno deles e resguarda-os das frivolidades, exibicionismos vãos, comercialização vil, recurso para a exaltação da personalidade ou das paixões inferiores.

Sê paciente com os resultados e perseverante nas realizações. Toda sementeira responde à medida que o tempo passa.

A educação da mediunidade requer tempo, experiência, ductibilidade do indivíduo, como sucede com as demais faculdades e tendências culturais, artísticas e mentais que exornam o homem.

Quem seja portador de cultura, de bondade e sinta a presença dos fenômenos paranormais, está a um passo da realização integral, a caminho próximo da auto-iluminação.



Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Iluminação. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL.


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Acordemos




É sempre fácil
examinar as consciências alheias,
identificar os erros do próximo,
opinar em questões que não nos dizem respeito,
indicar as fraquezas dos semelhantes,
educar os filhos dos vizinhos,
reprovar as deficiências dos companheiros,
corrigir os defeitos dos outros,
aconselhar o caminho reto a quem passa,
receitar paciência a quem sofre
e retificar as más qualidades de quem segue conosco...

Mas enquanto nos distraimos,
em tais incursões a distância de nós mesmos,
não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição.

Enquanto nos ausentamos
do estudo de nossas próprias necessidades,
olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva,
somos simplesmente
cegos do mundo interior
relegados à treva...

Despertemos, a nós mesmos,
acordemos nossas energias mais profundas
para que o ensinamento do Cristo
não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida,
porque o infortúnio maior de todos
para a nossa alma eterna
é aquele que nos
infelicita quando a graça do Alto
passa por nós em vão!...


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.

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Responsabilidade II – Mediunidade


Continuando o assunto responsabilidade, é muito importante termos em mente a responsabilidade assumida quando estamos “vivos”. Estamos sempre a procura de nossa missão, ou propósito de vida. As dificuldades, ou simplesmente os momentos apresentados em nosso cotidiano, são as verdadeiras oportunidades de colocarmos em prática aquilo que nos propusemos a fazer antes de nascer. São nossas provas, às vezes nossa chamada “missão”. São os termos de responsabilidade firmados para nossa própria evolução e para as demais pessoas envolvidas.

Muitas atividades feitas por nós envolvem responsabilidade, quase tudo, simplificando. Mas nós estamos muito apegados ao nosso mundo material sem dar importância, ou até mesmo ignoramos os fenômenos do mundo invisível. E aí é o ponto aonde se quer chegar.

Como foi mencionado nosso mundo, as pessoas, ainda estão muito apegadas com o plano material. Por isso existe muito preconceito relacionado ao invisível, mesmo com tantas provas existentes, coletivas ou mesmo individuais. As pessoas ditas cientistas não aceitam o fato de uma manifestação espiritual, mesmo que acreditem em átomos e partículas subatômicas, coisas completamente abstratas. Então porque negar aquilo que não conseguimos provar que não existe? Isso é o mais precário tipo de ceticismo. Negar uma coisa e não provar a não existência. A ciência faz isso e nós aceitamos. Não questionamos. Então ocorrem as coisas mais estranhas. Pessoas “enlouquecem” porque ouvem vozes. Outros procuram ajuda em centros espíritas, com os mais variados tipos de problemas.

É o compromisso firmado de passar por todos os tipos de provação para crescer e que queremos negar, ou temos medo. Por isso a dificuldade em passar por certos desafios. Não aceitamos aquilo que está relacionado com o mundo espiritual. E muitos têm um desafio maior, uma prova maior, um compromisso maior, ou ainda uma responsabilidade maior. É a chamada mediunidade. É um sentido como a visão, a audição, etc. É um sentido como os outros, mas está ligado ao invisível. Todos nós temos esse sentido, uns em maior outros em menor grau.

É realmente um compromisso muito grande o de desenvolver esse sentido para poder se auto-ajudar e depois ajudar as outras pessoas. Como sempre, não importa a filosofia ou religião seguida, a mediunidade não tem bandeira, é intrínseco do ser humano. É o resgate de erros de outras oportunidades onde esse sentido não foi utilizado com bons propósitos.

Essa é a responsabilidade de muitos de nós. Utilizá-la para o nosso bem e ao do próximo, seja como um padre, um espírita, um médico, ou uma atendente de caixa de supermercado. Não importa o que nós somos. A mediunidade é um compromisso e uma responsabilidade nossa de desenvolver corretamente. Por isso é importante a nossa espiritualização. Sempre pensando em nosso crescimento.


“Então Pedro e João impuseram as mãos sobre os samaritanos, e eles receberam o Espírito Santo. Simão viu que o Espírito Santo era comunicado através da imposição das mãos. Dêem para mim também esse poder, a fim de que receba o Espírito todo aquele sobre o qual eu impuser as mãos”.
Atos 8, 17-18

6 de julho de 2008

Presença Divina



Um homem, ignorante ainda das Leis de Deus, caminhava ao longo de enorme pomar, conduzindo um pequeno de seis anos.

Eram Antoninho e seu tio, em passeio na vizinhança da casa em que residiam.

Contemplavam, com água na boca, as laranjas maduras, e respiravam, a bom respirar, o ar leve e puro da manhã.

A certa altura da estrada, o velho depôs uma sacola sobre a grama verde e macia e começou a enchê-la com os frutos que descansavam em grandes caixas abertas, ao mesmo tempo que lançava olhares medrosos, em todas as direções.

Preocupado com o que via, Antoninho dirigiu-se ao companheiro e indagou:

- Que fazes, titio?

Colocando o indicador da mão direita nos lábios entreabertos, o velho respondeu:

- Psiu!... psiu!

Em seguida, acrescentou em voz baixa:

Aproveitemos agora, enquanto ninguém nos vê, e apanhemos algumas laranjas, às escondidas.

O menino, contudo, muito admirado, apontou com um dos pequenos dedos para o céu e exclamou:

Mas, o senhor não sabe que Deus nos está vendo?

Muito espantado, o velho empalideceu e voltou a recolocar os frutos na caixa, de onde os havia retirado, murmurando:

Obrigado, meu Deus, por haveres despertado a minha consciência, pelos lábios de uma criança.

E, desde esse momento, o tio de Antoninho passou a ser realmente outro homem.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei. 19 edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999.


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Princípio do Equilíbrio





O Yin-Yang vem da filosofia chinesa, de origem do chamado Tao. Essa filosofia é muito interessante e bonita, e diz respeito ao princípio da dualidade do Yin e Yang. É um princípio de equilíbrio, de mutação, ou transformação universal, ou seja, está ligado diretamente com nossa vida.


A dualidade Yin e Yang também podem ser entendidos como negativo e positivo, ou feminino e masculino, ou escuro e luminoso. Ou seja, é uma filosofia de dois estados, ou ainda um princípio de complementaridade. Um complementa o outro. Essa visão pode ser muito bem entendida pelo seu diagrama, chamado Tai Chi.



O diagrama representa as forças da natureza, nascendo e morrendo, ciclicamente, mas ainda sim existem dentro do oposto. Um dá origem ao outro e mesmo quando não existe ainda sim está presente. É realmente uma filosofia interessante. E bonita, pois representa o nascimento e a morte, da transformação, do equilíbrio. Representa o universo, nossa vida.
Para todas as coisas que ocorrem com nós podemos enxergar o Yin e o Yang, podemos utilizar essa filosofia, sem trair nossas próprias filosofias ou credo religioso. É o princípio do equilíbrio, da transformação. Em todas situações vivenciadas podemos equilibrar nossas ações, nossos sentimentos, e transformando, assim sucessivamente até encontrarmos a harmonia ideal.

Isso me faz lembrar a filosofia ocidental espírita, o princípio do carma (e não karma; filosofia oriental), ou da ação e reação. Assim como no Yin e Yang, no carma, nossas ações ou pensamentos (ação) têm um reflexo (reação), como um espelho. Nosso carma vai atuando em nossa vida naturalmente, sem interferência externa, a não ser por nós mesmos. Ele atua indefinidamente, se transformando e equilibrando nossa vida.
São filosofias parecidas, uma oriental e outra ocidental, mas que atuam diretamente em nossa vida, querendo ou não, aceitando ou não. Mas o importante é que estão atuando, ciclicamente, reciclando e transformando nossa vida. Esse é o Yin e Yang.


“O homem perde a saúde para ganhar dinheiro; depois perde dinheiro para recuperar a saúde...” – Dalai Lama