5 de julho de 2008

Socorro

Noite escura.

Em local isolado, um rapaz de moto, errando na direção, precipitou-se nas águas de enorme represa.

Alguns populares correram até à casa grande em que morava um negociante que possuia, ali mesmo, um barco magnificamente equipado.

No entanto, ao pedido de socorro, ei-lo que responde secamente:

- Jovens de moto? Estou cansado... Gente louca não tem jeito...

Os amigos anônimos se voltaram no rumo de um pardieiro próximo, ocupado unicamente por uma senhora paralítica.

A doente não vacilou.

Emprestou-lhes pequena lanterna, acesa a querosene.

Alguns instantes mais e o rapaz foi visto, boiando à longa distância.

Dois homens se atiraram às águas e trouxeram-no desmaiado para a terra.

O comerciante, porém, - aquele mesmo que se negara a cooperação,- viera até a orla do lago, simplesmente para ver.

Mas, inclinando-se para o jovem que respirava, a salvo, no socorro improvisado que recebia, começou a gritar em desespero:

- É meu filho!... Ah! meu filho, meu filho!...


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos. Ditado pelo Espírito Emmanuel. CEU. 1981.


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