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27 de maio de 2009

PERANTE O SEXO


Nunca escarneça do sexo, porque o sexo é manancial de criação divina, que não pode se responsabilizar pelos abusos daqueles que o deslustram.

Psicologicamente, cada pessoa conserva, em matéria de sexo, problemática diferente.

Em qualquer área do sexo, reflita antes de se comprometer, de vez que a palavra empenhada gera vínculos no espírito.

Não tente padronizar as necessidades afetivas dos outros por suas necessidades afetivas, porquanto embora o amor seja luz uniforme e sublime em todos, o entendimento e posição do amor se graduam de mil modos na senda evolutiva.

Use a consciência, sempre que se decidir ao emprego de suas faculdades genésicas, imunizando-se contra os males da culpa.

Em toda comunicação afetiva, recorde a regra áurea: "não faça a outrem o que não deseja que outrem lhe faça".

O trabalho digno que lhe assegure a própria subsistência é sólida garantia contra a prostituição.

Não arme ciladas para ninguém, notadamente nos caminhos do afeto, porque você se precipitará dentro delas.

Não queira a sua felicidade ao preço do alheio infortúnio, porque todo desequilíbrio da afeição desvairada será corrigido, à custa da afeição torturada, através da reencarnação.

Se alguém errou na experiência sexual, consulte o próprio íntimo e verifique se você não teria incorrido no mesmo erro se tivesse oportunidade.

Não julgue os supostos desajustamentos ou as falhas reconhecidas do sexo e sim respeite as manifestações sexuais do próximo, tanto quanto você pede respeito para aquelas que lhe caracterizam a existência, considerando que a comunhão sexual é sempre assunto íntimo entre duas pessoas, e, vendo duas pessoas unidas, você nunca pode afirmar com certeza o que fazem; e, se a denúncia quanto à vida sexual de alguém é formulada por parceiro ou parceira desse alguém, é possível que o denunciante seja mais culpado quanto aos erros havidos, de vez que, para saber tanto acerca da pessoa apontada ao escárnio público, terá compartilhado das mesmas experiências.

Em todos os desafios e problemas do sexo, cultive a misericórdia para com os outros, recordando que, nos domínios do apoio pela compreensão, se hoje é o seu dia de dar, é possível que amanhã seja o seu dia de receber.


Sinal Verde
Francisco Cândido Xavier & André Luiz

26 de maio de 2009

FAMÍLIA

A família consangüínea, entre os homens, pode ser apreciada como o centro essencial de nossos reflexos. Reflexos agradáveis ou desagradáveis que o pretérito nos devolve.

Certo, não incluímos aqui os Espíritos pioneiros da evolução que, trazidos ao ambiente comum, superam-no, de imediato, criando o clima mental que lhes é peculiar, atendendo à renovação de que se fazem intérpretes.

Comentamos a nossa posição no campo vulgar da luta.

Cada criatura está provisoriamente ajustada ao raio de ação que é capaz de desenvolver ou, mais claramente, cada um de nós apenas, pouco a pouco, ultrapassará o horizonte a que já estenda os reflexos que lhe digam respeito.

O homem primitivo não se afasta, de improviso, da própria taba, mas aí renasce múltiplas vezes, e o homem relativamente civilizado demora-se longo tempo no plano racial em que assimila as experiências de que carece, até que a soma de suas aquisições o recomende a diferentes realizações.

É assim que na esfera do grupo consangüíneo o Espírito reencarnado segue ao encontro dos laços que entreteceu para si próprio, na linha mental em que se lhe caracterizam as tendências.

A chamada hereditariedade psicológica é, por isso, de algum modo, a natural aglutinação dos espíritos que se afinam nas mesmas atividades e inclinações.

Um grande artista ou um herói preeminente podem nascer em esfera estranha aos sentimentos nos quais se avultam. É a manifestação do gênio pacientemente elaborado no bojo dos milênios, impondo os reflexos da sua individualidade em gigantesco trabalho criativo.

Todavia, na senda habitual, o templo doméstico recine aqueles que se retratam uns nos outros.

Uma família de músicos terá mais facilidade para recolher companheiros da arte divina em sua descendência, porque, muita vez, os Espíritos que assumem a posição de filhos na reencarnação, junto deles, são os mesmos amigos que lhes incentivavam a formação musical, desde o reino do Espírito, refletindo-se reciprocamente na continuidade da ação em que se empenham através de séculos numerosos.

É ainda assim que escultores e poetas, políticos e médicos, comerciantes e agricultores quase sempre se dão as mãos, no culto dos melhores valores afetivos, continuando-se, mutuamente, nos genes familiares, preservando para si mesmos, mediante o trabalho em comum e segundo a lei do renascimento, o patrimônio evolutivo em que se exprimem no espaço e no tempo. Também é ar, de conformidade com o mesmo principio de sintonia, que vemos dipsõmanos e cleptomaníacos, tanto quanto delinqüentes e enfermos de ordem moral, nascendo daqueles que lhes comungam espiritualmente as deficiências e as provas, porqüanto muitas inteligências transviadas se ajustam ao campo genético daqueles que lhes atraem a companhia, por força dos sentimentos menos dignos ou das ações deploráveis com que se oneram perante a Lei.

A tara familiar, por esse motivo, é a resultante da conjunção de débitos, situando-nos no plano genético enfermiço que merecemos, à face dos nossos compromissos com o mundo e com a vida. Dessa forma, somos impelidos a padecer o retorno dos nossos reflexos tóxicos através de pessoas de nossa parentela, que no-los devolvem por aflitivos processos de sofrimento.

Temos assim, no grupo doméstico, os laços de elevação e alegria que já consegui¬mos tecer, por intermédio do amor louvavelmente vivido, mas também as algemas de constrangimento e aversão, nas quais recolhemos, de volta, os clichês inquietantes que nós mesmos plasmamos na memória do destino e que necessitamos desfazer, à custa de trabalho e sacrifício, paciência e humildade, recursos novos com que faremos nova produção de reflexos espirituais, suscetíveis de anular os efeitos de nossa conduta anterior, conturbada e infeliz.


Pensamento e Vida
Francisco Cândido Xavier & Emmanuel

22 de maio de 2009

EDUCAÇÃO


Disse-nos o Cristo: “brilhe vossa luz ...“ (1)

E ele mesmo, o Mestre Divino, é a nossa divina luz na evolução planetária.

Admitia-se antigamente que a recomendação do Senhor fosse mero aviso de essência mística, conclamando profitentes do Culto externo da escola religiosa a suposto relevo individual, depois da morte, na imaginária corte celeste.

Hoje, no entanto, reconhecemos que a lição de Jesus deve ser aplicada em todas as condições, todos os dias.

A própria ciência terrena atual reconhece a presença da luz em toda parte.

O corpo humano, devidamente estudado, revelou-se, não mais como matéria coesa, senão espécie de veículo energético, estruturado em partículas infinitesimais que se atraem e se repelem, reciprocamente, com o efeito de microscópicas explosões de luz.

A Química, a Física e a Astronomia demonstram que o homem terrestre mora num reino entrecortado de raios.

Na intimidade desse glorioso império da energia, temos os raios mentais condicionando os elementos em que a vida se expressa.

O pensamento é força criativa, a exteriorizar-se, da criatura que o gera, por intermédio de ondas sutis, em circuitos de ação e reação no tempo, sendo tão mensurável como o fotônio que, arrojado pelo fulcro luminescente que o produz, percorre o espaço com Velocidade determinada, sustentando o hausto fulgurante da Criação.

A mente humana é um espelho de luz, emitindo raios e assimilando-os, repetimos.

Esse espelho, entretanto, jaz mais ou menos prisioneiro nas sombras espessas da ignorância, à maneira de pedra valiosa incrustada no cascalho da furna ou nas anfractuosidades do precipício. Para que retrate a irradiação celeste e lance de si mesmo o próprio brilho, é indispensável se desentrance das trevas, à custa do esmeril do trabalho.

Reparamos, assim, a necessidade imprescritível da educação para todos os seres.

Lembremo-nos de que o Eterno Benfeitor, em sua lição verbal, fixou na forma imperativa a advertência a que nos referimos:

“Brilhe vossa luz.”

Isso quer dizer que o potencial de luz do nosso espírito deve fulgir em sua grandeza plena.

E semelhante feito somente poderá ser atingido pela educação que nos propicie o justo burilamento.

Mas a educação, com o cultivo da inteligência e com o aperfeiçoamento do campo íntimo, em exaltação de conhecimento e bondade, saber e virtude, não será conseguida tão-só à força de instrução, que se imponha de fora para dentro, mas sim com a consciente adesão da vontade que, em se consagrando ao bem por si própria, sem constrangimento de qualquer natureza, pode libertar e polir o coração, nele plasmando a face cristalina da alma, capaz de refletir a Vida Gloriosa e transformar, conseqüentemente, o cérebro em preciosa usina de energia superior, projetando reflexos de beleza e sublimação.


(1) Mateus, 5:16 — Nota do autor espiritual.


Pensamento e Vida
Francisco Cândido Xavier & Emmanuel

19 de maio de 2009

O Preço da Luz


Não recebemos qualquer aquisição sem preço correspondente.

Fatos comezinhos da existência material esclarecem-nos vivamente nesse sentido.

Por que motivo aguardaríamos vantagens da compreensão sem o trabalho preciso?

Não se dependura a virtude no santuário da consciência, como objeto de adorno em tabiques exteriores.

Faz-se preciso renovar a mente e purificar o coração.

Não adquiriremos patrimônios da imortalidade, guardando acervos de pensamentos da vida inferior.

Não renovaremos em Cristo, perseverando nas armadilhas de sombra da esfera transitória.

Para elevar a própria vida, é necessário gastar muitas emoções, aparar inúmeras arestas da personalidade, reajustar conceitos e combater sistematicamente a ilusão.


Livro: Brilhe vossa Luz
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

12 de maio de 2009

A Visita da Verdade


Certa feita, disse o Mestre que só a Verdade fará livre o homem; e, talvez porque lhe não pudesse apreender, de imediato, a vastíssima extensão da afirmativa, perguntou-lhe Pedro, no culto doméstico: - Senhor, que é a Verdade?

Jesus fixou no rosto enigmática expressão e respondeu:

- A Verdade total é a Luz Divina total; entretanto, o homem ainda está longe de suportar-lhe a sublime fulguração.

Reparando, porém, que o pescador continuava faminto de esclarecimentos novos, o Amigo Celeste meditou alguns minutos e falou: - Numa caverna escura, onde a claridade nunca surgira, demorava-se certo devoto, implorando o socorro divino. Declarava-se o mais infeliz dos homens, não obstante, em sua cegueira, sentir-se o melhor de todos. Reclamava contra o ambiente fétido em que se achava. O ar empestado sufocava-o - dizia ele em gritos comoventes. Pedia uma porta libertadora que o conduzisse ao convívio do dia claro. Afirmava-se robusto, apto, aproveitável. Por que motivo era conservado ali, naquele insulamento doloroso? Chorava e bradava, não ocultando aflições e exigências. Que razões o obrigavam a viver naquela atmosfera insuportável? Notando Nosso Pai que aquele filho formulava súplicas incessantes, entre a revolta e a amargura, profundamente compadecido enviou-lhe a Fé.

A sublime virtude exortou-o a confiar no futuro e a persistir na oração.

O infeliz consolou-se, de algum modo, mas, a breve tempo, voltou a lamuriar.

Queria fugir ao monturo e, como se lhe aumentassem as lágrimas, o Todo-Poderoso mandou-lhe a Esperança.

A emissária afagou-lhe a fronte suarenta e falou-lhe da eternidade da vida, buscando secar-lhe o pranto desesperado. Para isso, rogou-lhe calma, resignação, fortaleza.

O pobre pareceu melhorar, mas, decorridas algumas horas, retomou a lamentação.

Não podia respirar - clamava, em desalento.

Condoído, determinou o Senhor que a Caridade o procurasse.

A nova mensageira acariciou-o e alimentou-o, endereçando-lhe palavras de carinho, qual se lhe fora abnegada mãe.

Todavia, porque o mísero prosseguisse gritando, revoltado, o Pai Compassivo enviou-lhe a Verdade.

Quando a portadora de esclarecimento se fez sentir na forma de uma grande luz, o infortunado, então, viu-se tal qual era e apavorou-se. Seu corpo era um conjunto monstruoso de chagas pustulentas da cabeça aos pés e, agora, percebia, espantado, que ele mesmo era o autor da atmosfera intolerável em que vivia. O pobre tremeu cambaleante, e, notando que a Verdade serena lhe abria a porta da libertação, horrorizou-se de si mesmo; sem coragem de cogitar da própria cura, longe de encarar a visitadora, frente a frente, para aprender a limpar-se e a purificar-se, fugiu, espavorido, em busca de outra furna onde conseguisse esconder a própria miséria que só então reconhecia.

O Mestre fez longa pausa e terminou:

- Assim ocorre com a maioria dos homens, perante a realidade. Sentem-se com direito à recepção de todas as bênçãos do Eterno e gritam fortemente, implorando a ajuda celestial. Enquanto amparados pela Fé, pela Esperança ou pela Caridade, consolam-se e desconsolam-se, crêem e descrêem, tímidos, irritadiços e hesitantes; todavia, quando a Verdade brilha diante deles, revelando-lhes a condição em que se encontram, costumam fugir, apressados, em busca de esconderijos tenebrosos, dentro dos quais possam cultivar a ilusão.


Livro: Jesus no Lar - 25
Néio Lúcio & Francisco Cândido Xavier

8 de maio de 2009

Irmãos Difíceis


Problema a considerar, os irmãos difíceis.

Em muitas ocasiões, no limiar da iniciação espírita, renteamos com eles, como que a experimentar-nos a fé renovadora. Patenteiam-se por indiscutíveis remanescentes de nossas existências do pretérito, figurando-se meirinhos da Justiça Eterna, a pedir-nos contas de atos mínimos.

Seria justificável frustrar impulsos edificantes ou secar a fonte do trabalho espiritual que se nos indica à regeneração e ao progresso, tão somente porque não se nos fazem agradáveis, de imediato, ao modo de ser? Recomendável desertar da lição porque se revele intrincada e obscura? Não te dês à fuga, quando esse desafio reponte da estrada.

Recorda os irmãos difíceis em tuas preces diárias, figura-lhes mentalmente a imagem, qual se estivessem diante de ti e roga ao Senhor os envolva em Sua Bênção.

Dirige-lhes a tua silenciosa mensagem de simpatia e, sempre que surja o ensejo devido, auxilia-os em tudo aquilo que lhes possa ser útil.

Em geral, somos também menos simpáticos para todos aqueles que situamos nessa posição.

Só há quem nos contrarie, instintivamente, contraíramos também a muitos companheiros, às vezes, sem perceber.

Se aqueles que ainda não se afinam conosco denotam erros aos nossos olhos, os erros que carregamos se destacam aos olhos deles.

Amor e paciência, tolerância e amparo fraterno são os recursos adequados para os embaraços desse jaez.

Se algum irmão difícil se te constitui provação no caminho, esteja onde estiver, põe especial atenção no serviço que lhe possas prestar. Extingue o foco da antipatia com o anti-séptico da oração e do entendimento, da paz e da colaboração desinteressada.

Aversões que surgem são crueldades mentais do passado que reaparecem. Toda crueldade mental é doença do espírito e toda doença pede cura.


Livro: No Portal da Luz
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

Transformação Moral


As manifestações exteriores na vivência religiosa nem sempre correspondem à realidade interior.
Você cumpre formalidades, mas se esquece do aperfeiçoamento íntimo.

Obedece ao jejum.
E não se abstém da maledicência.

Ajoelha-se para rezar.
E não dobra o próprio orgulho.

Testemunha a fé em público.
E vacila na hora da provação.

Repete orações.
E acha difícil perdoar de novo.

Faz sacrifícios.
E não elimina o egoísmo.

Paga promessas.
E não se compromete com a humildade.

Participa de romarias.
E não visita o doente solitário.

Acende velas.
E não se ilumina.

* * *

Religião é escola para a evolução do Espírito.

* * *

Cuide, pois, da transformação moral, a fim de que sua atitude religiosa não seja como bolha de sabão, reluzente por fora, mas vazia de conteúdo.


André Luiz & Francisco Cândido Xavier

7 de maio de 2009

Aprendizado com os Problemas


Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamento, não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais esta prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na benção de Deus que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades.

Elas serão uma prova de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo"


Livro: Alma do Mundo
Francisco Cândido Xavier

6 de maio de 2009

Hábitos Infelizes

Leia as seguintes frases e reflita, dicas de André Luiz/Chico Xavier para uma boa postura social.

***

Hábitos Infelizes

- Usar pornografia ou palavrões, ainda que estejam supostamente na moda.

- Pespegar tapinhas ou cotucões a quem se dirija a palavra.

- Comentar desfavoravelmente a situação de qualquer pessoa.

- Estender boatos e entretecer conversações negativas.

- Falar aos gritos.

- Rir descontroladamente.

- Aplicar franquezas impiedosas a pretexto de honorificar a verdade.

- Escavar o passado alheio, prejudicando ou ferindo os outros.

- Fugir da limpeza.

- Queixar-se, por sistema, a propósito de tudo e de todos.

- Ignorar conveniências e direitos alheios.

- Fixar intencionalmente defeitos e cicatrizes do próximo.

- Irritar-se por bagatelas.

- Indagar de situações e ligações, cujo sentido não possamos penetrar.

- Desrespeitar as pessoas com perguntas desnecessárias.

- Contar piadas suscetíveis de machucar os sentimentos de quem ouve.

- Zombar dos circunstantes ou chicotear os ausentes.

- Analisar os problemas sexuais seja de quem seja.

- Deitar conhecimentos fora de lugar e condição, pelo prazer de exibir cultura e competência.

- Desprestigiar compromissos e horários.

- Viver sem método.

- Agitar-se a todo instante, comprometendo o serviço alheio e dificultando a execução dos deveres próprios.

- Contar vantagens, sob a desculpa de ser melhor que os demais.

- Gastar mais do que dispõe.

- Aguardar honrarias e privilégios.

- Não querer sofrer.

- Exigir o bem sem trabalho.

- Não saber agüentar injúrias ou críticas.

- Não procurar dominar-se, explodindo nos menores contratempos.

- Desacreditar serviços e instituições.

- Fugir de estudar.

- Deixar sempre para amanhã a obrigação que se pode cumprir hoje.

- Dramatizar doenças e dissabores.

- Discutir sem raciocinar.

- Desprezar adversários e endeusar amigos.

- Reclamar dos outros aquilo que nós próprios ainda não conseguimos fazer.

- Pedir apoio sem dar cooperação.

- Condenar os que não possam pensar por nossa cabeça.

- Aceitar deveres e largá-los sem consideração nos ombros alheios.


Livro: Sinal Verde
André Luiz & Francisco Cândido Xavier

***

Parece bobo, simples, e repetitivo. Não é? E o pior que são coisas que fazemos a todo momento. O pior ainda é que identificamos pessoas que fazem isso. Mas não é para outras pessoas que essa lista de bons modos foi descrita, e sim para nós mesmos. Nós apenas podemos, e devemos, julgar nossa pessoa, e não o próximo. Façamos o exercício de cuidar de nosso pensamento e controlar nossas ações. Aos poucos vamos adquirindo uma vida com maior qualidade moral. São dicas bobas, simples, e repetitivas, quase que infantis, mas repito, coisas que fazemos todos os dias. Pequenas coisas que podemos mudar, e mudar para melhor. Então façamos a reflexão e o exercício.

4 de maio de 2009

1 de Maio, Dia do Trabalhador


Dia primeiro de maio, Dia do Trabalhador, já passou. Não passou despercebido, nem passou de forma alegre. Pelo menos para mim. Apesar de muitas pessoas passarem seu dia de folga descansando, ou mesmo utilizando aquele dia para si próprio, outros preferiram a baderna. Fiquei triste pelo que assisti na televisão. Pessoas em meio às manifestações violentas pelo planeta. O Dia do Trabalhador, dia consagrado àqueles que dedicam a maior parte de seu tempo em favor do progresso de seu país, seja o trabalho que for. Nosso planeta é um mundo de trabalho, de esforço para atingir um maior grau de evolução. É dádiva de Deus, oportunidade irrecusável. Dia primeiro de maio, passou e deixou suas marcar, espero que nos próximos anos esse dia seja comemorado de forma a confraternizar essa oportunidade especial, como foi aqui, em diversas cidades brasileiras.

***

A Necessidade do Esforço


Conta-se que, no princípio da vida terrestre, o alimento das criaturas era encontrado como oferta da Divina Providência, em toda parte.

Em troca de tanta bondade, o Pai Celeste rogava aos corações mais esforço no aperfeiçoamento da vida.

O povo, no entanto, observando que tudo lhe vinha de graça, começou a menosprezar o serviço.

O mato inútil cresceu tanto, que invadia as casas, onde toda a gente se punha a comer e dormir. Ninguém desejava aprender a ler.

A ferrugem, o lixo e o mofo apareciam em todos os lugares.

Animais, como os cães que colaboram na vigilância, e aves, como os urubus que auxiliam nas obras de limpeza, eram mais prestativos que os homens.

Vendo que ninguém queria corresponder à confiança divina, o Pai Celestial mandou retirar as facilidades existentes, determinando que os habitantes da Terra se esforçassem na conquista da própria manutenção. Desde esse tempo, o ar e a água, o Sol e as flores, a claridade das estrelas e o luar continuaram gratuitos para o povo, mas o trabalho forçado da alimentação passou a vigorar como sendo uma lei para todos, porque, lutando para sustentar-se, o homem melhora a terra, limpa a habitação, aprende a ser sábio e garante o progresso. Deus dá tudo.

O solo, a chuva, o calor, o vento, o adubo e a orientação constituem dádivas dEle à Terra que povoamos e que devemos aprimorar, mas o preparo do pão de cada dia, através do nosso próprio suor e da nossa própria diligência, é obrigação comum a todos nós, a fim de que não olvidemos o nosso divino dever de servir, incessantemente, em busca da Perfeição.


Livro: Pai Nosso
Meimei & Francisco Cândido Xavier

As Forças do Amanhã



Ninguém vive só.

Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais.

Nossos atos possuem linguagem positiva.

Nossas palavras influenciam à distância.

Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros.

Ações e reações caracterizam-nos a marcha.

Assim, é necessário saber que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam.

Nossa conduta é um livro aberto que denuncia nossa condição interior.

Muitos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções.

Quantas frases, aparentemente inexpressivas, que saem da nossa boca e estabelecem grandes acontecimentos.

A cada dia emitimos sugestões para o bem ou para o mal.

Dirigentes arrastam dirigidos.

Administrados inspiram administradores.

Qual caminho nossa atitude está indicando?

Um pouco de fermento leveda toda a massa.

Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial.

CUidado, pois, com o alimento invisível que você fornece às vidas que o rodeiam.

Em momentos de indignação, uma palavra mal colocada pode ser o estopim para induzir o próximo ao cometimento de desatinos de conseqüências irreversíveis.

Um comentário maldoso talvez se multiplique ao infinito, causando na vida alheia dores e humilhações intensas.

O pai que não cumpre os compromissos assumidos com os filhos pode suscitar nestes a idéia de que não é importante manter a palavra dada.

Esse exemplo negativo pode multiplicar-se por gerações.

O chefe que não assume a responsabilidade pela orientação que dá aos subordinados instala a desconfiança em sua equipe.

Em momentos de crise, a ausência de coesão no ambiente de trabalho pode levar uma empresa à falência em prejuízo de toda a coletividade.

Por outro lado, comentar as virtudes de alguém que cometeu um pequeno deslize talvez faça cessar a maledicência.

Em momentos de distúrbio, quem consegue manter o equilíbrio e a paz, exteriorizando isso mediante atos e palavras, faz murchar a insânia dos demais.

Não raro tal conduta provoca um generalizado constrangimento, pela imediata e coletiva percepção do equívoco em que se incidia.

Não há nada como a grandeza alheia para fazer o homem perceber sua própria pequenez.

Defender corajosamente os mais fracos quiçá tenha o condão de motivar outras pessoas a também protegerem os desvalidos.

Manter-se honesto e íntegro, mesmo em face das maiores tentações, talvez seduza outros para a causa do bem.

A visão da generosidade em franca atividade é um grande consolo, em um mundo onde o egoísmo grassa.

Por se afigurar admirável a prática de virtudes, há tendência de alguém genuinamente virtuoso ser admirado e imitado.

Nosso destino se desdobra em correntes de fluxo e refluxo.

As forças que exteriorizamos hoje, potencializadas pelos atos que inspiramos, voltarão a nossa vida amanhã.

Desse modo, nunca é demais prestar atenção no testemunho que damos.

Será nossa presença um fator de equilíbrio no mundo? Por força da lei de causa e efeito, que opera no universo, recebemos o que damos.

Se desejamos paz, compreensão e conforto, devemos oferecê-los ao próximo, por meio de nossos sentimentos, atos e palavras.


Livro: Segue-me
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

28 de abril de 2009

Mediunidade e Estudo *


O dinheiro em si não é bom, nem mau.

Instrumento neutro, é capaz de criar a abastança ou estimular a miséria, dependendo isso daqueles que o retém.

A eletricidade em si não é boa, nem má.

Energia neutra, é capaz de engrandecer o trabalho ou precipitar o desastre, dependendo isso daqueles que a manejam.

O magnetismo em si não é bom, nem mau.

Agente neutro, é capaz de gerar o bem ou produzir o mal, dependendo isso daqueles que o dirigem.

Assim também é a mediunidade, que não é boa e nem má em si mesma.

Força neutra, é capaz de promover a educação ou acalentar a ignorância, dependendo isso daqueles que a usufruem.

Para o emprego louvável do dinheiro, contamos com os preceitos morais que patrocinam o aperfeiçoamento da alma; para a utilização correta da eletricidade, possuímos os princípios de ciência que controlam a Natureza; para a sublimação do magnetismo, temos as leis da responsabilidade pessoal que honorificam a consciência; e, para a justa aplicação da mediunidade, dispomos de uma infinidade de informações trazidas por irmãos do outro lado da Vida, unificando as verdades da justiça e do amor que ilumina todos os distritos do Universo.

Irmãos, estudemos as diversas correntes espirituais e religiosas, a fim de que possamos compreender médiuns, mediunidades e fenômenos mediúnicos.


Mensagem recebida em 14-10-1964
Albino Teixeira & Francisco Cândido Xavier
* Texto editado por mim

22 de abril de 2009

O Poder da Prece


Podemos ser tentados a encolher os ombros antes os poderes do mal. Como vencer a tentação? Que a fé se manifeste em nós.

Precisamos ver as lições do Cristo em todas as circunstâncias. Crescemos no amor de Jesus, vivendo pela fé, cada dia que passa. O discípulo propõe e o Mestre dispõe.

Muitas pessoas consomem suas vidas sempre aflitas e enraivecidas diante de qualquer ninharia. Dão a impressão de viver no egoísmo e na crueldade, em constante insatisfação.

Como podemos evitar essa falha? Primeiro, é preciso mudar a atitude de autolamentação para a de coragem e luta. Além disso, temos de nos vacinar contra o medo.

O poder da prece é a nossa força. Alguns dos seus frutos são a paz, a esperança, a alegria, o amor e a coragem.

Confiamos em Jesus. Por conseguinte, porque não buscá-lo sempre para aquilo de que necessitamos? Ele disse: "O reino de Deus está em vós." Nunca nos deveríamos esquecer dos propósitos divinos e da orientação divina.

Cada alma tem seu próprio crédito. A fé se revela nos atos. Quando o homem ajuda a alguém em nome do Cristo, o Cristo responde a esse homem, ajudando-o por meio de alguém.

No entanto, temos de orar sempre. Não devemos subestimar o valor da nossa comunicação com Deus.

Teremos de atravessar épocas difíceis? Estamos deprimidos? Continuemos a orar.

A prece é luz e orientação em nossos próprios pensamentos.

"Vinde, retirai-vos para algum lugar deserto e descansai um pouco. Porque eram muitos os que entravam e saiam e não tinham tempo para comer." - Jesus (Marcos, 6:31).


Livro: Entre Irmãos de Outras Terras
Waldo Vieira & Francisco Cândido Xavier

17 de abril de 2009

Diante da Terra


Teríamos sido, porventura, situados na gleba do mundo para fugir de colaborar no progresso do mundo, quando o mundo nos provê com todas as possibilidades necessárias ao progresso de nós mesmos?

Muitos companheiros se marginalizam em descanso indébito, junto à seara, alegando que não suportam os chamados problemas intermináveis do mundo; desejariam a estabilidade e a harmonia por fora, a fim de se mostrarem satisfeitos na Terra, quando a harmonia e a estabilidade devem morar por dentro de nós, de modo a que nossos encargos, à frente do próximo, se façam corretamente cumpridos.

O mundo, em todo tempo, é uma casa em reforma, com a lei da mudança a lhe presidir todos os movimentos, através de metamorfoses e dificuldades educativas.

O progresso é um caminho que avança. Daí, o imperativo de contarmos com oposições e obstáculos toda vez que nos engajamos na edificação da felicidade geral.

Omissão, no entanto, é parada significando recuo.

Entendamo-nos na posição de obreiros, sob a pressão de crises renovadoras.

Todos faceamos permanentemente renovação, a cada passo da vida.

Nem tudo o que tínhamos ontem por certo, nos quadros exteriores da experiência, continua como sendo certo nas horas de hoje.

Os ideais e os objetivos prosseguem os mesmos, a nos definirem aspiração e trabalho, entretanto, modificaram-se instrumentos e condições, estruturas e circunstâncias.

A Terra, porém, nos pede cooperação no levantamento do bem de todos e a ordem não é deserção e, sim, adaptação.

Em suma, estamos chamados à vivência no mundo, a fim de compreender e melhorar a vida em nós e em torno de nós, servindo ao mundo, sem deixarmos de ser nós mesmos e buscando a frente, mas sem perder o passo de nossos contemporâneos, para que não venhamos a correr o risco de seguir para a frente demais.


Livro: Mais Perto
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

15 de abril de 2009

Todos podemos ajudar


A caridade não é trabalho exclusivo daquele que se encontra temporariamente detido na abastança material.
É, sobretudo, amor, auxílio, doação de si mesmo.
Todos podemos ajudar.

* * *

Se és rico de saúde, não te esqueças da palavra de estímulo ao doente.
Se a cultura intelectual te felicita o raciocínio, não olvides o irmão que reclama o teu concurso para melhorar-se.
Se possuis a fé, ajuda ao descrente, dando-lhe o testemunho de tua renovação espiritual.
Recebeste o dom da alegria, não te esqueças do triste e ampara-o, a fim de que se reerga no caminho da esperança.
Cada qual pode ser rico na posição em que se encontra.
Se o homem de grande expressão financeira pode ser o rico de ouro terrestre, o homem pobre de recursos materiais pode ser rico de talentos do espírito.
O doente pode ser rico de paciência e coragem, tanto quanto a pessoa de excelente saúde pode ser rica de bondade e cooperação.
O homem maduro pode ser rico de tolerância e carinho. O moço pode ser rico de disciplina e boa vontade.

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A penúria só existe onde a preguiça e a ignorância dominam.
Procura a tua fortuna e espalha-lhe as bênçãos.
A vida te compensará, infinitamente, cada gesto de amor que fixares na alma dos semelhantes, auxiliando-os de algum modo.
Deus é o Nosso Pai de Ilimitada Misericórdia, mas também de Infinita Riqueza.
Na condição de seus filhos, distribuamos os recursos que a vida nos empresta, em Seu Nome, convencidos de que o Céu nos retribuirá sempre, de conformidade com as nossas próprias obras.



Livro: Mãos Marcadas
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier