30 de março de 2009

Crianças Índigo



O mundo está hiperativo, embora algumas pessoas pensem que hiperatividade seja coisa de criança. O fato é que este mundo já não é mais o mesmo, este velho planeta cheira a novidade. A mulher mudou, a criança mudou. E onde estão nossos idosos?, estão em um processo contrário, estão rejuvenescendo. Corremos, temos pressa, somos impacientes, não conseguimos parar, queremos tudo agora. Não toleramos a mesmice, queremos mudanças. Temos sede de saber e de aprender.

Em meio a toda essa mudança no pensamento humano, o cérebro começa a ser desvendado, com a neurociência e a neuroimagem. Em 1960, com o surgimento da inteligência artificial, visando replicar a inteligência humana para uso em programas de computadores e construção de robôs pensantes, nasce a filosofia da mente no cenário filosófico. Em poucas décadas, a inteligência artificial teve um desenvolvimento extraordinário, causando impacto na vida das pessoas e enfatizando a importância do papel que a configuração das nossas mentes desempenha na construção do mundo. A tecnologia tomou conta da vida. Computadores, máquinas informatizadas, configurações unindo hardware e software, inúmeros satélites rodeando o planeta. Não dá para esquecer do telescópio espacial Hubble, procurando outros mundos.

Este nosso mundo ficou pequeno para nós. Atualmente, os cientistas procuram encontrar vida inteligente em outros planetas. De uns anos para cá, nos tornamos ciborgues e nos movemos simultaneamente no real e no virtual. Tem seres transplantados, com próteses, marca-passo, seres geneticamente modificados e com a libido potencializada, seres que vão se modificando na medida da necessidade ou da vontade. E, com tudo isso, nossas crianças se tornaram o reflexo de todas essas mudanças.

A “nova criança”, chamada de criança Índigo, tem a cara do momento atual, da hiperatividade que perpassa este planeta. A criança Índigo é rápida, inteligente e irreverente, aberta para novas descobertas. Por isso, ela não aceita o uso de métodos ultrapassados como fonte de aprendizado. O Índigo tem um pé no presente e outro no futuro. O problema é quando ele tem por educador alguém com os dois pés no passado, alguém que ainda não percebeu que a mudança é a tônica do presente. A nova criança está preparada para sobreviver. Sua mente estará à frente de novas descobertas e de toda a tecnologia que ainda está para surgir.

Zero Hora, 30 de março de 2009 | N° 15923AlertaVoltar para a edição de hoje
ARTIGOS
Crianças Índigo, por Eliani Gracez Nedel*
*Filósofa
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Um comentário:

disse...

Parabéns pelo blog. Gostei do texto.Um abraço de Luz