16 de abril de 2009

Não podemos ser prisioneiros da cultura da violência


Há regras contratuais e há as regras da cultura. Por exemplo, no metrô de Tóquio, o mais eficiente do mundo, há os empurradores. São agentes do metrô, usando luvas impecavelmente brancas, que empurram os passageiros nas horas de lotação máxima, para que as portas possam ser fechadas, já que o passageiro sozinho não consegue apertar mais a massa.

Já na Nigéria, por exemplo, agentes de polícia usam pequenas varas para dirigir multidões. Na linguagem yoruba, eles são chamados de olopa, que significa “aquele que empunha o porrete”.

Cultura no Japão, cultura nos países da África Central. Para eles, é normal o agente com a varinha; é normal o empurrador de luvas brancas.

No Brasil, está sendo introduzida a cultura dos socos e pontapés, da violência. Se alguém duvida, recorde as brigas de torcidas, ou as agressões em festas de todas as classes. Quem duvida, veja as estatísticas de milhares de mortes por ano, por motivo fútil. Por isso, está na hora de identificar as raízes da violência*, que leva também a depredar trens, cinemas ou escolas. Saber o que alimenta os cérebros, que depois comandam mãos e pés para agredir e destruir.

O que vimos no Rio de Janeiro é a demonstração disso, tanto que as agressões dos agentes da Supervia foram praticadas diante de um PM, e o policial deve ter julgado tudo normal, já que não reagiu. Aparentemente circunstantes ajudaram, empurrando e desferindo pontapés.

O boiadeiro que tange o gado não bate nos animais, basta o som que emite, como o dos apitos que os agentes da Supervia portam, mas usam como chicotes. Nem gado é tratado assim. Não podemos ser prisioneiros do trem; nem da cultura da violência.


Alexandre Garcia Quinta-feira, 16/04/09 Bom Dia Brasil

* grifado por mim


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Cada dia que passo fico cada vez mais e mais apreensivo. São notícias sobre novidades em termos de violência, coisas que nunca acontenceram nesses tempos pós guerra mundial. O mundo parecia ter percebido e aprendido com tamanho extermínio do ser humano... por ele próprio. Eram novas ideologias, novos pensamentos. Mas adentramos o novo milênio com perspectivas que não estão se concretizando. Ao invés disso é violência... violência e violência. Até quando? Para mim, não me resta mais nada a não ser orar e direcionar energia contra a egrégora densa que paira sobre nosso globo. E você o que está fazendo na prática para mudar o panorama em que estamos envolvidos? Pense coisas boas, pois elas se materializam. Pense na Luz. Emita Luz. Luz na escuridão. Luz para os que precisam!!!


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