
Esse é um texto amplamente divulgado na internet. Serei apenas mais a divulgar, não por clichê, mas sim porque é um texto bonito. Ele nos leva a refletir sobre nossas ações, as consquências que podem trazer para nossa Mãe Terra, afinal é ela que nos provem a vida na matéria. Nosso planeta está sofrendo, está doente. Seus chacras estão cada dia mais doloridos, e isso representa desequilibrio. Tempestades, ciclones, terremotos, maremotos... pense como em ti sofrendo quando está doente; o corpo febril, tosse, espirro, enjoô... Agora reflita com essas palavras tão profundas:
"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível vendê-los? Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo, cada punhado de areia do deserto, cada sombra de árvore, cada uma destas coisas é sagrada na memória do meu povo.
"Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nosso mortos jamais esquecem estas montanhas e vales, pois assim é o rosto de nossa Mãe. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro e o homem - todos pertencem à mesma família. Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós.

"Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas uma mulher atraente, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Retira da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

"Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o índio é um selvagem e não compreenda. Não há lugar quieto na cidade do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.

"Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos. Isso sabemos: a terra não pertence ao homem, o homem pertence à terra. O homem não tramou o tecido da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
"Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode fugir desta realidade. De uma coisa estamos certos: nosso Deus é o mesmo Deus dele . A terra lhe é preciosa, e feri-la é desprezar o Criador. É o final da vida e o início da sobrevivência".

Chefe Seattle, Estados Unidos, ano de 1854.
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